F1: Relatório financeiro da Mercedes revela R$2,4 bi de gastos em 2020

Mesmo sendo o último ano sem a obrigatoriedade do teto orçamentário, a equipe alemã aumentou seu quadro de funcionários

Lewis Hamilton, Mercedes F1 W11, 3rd position, performs some celebratory donuts at the end of the race

Foto de: Steve Etherington / Motorsport Images

No último final de semana, a Mercedes revelou seu relatório financeiro de 2020, e as operações da Fórmula 1 mostram que a equipe gastou 324,9 milhões de libras (aproximadamente R$2,4 bilhões) para conquistar a sétima dobradinha consecutiva de títulos.

O número representa uma pequena queda em relação aos 333,2 milhões de libras (R$2,46 bilhões) em 2019, refletindo tanto um calendário mais curto quanto o objetivo da equipe para reduzir os gastos.

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Apesar dos números dos gastos da manchete incluírem muitos itens que não entram no novo teto orçamentário da F1, mesmo assim indica o quanto que a equipe teve que se reestruturar para cumprir o limite deste ano. O teto de 2021 foi fixado em 145 milhões de dólares (R$760 milhões).

Os números indicam também que a equipe superou a temporada afetada pela Covid-19 em uma surpreendente boa forma financeira, com seu faturamento caindo ligeiramente, de 363,6 milhões de libras para 355,5 (de R$2,687 bilhões para R$2,627).

A pequena discrepância mostra que a Mercedes foi atingida pela queda geral de renda na F1 assim como seus rivais, mas, mesmo assim, gerou uma renda significativa oriunda de patrocínios.

Após a aplicação de impostos, a equipe registrou um lucro de 13,6 milhões de libras, (R$100 milhões) uma pequena redução em comparação aos 14,7 de 2019 (R$108 milhões).

Os números referem-se apenas aos custos de funcionamento da equipe de corrida de Brackley, e incluem uma taxa fixa de R$96 milhões paga à divisão de Brixworth pelo uso de motores, a mesma quantia paga pelas equipes clientes das unidades de potência da Mercedes.

Apesar da chegada iminente do teto orçamentário para 2021, o número de funcionários em Brackley cresceu em 2020, de 968 em 2018 e 1016 em 2019 para um recorde de 1063 em 2020. Isso inclui um extra de 34 pessoas acrescentadas nas áreas de design e engenharia.

No relatório deste ano, Toto Wolff, chefe da Mercedes, disse: "Em 2021, a equipe seguirá trabalhando para desenvolver sua sustentabilidade financeira, auxiliada pela entrega de máxima competitividade sob o novo regulamento financeiro ao diversificar e alavancar a capacidade da equipe através da divisão de Ciências Aplicadas".

Mercedes W12 in the garage

Mercedes W12 in the garage

Photo by: Steve Etherington / Motorsport Images

A Mercedes está realizando diversos projetos fora de suas operações de F1, incluindo programas de ciclismo e da America's Cup, importante campeonato de vela em parceria com a INEOS, que adquiriu um terço da equipe em dezembro. A transação dessa compra de ações segue em andamento.

Sobre o contínuo impacto da Covid-19, Wolff disse: "Graças à variedade de fontes de renda ao longo do ano, a companhia conseguiu manter seus lucros além de cumprir todas as suas obrigações financeiras".

"Uma abordagem prudente seguirá sendo utilizada com relação a possíveis impactos nos negócios e planos de contingência são revisados regularmente para mitigar os efeitos do vírus nos negócios".

"Sendo da área de alta tecnologia, a equipe pode adaptar-se competitiva e comercialmente às mudanças em seu ambiente de operações, e seguirá investindo em sua capacidade e cultura para garantir sucesso a médio e longo prazo dentro e fora das pistas".

A Mercedes também deixou claro que seu programa na F1 segue criando um impacto positivo na empresa como um todo.

A empresa destacou: "Em paralelo ao sucesso da equipe em temporadas recentes, a marca Mercedes teve um aumento em seu valor, de 31,9 bilhões de dólares em 2013 para 49,3 bilhões em 2020 (R$166,7 bilhões para R$257,6), com a F1 tendo uma importante contribuição ao status da marca como a oitava mais valiosa do mundo".

A equipe destacou também que, ao longo da temporada 2020, recebeu 19,2 da cobertura de televisão, uma queda em relação aos 23,6% de 2019, e gerou um Valor Equivalente de Publicidade de 5,8 bilhões de dólares (R$30 bilhões) para seus parceiros comerciais).

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