ANÁLISE: Como Tom Brady pode ser a inspiração de Hamilton para seguir correndo após os 40 anos

Encontro das duas lendas do esporte aconteceu nas atividades pré-GP de Miami

Lewis Hamilton, Mercedes with Tom Brady

Lewis Hamilton, Mercedes with Tom Brady

Mercedes-Benz

Há algo especial sobre o número sete: sete dias de criação, sétimo céu, sete pecados capitais. E, no esporte, o sete é um número que também possui um grande significado, que vai muito além das camisas de Garrincha e Cristiano Ronaldo.

Na Fórmula 1, os sete títulos de Michael Schumacher ficaram por muito tempo como um recorde que parecia impossível de ser superado. Mas Lewis Hamilton repetiu o feito em 2020, e ainda mantém a esperança de se tornar o primeiro octacampeão.

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Outra lenda esportiva cujo número sete possui uma importância especial é Tom Brady, estatisticamente o melhor quarterback da história da NFL. Aos 44 anos, Brady segue entregando há duas décadas performances no mais alto nível do futebol americano, vencendo mais Super Bowls do que qualquer jogador ou time.

Como parte dos eventos de aquecimento para o GP de Miami, Hamilton e Brady se uniram para um evento filantrópico com um patrocinador em comum, a IWC. Com isso, ambas as estrelas do esporte saíram de suas zonas de conforto em uma disputa no Miami Beach Golf Club.

Hamilton admitiu que não jogava golfe há três anos, mas teve algumas tacadas decentes, com ele e Brady enfrentando outra lenda da NFL, Marcus Allen e o empresário Brandon Okpalobi em um desafio de golfe.

O britânico revelou que ele e Brady são quase vizinhos em Nova York, e já se cruzaram em corridas de F1, mas que nunca tiveram antes a chance de passarem um tempo juntos. Brady admitiu que não trabalhava em seu golfe há anos, mas recebeu algumas provocações leves de Allen, que sentiu que o jogador do Tampa Bay Buccaneers estava brincando sobre sua desvantagem após uma primeira tacada para mais de 270 jardas.

"Cara, agora vocês veem porque eu deixei a aposentadoria", brincou Brady após uma tacada que acabou indo na direção da água. "Voltei para o esporte que sou bom!".

Lewis Hamilton, Mercedes plays Golf

Lewis Hamilton, Mercedes plays Golf

Photo by: Mercedes-Benz

Foi uma aposentadoria que durou apenas 40 dias. Brady venceu seu sétimo Super Bowl, o primeiro com os Buccs em 2021, antes de anunciar em fevereiro deste ano sua saída após 22 anos. A decisão recebeu certo ceticismo, que se provou correto. "Eu percebi que meu lugar ainda é no campo e não na arquibancada", disse.

Aos 44 anos, Brady é um desses raros atletas que continuou tendo não apenas uma carreira longa, mas também com a mais alta performance. Quatro de seus sete anéis do Super Bowl vieram após completar 37. Nas conversas sobre os melhores de todos os tempos, é impossível não colocá-lo na lista, com sua longevidade comprovando os clichês de que alguém pode melhorar com a idade.

E o mesmo vale para seu parceiro de golfe do dia, Hamilton. Para um piloto que já brincou várias vezes sobre não querer se tornar um dos pilotos mais velhos do grid, ele parece estar abrançando a habilidade de se tornar mais sábio, em forma e um atleta melhor a cada ano.

Quando ele assinou seu último contrato com a Mercedes, que o garante até o fim de 2023, era razoável pensar que seria seu último: vencer o oitavo mundial, superar Schumacher, pôr um fim e sair.

Mas mesmo com o início desafiador que ele vem enfrentando em 2022, ele se mantém otimista sobre suas condições e habilidades para seguir correndo o quanto quiser, independente de ser campeão novamente ou não.

Lewis Hamilton, Mercedes-AMG

Lewis Hamilton, Mercedes-AMG

Photo by: Sam Bloxham / Motorsport Images

"Ainda me sinto bem e jovem para ser honesto, mesmo que eu esteja rodeado por todos esses jovens aqui", disse Hamilton em Ímola. "Então não acho que esse será um fator decisivo sobre eu continuar ou não. Eu planejo estar aqui".

A questão da aposentadoria é uma que Hamilton certamente ponderará com a aproximação da necessidade de discutir um novo contrato com a Mercedes. Mesmo com o resultado de Abu Dhabi no ano passado, e a incerteza sobre seu retorno após a derrota, Hamilton disse que nunca considerou seriamente a aposentadoria. Sua paixão e ambição para seguir correndo, e vencendo, seguem queimando forte.

E é isso que faz com que Hamilton siga correndo mesmo na segunda metade de seus 30 anos. Anteriormente, ele havia dito que esperava não correr para além dos 40 mas, quanto mais isso se aproxima, parecem diminuir as chances de que isso aconteça. Como Brady descobriu, ser um dos melhores é algo muito difícil de desistir e, mesmo quando você toma tal decisão, não é fácil se comprometer a ela.

Nenhum dos dois iniciarão carreiras no golfe, mas o evento que os uniu foi um momento raro de união de dois gigantes do esporte. É de se questionar o que eles conversaram em privado, e se Hamilton teria falado com Brady sobre se manter no topo para além dos 40 anos, em busca de inspiração para esticar sua carreira na F1.

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