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Em entrevista ao filho, Galvão Bueno fala qual a maior "ausência" no currículo de narrador

Conversando com Cacá Bueno, Galvão falou que sente falta de não ter conseguido narrar uma vitória de Emerson na F1

Galvão Bueno na Corrida do Milhão da Stock Car

Foto de: Duda Bairros

Neste sábado, Galvão Bueno passou para o outro lado da mesa, ao ser entrevistado por seu filho Cacá Bueno, em uma live feita pela Instagram. A conversa, que durou quase duas horas, teve como foco a paixão de ambos pelo automobilismo, e ambos dividiram histórias de suas trajetórias com os espectadores.

Já na etapa final, Cacá perguntou a Galvão o que faltou em seu currículo como narrador esportivo. A pergunta pegou Galvão de surpresa, que afirmou não estar preparado para a pergunta, mas rapidamente falou que sabia exatamente o que lhe faltava.

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"Eu não tive a felicidade de narrar uma vitória de Emerson Fittipaldi", disse Galvão. "Na última corrida do Emerson, em Watkins Glen, nos EUA, eu cheguei no Motorhome, e ele estava dormindo. Esperei respeitosamente ele sair. Quando ele apareceu, perguntei pra ele: 'É A última?'. Ele me olhou e me respondeu: 'É. Mas me faz um favor? Faço. Fala só no fim da corrida?’. E eu respeitei o desejo dele".

Era a temporada de 1980, e Emerson estava em seu quinto ano correndo pela sua própria equipe, a Fittipaldi. Mas, apesar de ter conseguido um terceiro lugar no GP do Oeste dos Estados Unidos em Long Beach, prova vencida por Nelson Piquet, o bicampeão vinha sofrendo sua sequência de resultados, tendo pontuado apenas uma outra vez naquele ano.

Para completar, a despedida de Emerson da F1 foi marcada por quatro abandonos consecutivos, inclusive em seu último GP em Watkins Glen.

Galvão ainda terminou sua resposta falando sobre a importância de Emerson para o automobilismo brasileiro.

"O Emerson é o pai de todos. Quando o Emerson foi para a Europa, ele foi para a escola de pilotagem na Inglaterra, e fez todo um caminho até chegar na F1. Ele fez coisas impressionantes na carreira e abriu as portas para todos. Tudo que temos hoje é porque Emerson fez isso nos anos 60".

Com Galvão e cia, veja principais bordões dos narradores de automobilismo do Brasil:

Galvão Bueno:
Clássico bordão do icônico narrador em referência ao tricampeão da Fórmula 1
Galvão Bueno:
No GP do Japão de 1991, em que conquistou seu terceiro título, o brasileiro entregou a vitória para seu companheiro austríaco Gerhard Berger, para loucura de Galvão
Galvão Bueno:
No GP da Hungria de 1986, a memorável ultrapassagem de Piquet sobre Senna, por fora, foi narrada de forma eufórica por Galvão
Galvão Bueno:
Verbalizada no GP da Europa de 1993, a cornetada foi para Michael Andretti, então companheiro de Senna. Enquanto o brasileiro brilhou, o norte-americano abandonou outra vez, dando sequência à má fase na F1. Andretti nem terminou a temporada
Galvão Bueno:
Narração épica da primeira vitória de Rubens Barrichello na F1, a primeira do Brasil em sete anos. Foi no GP da Alemanha de 2000. "Isso, Rubinho! Solta o cinto e levanta do carro! Ergue o seu punho, viva seu momento! Faça rolar suas lágrimas, porque elas são de alegria, mas são também de uma carreira muito sofrida, de muita gente que não acredita, de gente que tem o mau hábito de não respeitar o talento dos outros. Chega o momento de Rubens Barrichello. A vitória é sua, Rubinho!"
Cléber Machado:
"É inacreditável. Olha, é inacreditável. Não há nenhuma necessidade de a Ferrari fazer isso". Foi assim que Cléber Machado definiu o fim do GP da Áustria de 2002. Um ano depois de a escuderia pedir para Barrichello entregar uma vitória ao alemão Michael Schumacher, que brigava pelo título em 2001, nova ordem obrigou o brasileiro a abdicar do triunfo de forma lamentável em 2002, quando Schumacher liderava com folga. Triste e inesquecível
Galvão Bueno:
O ocorrido na Áustria não apagou a marca registrada em homenagem a Rubinho, responsável pela última vitória brasileira na F1, na Itália, em 2009
Galvão Bueno:
No GP da Hungria de 2010, Schumacher tentou evitar ultrapassagem do brasileiro espremendo-o no muro. Mas Rubinho levou a melhor na batalha entre ex-companheiros de Ferrari. "O muro acabou na hora certa, gente, ele ia bater no muro. E olha que o Schumacher jogou ele na parede, amigo", definiu Galvão
Galvão Bueno:
Schumacher quebrou no GP do Japão de 1991. Galvão narrou: "Schumacher ficou para trás. Olha lá o Schumacher, a corrida acabando para ele. Fizeram [Benetton] a opção deles. Não quiseram mais o Piquet e o Moreno. Olha, com Schumacher e com Brundle, eles vão gastar dinheiro, viu? Eles vão gastar dinheiro na próxima temporada, porque o que eles [pilotos] batem não é fácil, e o que eles estouram de motor..."
Galvão Bueno:
Mais um clássico de Galvão, desta vez para Massa, último piloto brasileiro na F1
Galvão Bueno:
"Hamilton é campeão mundial. Na última curva". Triste e memorável narração no GP do Brasil de 2008, no qual Massa foi campeão por alguns segundos, até que o britânico ultrapassou Timo Glock para conquistar seu 1º título, ainda com a McLaren
Galvão Bueno:
Mesmo quem não gosta de F1 já deve ter ouvido este clássico
Galvão Bueno:
Bordão do narrador para situações de chuva forte
Galvão Bueno:
Mais um bordão de Galvão para situações de chuva na F1
Luis Roberto:
Max Verstappen venceu o GP da Áustria de forma impressionante neste ano. Depois ultrapassar a Ferrari do alemão Sebastian Vettel, o holandês fez um "gol da Holanda", como definiu Luis Roberto
Sérgio Maurício:
Bordão elogioso de Sérgio Maurício (à direita), mais um narrador de automobilismo do Grupo Globo
Téo José:
Marca registrada do narrador da Fox Sports, que sempre emprega o bordão para decretar o vencedor das corridas
Téo José:
"Passa Tony, passa Tony, passa Tony, passa Tony, passa Tony. Não perde mais, Tony Kanaan!" Na versão feliz do 'hoje não, hoje sim', Téo José viu Max Papis ter pane seca para delegar ao brasileiro Tony Kanaan sua primeira vitória na Indy, na US 500 de 1999
Luciano do Valle:
"Sabe por quê? Vai dar bandeira amarela, e o Emerson está na frente. Ganhou o Brasil! Ganhou o Brasil! Espetacular! Uma vitória que vai ficar para a história de todos nós!". Foi assim que o saudoso narrador definiu a primeira vitória de Emerson Fittipaldi nas 500 Milhas de Indianápolis, em 1989
Sergio Lago:
O ex-narrador do Speed e Fox Sports tem um jeito característico após o comando de ligar os motores nas provas da NASCAR. Além dele, ficou famoso também o "Bandeira verde!", anunciando o início de cada prova da maior categoria do automobilismo norte-americano.
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VÍDEO: O Duelo Fla-Flu de Cacá e Galvão Bueno

Galvão e cia: quem são os maiores comunicadores de automobilismo da TV brasileira?

 

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