Conteúdo especial

30 anos: Relembre último GP de F1 no Rio com vitória de Ferrari revolucionária

Recorde última vez que a F1 correu no autódromo de Jacarepaguá e por que a prova foi um marco de curiosidades para o campeonato

Podium: Racewinner Nigel Mansell, Ferrari, second place Alain Prost, McLaren, third place Mauricio Gugelmin, March

Rainer W. Schlegelmilch

A última corrida da Fórmula 1 no autódromo de Jacarepaguá no Rio de Janeiro completa nesta terça-feira 30 anos. A prova, além de marcar a despedida da F1 do Autódromo Nelson Piquet por um acidente trágico em um teste anterior à realização do GP, também marcou diversos acontecimentos interessantes.

Abrindo a temporada de 1989, a prova foi vencida por Nigel Mansell em sua estreia na equipe Ferrari. E sua Ferrari era a histórica 640 – o primeiro carro na história com o qual o piloto mudava as marchas sem tirar as mãos do volante, por pás logo atrás da direção.

Leia também:

Relembre:

Por que a F1 saiu do RJ? Além de problemas de organização, por algo que ocorreu em um teste antes da prova. O francês Philippe Streiff sofreu um forte acidente e ficou tetraplégico devido ao mau atendimento médico local.
Ferrari histórica: O modelo 640 é considerado um marco. Foi o primeiro F1 com câmbio semiautomático no volante. O brasileiro Roberto Moreno, campeão da F3000 em 1988, foi o principal desenvolvedor deste carro.
A vitória histórica: Mesmo com um medo interno generalizado quanto à confiabilidade do câmbio, ele chegou até o fim da corrida superando a McLaren de Alain Prost e ficando com a vitória.
O folclore: Nos primeiros testes da 640, em Fiorano, uma lenda diz que Mansell pedia para que as cores de suas luvas fossem diferentes para que ele não se enganasse na hora de aumentar e diminuir marchas.
Péssimo GP de Senna: Depois de sair da pole, Senna se tocou com Patrese e Berger na 1ª curva e perdeu a asa dianteira. Depois de ir para os pits, ele fez uma prova ruim, terminando em 11º, 2 voltas atrás.
Ruim para Piquet: Nelson Piquet iniciava aquele que foi seu pior ano na F1 em termos de performance. Com o fraco motor Judd, ele se retirou após 10 voltas. Ele terminou o ano com 12 pontos e sem conseguir se classificar na Bélgica.
Celebração curiosa: Mansell, como de praxe, aprontou das suas. Logo após receber o troféu o britânico se cortou com o prêmio e saiu do lugar mais alto do pódio correndo para ir atrás de algo para fazer o sangramento parar.
Recorde de participações: A corrida marcou um novo recorde de GPs na F1. Riccardo Patrese largou pela 177ª vez na carreira, superando o francês Jacques Laffite. Ele quebrou quando era o quarto, a dez voltas do fim.
O único pódio da carreira: O problema de Patrese deixou Maurício Gugelmin tranquilo para conquistar aquele que foi seu primeiro e único pódio na Fórmula 1, com terceiro lugar.
Recorde de inscrições: 39 pilotos estiveram no GP do Brasil – o maior número da história na era moderna da F1 para uma corrida. Apenas 26 largaram após a pré-classificação e a classificação.
A salvação da F1 no Brasil: Sem um local para sediar um GP devido ao estado de Jacarepaguá, a prefeita de SP, Luiza Erundina, investiu em obras de modernização em Interlagos, que reduziu seu traçado e recebe a F1 de 1990 até hoje.
11

Faça parte da comunidade Motorsport

Join the conversation
Artigo anterior Ferrari espera ver impacto de "correções" no GP do Bahrein
Próximo artigo Schumacher fala sobre oportunidade de testar Ferrari no Bahrein

Principais comentários

Ainda não há comentários. Seja o primeiro a comentar.

Cadastre-se gratuitamente

  • Tenha acesso rápido aos seus artigos favoritos

  • Gerencie alertas sobre as últimas notícias e pilotos favoritos

  • Faça sua voz ser ouvida com comentários em nossos artigos.

Motorsport prime

Descubra conteúdo premium
Assinar

Edição

Brasil