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Haas diz que "seria desespero" trocar pilotos no meio da temporada

Chefe da escuderia, Gunther Steiner admitiu usar ordens de equipe para evitar batidas de seus pilotos

Romain Grosjean, Haas F1 Team VF-19, passes the stopped car of Kevin Magnussen, Haas F1 Team VF-19

Foto de: Sam Bloxham / Motorsport Images

Em meio à má fase da Haas, o chefe da equipe, Gunther Steiner, disse que trocar Kevin Magnussen ou Romain Grosjean no meio da temporada da Fórmula 1 seria um “movimento desesperado”. Os dois pilotos se chocaram nas últimas duas provas e chegaram a abandonar na Grã-Bretanha por conta de danos nos carros, mas Steiner cacifou a dupla para o restante do campeonato.

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De todo modo, as especulações de uma eventual saída de um dos dois, especialmente Grosjean, ganharam força após a corrida da Inglaterra. Após a prova de Silverstone, Steiner definiu o choque entre seus pilotos como "inaceitável", uma vez que ambos já haviam sido instruídos para evitar batidas. No GP da Espanha, eles também se tocaram, mas sem maiores consequências.

Depois de um novo atrito entre os pilotos na Alemanha, onde Grosjean e Magnussen voltaram a trocar tinta, Steiner disse que é improvável que a equipe substitua um dos dois durante a temporada.

“Eu não estou pensando nisso”, disse ele. “É uma opção, mas não faz muito sentido. Você acaba criando mais perguntas do que respostas. Você perturba várias outras coisas. Isto seria uma manobra quase desesperada se eu tivesse que fazê-la”.

A Haas disse que decidirá quem serão os pilotos do time para o próximo ano após as férias de verão. Enquanto o contrato de Grosjean termina no fim desta temporada, o de Magnussen tem duração até o fim de 2020.

Steiner disse que a dinâmica entre os dois não significa que a parceria esteja perdida, já que ele acredita que os pilotos podem se odiar, desde que trabalhem bem com a equipe. “Quando você toma uma decisão, a química da equipe vem junto” disse Steiner. “Todas essas questões não são novidade alguma para se pensar quando nós fazemos nossa escolha para o futuro”.

“Se eles não resolvem isso pessoalmente, eu não posso fazê-lo. Contanto que eles respeitem o time e façam o que a equipe quiser que eles façam, eu estou tranquilo. Se eles não conversarem um com o outro, desde que não façam nada negativo que vá prejudicar o time, eu posso viver com isso. Tentar forçar alguém a ter um bom relacionamento com outrém não funciona. Não sou psicólogo, mas tenho certeza disso”, ponderou o dirigente.

Enquanto admite que circunstâncias externas tiveram influência nos repetidos incidentes entre Grosjean e Magnussen, Steiner confirmou que ele vai impor regras mais restritas para os dois a partir de agora, ao invés de permitir que lutem livremente na pista.

"Ser firme com eles é a única solução”, disse Steiner. “Vamos dizer a eles o que fazer quando estiverem próximos um do outro. Quando estiverem longe um do outro, eu realmente não me importo com o que estão fazendo. Mas quando estiverem próximos, vamos tirar o controle deles”.

Steiner planeja discutir a situação pessoalmente com Grosjean e Magnussen nesta quinta-feira, depois de ter dado tempo a si mesmo para refletir sobre o que aconteceu na Alemanha, onde eles colidiram novamente, mas sem consequências. “Os dois poderiam ter danificado os carros novamente e perderíamos os pontos”, alertou Steiner.

"Se eu tiver o mesmo tipo de discussão que tive com eles em Silverstone, não será construtivo. Eu preciso chegar com algo melhor. Precisamos ter controle e seguir adiante, porque isso não é aceitável para a equipe. O time vai sofrer novamente se nós continuarmos com isso”.

Haas vive momento ruim e coleciona episódios bizarros

Entre as confusões da escuderia, tem de tudo: roda solta, piloto rodando sozinho no box e patrocinador barbudo fã de Exterminador do Futuro. Confira na galeria especial do Motorsport.com abaixo:

A 'pataquada' mais marcante da Haas aconteceu no GP da Austrália do ano passado
A equipe errou no pit stop de seus dois pilotos, que abandonaram em virtude da roda solta, um após o outro. O primeiro deles foi Magnussen
Logo depois do dinamarquês, a equipe repetiu o erro com Grosjean
Foi uma grande frustração para a equipe norte-americana, uma das mais focadas pela série da F1 na Netflix
Para lamentação do chefe de equipe Gunther Steiner, o duplo abandono tirou os dois pilotos da zona de pontos
Em 2019, o erro se repetiu com Grosjean
Pelo segundo ano consecutivo, o francês teve que abandonar por uma roda solta na abertura da temporada
A Espanha também viu uma leve pataquada, com o toque entre os companheiros em Barcelona. Para sorte da equipe, não houve grandes consequências. Não por muito tempo
No GP do Canadá, Magnussen estava descontente e reclamou com a equipe. O chefe Steiner, então, mandou o piloto calar a boca.
Magnussen concordou, mas ficou feio. E o pior estava por vir na atual temporada da F1
No GP da França, mais dificuldades: os dois pilotos foram mal na classificação e Grosjean abandonou a prova
Mais uma decepção para o piloto da casa, que vive má fase e reclama muito da equipe desde o ano passado. Já Steiner disse que a etapa francesa foi a pior da história da Haas
No GP da Áustria, a vergonha foi tal que Magnussen chegou a ficar atrás da Williams de George Russell. Na foto, o dinamarquês disputa com Kubica e toma volta de Leclerc
O vexame da Haas no Red Bull Ring foi tamanha que fez o CEO da patrocinadora da equipe, a Rich Energy, optar quebrar o contrato (explicamos essa história nos próximos slides)
Antes, porém, vamos ao GP da Grã-Bretanha. A etapa já começou vergonhosa para a equipe, que viu Grosjean rodar sozinho na saída dos boxes durante treino livre
A asa do piloto francês ficou pelo caminho. Depois, ele ainda rodou no circuito de Silverstone
Grosjean abandona o GP da Grã-Bretanha
Magnussen também abandonou, com danos no outro lado do carro, o esquerdo, como  se vê na foto
Steiner classificou o toque como
Como se não bastassem as tretas na pista, ainda há polêmica fora dela, em razão de problemas da patrocinadora
A primeira delas até que foi tranquila: a Rich Energy foi processada por plágio no logotipo e teve que mudar a identidade visual, além de prestar contas na Inglaterra
Depois do vexatório GP da Áustria, o CEO da empresa de energéticos anunciou que deixaria de patrocinar a Haas
Logo depois, os acionistas da marca disseram que o CEO não tinha autoridade para quebrar o contrato e se movimentaram para manter a parceria com a equipe
Foi aí que William Storey, portentoso de chamativa barba, disse que estava sofrendo um golpe
Apesar dos protestos, o barbudo CEO acabou saindo do comando da empresa, mas citou o Exterminador do Futuro ao deixar recado:
No mais recente capítulo das polêmicas da Rich Energy, que mudou de nome para Lightning Volt, a empresa está sendo processada pela Red Bull por plágio pelo slogan
Agora, surgem rumores da saída de Grosjean. Os apontados como possíveis substitutos são Esteban Ocon, Sergio Pérez e o brasileiro Pietro Fittipaldi, piloto de testes da Haas
Na largada do GP da Grã-Bretanha, Grosjean e Magnussen se tocaram novamente, o que danificou os carros dos dois pilotos.
Ambos abandonaram a prova algumas voltas depois, por problemas decorrentes da pancada.
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