O chefe de equipe da Haas, Gunther Steiner, disse que não vê problemas em uma potencial dupla formada por Nico Hulkenberg e Kevin Magnussen na próxima temporada da Fórmula 1, apesar do histórico de conflitos entre os dois.
Hulkenberg é o favorito da equipe para substituir Romain Grosjean ao lado de Magnussen em 2020. No entanto, a dupla protagonizou momentos tensos quando estiveram juntos na Renault e não se dá muito bem.
O incidente mais marcante é provavelmente a fala do dinamarquês em 2017, durante uma entrevista para a TV após o GP da Hungria, em que disse: “Chupe minhas bolas” para Hulkenberg.
A rivalidade entre eles também foi tema de um dos capítulos da série da Netflix “Drive to Survide”, que cobriu a temporada de 2018, mas Steiner diz que não está preocupado com a história do par.
“Nós já temos dois pilotos disputando entre si mesmo sem uma história”, disse ele. “Nós lidaríamos com isso. Não penso sobre essa questão, não é sobre eles, é sobre a equipe. Nós somos todos adultos, e isto é um negócio”.
“Tenho certeza que todos tem colegas com quem não gostam de trabalhar em suas áreas. É um negócio, vejo as coisas desta forma. Você precisa ser prático com esses assuntos. Mas isso não é algo que vá influenciar no que estamos fazendo. É problema deles, não nosso”, finalizou Steiner.
Hulkenberg indicou que ficaria feliz em ser parceiro de Magnussen, sugerindo que não precisam ser amigos para correrem juntos.
“Eu adoraria ver isso”, disse o alemão com um sorriso. “Honestamente, o companheiro é o companheiro. Você precisa aceitar eles. Você se pode se dar bem com alguns deles, mas não precisa ser assim. Talvez seja melhor, eu não sei. Não acho que não seria um fator para romper contratos”.
Magnussen também deu pouca importância à rivalidade, enfatizando que houve apenas um confronto isolado na pista.
“Isso foi dramatizado demais, foi realmente cansativo esse assunto”, disse ele. “Entre mim e Nico houve realmente apenas um incidente na Hungria dois anos atrás. É incrível que ainda estejamos falando sobre isso”.
“Quero dizer, não há muitos pilotos que são amigos na pista. Nós dizemos ‘olá’ uns ao outro quando nos vemos, mas não há problemas entre nós”.
Magnussen disse que prefere ter um parceiro competitivo, seja Grosjean ou outro piloto.
“Obviamente não há decisão sobre isso ainda”, disse o dinamarquês. “Mas estarei feliz independente do escolhido, estou contente com meu companheiro agora, e vou estar com qualquer um na verdade”.
“Acho que quando você está no meio do pelotão, você precisa de um companheiro forte, alguém competitivo, bem avaliado, porque é a melhor forma de destacar a si mesmo”.
“E se você não está ganhando corridas e campeonatos, você precisa de alguém forte ao seu lado para mostrar o que pode fazer, porque é difícil mostrar seu potencial sem uma referência. Mas eu sinto que já tenho isso. Então não vou reclamar”
Haas vive momento ruim e coleciona episódios bizarros
Entre as confusões da escuderia, tem de tudo: roda solta, piloto rodando sozinho no box e patrocinador barbudo fã de Exterminador do Futuro. Confira na galeria especial do Motorsport.com abaixo:
A 'pataquada' mais marcante da Haas aconteceu no GP da Austrália do ano passado
Foto de: Sutton Motorsport Images
A equipe errou no pit stop de seus dois pilotos, que abandonaram em virtude da roda solta, um após o outro. O primeiro deles foi Magnussen
Foto de: Sutton Motorsport Images
Logo depois do dinamarquês, a equipe repetiu o erro com Grosjean
Foto de: Steven Tee / Motorsport Images
Foi uma grande frustração para a equipe norte-americana, uma das mais focadas pela série da F1 na Netflix
Foto de: Sutton Motorsport Images
Para lamentação do chefe de equipe Gunther Steiner, o duplo abandono tirou os dois pilotos da zona de pontos
Foto de: Andrew Hone / Motorsport Images
Em 2019, o erro se repetiu com Grosjean
Foto de: Glenn Dunbar / Motorsport Images
Pelo segundo ano consecutivo, o francês teve que abandonar por uma roda solta na abertura da temporada
Foto de: Sam Bloxham / Motorsport Images
A Espanha também viu uma leve pataquada, com o toque entre os companheiros em Barcelona. Para sorte da equipe, não houve grandes consequências. Não por muito tempo
Foto de: Andy Hone / Motorsport Images
No GP do Canadá, Magnussen estava descontente e reclamou com a equipe. O chefe Steiner, então, mandou o piloto calar a boca.
