Brawn elogia postura "encorajadora" da F1 atual de testar coisas novas

Dirigente da categoria acredita que capacidade de fornecer dados robustos e análises precisas motivou equipes a aceitarem novidades

Ross Brawn, Managing Director of Motorsports, FOM

Charles Coates / Motorsport Images

O diretor da Fórmula 1, Ross Brawn, acredita que um pensamento de "novo mundo" no automobilismo abriu as portas para um futuro muito mais brilhante. A aquisição da categoria pela Liberty Media em 2016 já resultou em uma mudança de atitude para os fãs - com as corridas abrindo seus canais de mídia social e abraçando conceitos como a série da Netflix Drive to Survive, expandindo o antes fechado esporte.

Além disso, também surgiram inovações na forma de praticá-lo, com a empresa experimentando conceitos radicais e já aplicados como o novo formato de qualificação através da corrida sprint, antes de comprometê-los com o longo prazo.

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Brawn, que é diretor administrativo de esportes motorizados da F1, diz que a disposição do automobilismo em abraçar coisas novas é encorajadora - e deve abrir caminho para que ele tente coisas maiores e melhores no longo prazo.

É um contraste com a história recente, onde as tentativas de forçar qualquer mudança encontraram resistência em meio a temores das equipes de que isso pudesse prejudicar qualquer vantagem competitiva que tivessem.

"O que eu gosto é o fato de que a F1 parece estar mudando", disse ele ao Motorsport.com sobre a aprovação da corrida sprint. "É uma mente mais aberta e as pessoas de dentro estão olhando mais para o bem geral do esporte, não apenas suas próprias posições pessoais."

"Não sei se este formato ajuda ou não ajuda em particular alguma equipe ou piloto, provavelmente sim. Acho que quando você apresenta uma iniciativa, alguma escuderia pode ver se é do interesse dela ou não e fica difícil, mas creio que isso tem sido muito encorajador."

"E o que vejo é esse tipo de novo mundo da F1 surtindo efeitos de todas as maneiras. A mídia social explodiu, era muito pequena há cinco anos. E o ambiente em Zandvoort, teria acontecido se fosse anos atrás? Tivemos a oportunidade de desenvolver a pista e tínhamos o promotor que estava a bordo para fazer tudo isso."

"É uma verdadeira frustração que o Vietnã não tenha acontecido, porque aquele teria sido nosso primeiro tipo de circuito projetada pela Liberty e teria demonstrado a direção que queremos seguir, mas a Arábia Saudita vai ser espetacular. Então você está vendo esta realidade de cooperação."

Jeddah Street Circuit

Jeddah Street Circuit

Photo by: Formula 1

Brawn acredita que uma das vantagens que os chefes da F1 têm agora em buscar mudanças com as equipes é que há muito mais dados e ferramentas de simulação disponíveis para mapear os benefícios e consequências. No passado, alterações de regras propostas baseavam-se mais em caprichos e desejos pessoais do que em análises robustas.

"Acho que o que as equipes queriam ver era com base em evidências, porque esse é o mundo a que estão acostumadas", comentou. "Quando você se sentava em uma sala, antes desse período, todos tinham uma opinião e ninguém tinha nada que a fundamentasse."

“Após o experimento da sprint, podemos sentar com fatos, dados e números. Claro, haverão algumas visões subjetivas sobre como devemos seguir, mas pelo menos teremos muitas informações objetivas para julgar."

"Isso é o que me empolga na F1 e ainda temos o novo carro no ano que vem, baseado em análises do que precisávamos fazer. Portanto, tudo isso é muito encorajador e estou otimista para o futuro", concluiu.

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