Análise

F1: Conheça o 'trabalho escondido' que levou Tsunoda à AlphaTauri

Estreante em 2021, jovem piloto japonês abre o jogo sobre os desafios no esporte a motor

Yuki Tsunoda, AlphaTauri Test Driver

Foto de: Steven Tee / Motorsport Images

Destaque da Fórmula 2 em 2020 e confirmado como titular da AlphaTauri-Honda na Fórmula 1 em 2021, o japonês Yuki Tsunoda já manifestou arrependimento por ter abraçado o automobilismo de forma tardia, mas isso não o impediu de chegar na categoria máxima.

O jovem competidor nipônico está prestes a começar sua temporada de estreia na F1 com o 'time B' da Red Bull após uma rápida evolução nos campeonatos de base do esporte a motor mundial.

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Assim, o que mais impressiona é como Tsunoda amadureceu e evoluiu de forma rápida ao longo de cada ano, sem medo de buscar dicas e inspirações de fora nos momentos em que foi necessário.

O progresso do piloto do Japão até a F2 passou ligeiramente despercebido pelos 'radares'. Apesar de conquistar uma vitória em sua temporada de estreia na F3 em 2019, Tsunoda não figurou em batalhas por títulos.

Entretanto, na F2 2020, o que se viu uma solidificação do progresso do competidor. Segundo o próprio, tudo se deve à 'canalização do foco' numa tentativa de performar cada vez mais nas pistas.

"O último ano, para mim, foi de uma temporada em que tive uma grande evolução em todos os aspectos do meu trabalho", afirmou Tsunoda sobre os passos dados em seu primeiro e único campeonato na F2. 

"Primeiramente, em termos de pilotagem, mas também em termos de mentalidade e 'psicologia' no que tange à forma com a qual eu encaro as corridas", ponderou o substituto do russo Daniil Kvyat na AlphaTauri.

"Acho que evoluí bastante na F2. Foi uma temporada de muito sucesso, uma das melhores de minha carreira no automobilismo", afirmou o jovem de somente 20 anos, que será companheiro do francês Pierre Gasly, vencedor do GP da Itália de 2020 com a AlphaTauri.

"No começo da temporada (2020), eu já tinha um bom ritmo e podia competir com rivais fortes, mas faltava consistência até o meio do campeonato. Com isso, não consegui somar muitos pontos nas primeiras corridas", avalia Tsunoda sobre a disputa da F2.

"Então, da metade da temporada em diante, trabalhei com um psicólogo e falamos bastante sobre automobilismo - sobre como me preparo para a corrida e sobre minha atitude durante a corrida", seguiu o japonês, apadrinhado pela Honda e pelo programa de jovens da Red Bull.

"Além disso, sobre outros fatores. Tudo isso resultou em uma grande evolução da minha mentalidade. No fim da temporada, não estava onde eu gostaria de estar, mas tinha me desenvolvido bastante desde o começo do campeonato."

"E meus resultados de pista continuaram a ficar cada vez melhores", ressaltou. A clareza de Tsunoda mostra que o japonês tem a mente aberta e está disposto a aprender, em vez de achar que já sabe de tudo.

O piloto também cita o progresso com o gerenciamento de pneus como um grande exemplo de como ele ainda podia fazer um esforço extra no sentido de seguir rumo à constante evolução de seu desempenho.

"No começo do ano - durante o teste de novatos, por exemplo -, eu tive dificuldades com o gerenciamento de pneus, comparado aos meus companheiros", admitiu o sereno Tsunoda, ciente do trabalho que teria de ser feito.

"Entretanto, trabalhei duro com o time e assisti corridas de temporadas anteriores a fim de aprender como gerenciar melhor os pneus. O trabalho duro deu resultado: no fim do ano, deu pra ver o progresso que eu tinha feito."

Yuki Tsunoda, AlphaTauri AT01

Yuki Tsunoda, AlphaTauri AT01

Photo by: Zak Mauger / Motorsport Images

Tsunoda também fala sobre os primórdios da carreira, nos tempos de kart. O japonês relembra os conselhos recebidos do pai quando começou a correr 'de verdade' pela primeira vez.

"Meu pai era mecânico até eu ter uns 14 ou 15 anos de idade. Tenho que agradecê-lo por todo o sucesso que tive até o momento - ele me ajudou no processo de me tornar um piloto cada vez melhor."

"A frenagem foi um aspecto no qual ele mais me ensinou, particularmente como e quando frear. Ele me ensinou que a frenagem é muito importante a caminho da curva e sobre como ela pode fazer o carro reagir."

"Dependendo disso, você pode pisar no acelerador mais cedo do que os outros. Foi o que eu pratiquei muitas vezes no kart. Me deu muita confiança e ainda uso a técnica até os dias de hoje."

Entretanto, há uma coisa que Tsunoda não pretende mudar no seu approach, independentemente do quanto as pessoas tentem convencê-lo: sua relutância em participar de corridas em simuladores.

"Gosto de jogos de tiro, como 'Call of Duty', e, às vezes, quando estou jogando, imagino estar atirando me alguém que odeio... funciona bem, me dá ânimo!", brincou o bem-humorado piloto japonês.

"Vejo que o esporte e que os jogos virtuais me ajudam a 'resetar' minha mente e me sinto rejuvenescido depois de jogar. Entretanto, não gosto de jogos de simulação de corridas, porque não os acho realistas.

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