Foto de: Zak Mauger / Motorsport Images
Magnussen concordou, mas ficou feio. E o pior estava por vir na atual temporada da F1
Foto de: Glenn Dunbar / Motorsport Images
No GP da França, mais dificuldades: os dois pilotos foram mal na classificação e Grosjean abandonou a prova
Foto de: Steven Tee / Motorsport Images
Mais uma decepção para o piloto da casa, que vive má fase e reclama muito da equipe desde o ano passado. Já Steiner disse que a etapa francesa foi a pior da história da Haas
Foto de: Steven Tee / Motorsport Images
No GP da Áustria, a vergonha foi tal que Magnussen chegou a ficar atrás da Williams de George Russell. Na foto, o dinamarquês disputa com Kubica e toma volta de Leclerc
Foto de: Mark Sutton / Motorsport Images
O vexame da Haas no Red Bull Ring foi tamanha que fez o CEO da patrocinadora da equipe, a Rich Energy, optar quebrar o contrato (explicamos essa história nos próximos slides)
Foto de: Mark Sutton / Motorsport Images
Antes, porém, vamos ao GP da Grã-Bretanha. A etapa já começou vergonhosa para a equipe, que viu Grosjean rodar sozinho na saída dos boxes durante treino livre
Foto de: Mark Sutton / Motorsport Images
A asa do piloto francês ficou pelo caminho. Depois, ele ainda rodou no circuito de Silverstone
Foto de: Mark Sutton / Motorsport Images
Grosjean abandona o GP da Grã-Bretanha
Foto de: Andy Hone / Motorsport Images
Magnussen também abandonou, com danos no outro lado do carro, o esquerdo, como se vê na foto
Foto de: Zak Mauger / Motorsport Images
Steiner classificou o toque como "inaceitável" e deu uma sonora bronca na dupla. O melhor para Magnussen é que ele soma 14 pontos em 2019, contra apenas 2 de Grosjean
Foto de: Andy Hone / Motorsport Images
Como se não bastassem as tretas na pista, ainda há polêmica fora dela, em razão de problemas da patrocinadora
Foto de: Mark Sutton / Motorsport Images
A primeira delas até que foi tranquila: a Rich Energy foi processada por plágio no logotipo e teve que mudar a identidade visual, além de prestar contas na Inglaterra
Foto de: Glenn Dunbar / Motorsport Images
Depois do vexatório GP da Áustria, o CEO da empresa de energéticos anunciou que deixaria de patrocinar a Haas
Foto de: Andy Hone / Motorsport Images
Logo depois, os acionistas da marca disseram que o CEO não tinha autoridade para quebrar o contrato e se movimentaram para manter a parceria com a equipe
Foto de: Mark Sutton / Motorsport Images
Foi aí que William Storey, portentoso de chamativa barba, disse que estava sofrendo um golpe
Foto de: Gareth Harford / Motorsport Images
Apesar dos protestos, o barbudo CEO acabou saindo do comando da empresa, mas citou o Exterminador do Futuro ao deixar recado: "Eu voltarei"
Foto de: Gareth Harford / Motorsport Images
No mais recente capítulo das polêmicas da Rich Energy, que mudou de nome para Lightning Volt, a empresa está sendo processada pela Red Bull por plágio pelo slogan "te dá chifres"
Foto de: Simon Galloway / Motorsport Images
Agora, surgem rumores da saída de Grosjean. Os apontados como possíveis substitutos são Esteban Ocon, Sergio Pérez e o brasileiro Pietro Fittipaldi, piloto de testes da Haas
Foto de: Andrew Hone / Motorsport Images
Na largada do GP da Grã-Bretanha, Grosjean e Magnussen se tocaram novamente, o que danificou os carros dos dois pilotos.
Foto de: Colin McMaster / Motorsport Images
Ambos abandonaram a prova algumas voltas depois, por problemas decorrentes da pancada.
Foto de: Zak Mauger / Motorsport Images
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