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Kubica: culpar pneus seria "desculpa barata" para 2019 decepcionante

Piloto polonês também negou que lesões no braço direito tenham sido determinantes

Robert Kubica, Williams FW42

Foto de: Andy Hone / Motorsport Images

Contratado pela Alfa Romeo como reserva para a temporada 2020 da Fórmula 1, Robert Kubica ainda não engoliu o péssimo 2019 que enfrentou na categoria máxima do automobilismo como piloto titular da Williams.

Questionado sobre o difícil campeonato do ano passado, o polonês se negou a usar a "desculpa barata" de culpar os controversos pneus Pirelli pela temporada "sem sucesso" da equipe britânica de Grove.

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Equipado com o carro mais lento do grid em 2019, Kubica lutou para produzir performances consistentes, principalmente durante uma volta rápida: ele foi batido pelo companheiro, o novato britânico George Russell, em todos os treinos classificatórios.

O composto da Pirelli, que tem uma janela estreita para operação em temperatura ideal, é considerado um dos fatores mais determinantes para o desempenho na F1 moderna. Entretanto, Kubica não quer usar o pneu como justificativa.

"Acho que sou inteligente e bom o suficiente para entender o que devo fazer com os pneus", disse Kubica ao Motorsport.com. "E ainda assim, não é o piloto que escolhe qual caminho seguir e como os pneus devem operar, é um trabalho em equipe”.

"É claro que, em última análise, é o piloto que está no carro, mas temos exatamente os mesmos alvos e exatamente as mesmas coisas operacionalmente em relação aos pneus”, ponderou o polonês, que deixou já deixou a Williams. Relembre os carros da equipe na F1:

1978: Williams-Cosworth FW06
Piloto: Alan Jones
1979: Williams-Cosworth FW07
Pilotos: Alan Jones, Clay Regazzoni
1980: Williams-Cosworth FW07B
Pilotos: Alan Jones, Carlos Reutemann
1981: Williams-Cosworth FW07C
Pilotos: Alan Jones, Carlos Reutemann
1982: Williams-Cosworth FW08
Pilotos: Carlos Reutemann, Mario Andretti, Derek Daly, Keke Rosberg
1983: Williams-Cosworth FW08C
Pilotos: Keke Rosberg, Jacques Laffite, Jonathan Palmer
1984: Williams-Honda FW09
Pilotos: Jacques Laffite, Keke Rosberg
1985: Williams-Honda FW10
Pilotos: Nigel Mansell, Keke Rosberg
1986: Williams-Honda FW11
Pilotos: Nigel Mansell, Nelson Piquet
1987: Williams-Honda FW11B
Pilotos: Nigel Mansell, Riccardo Patrese, Nelson Piquet
1988: Williams-Judd FW12
Pilotos: Nigel Mansell, Martin Brundle, Jean-Louis Schlesser, Riccardo Patrese
1989: Williams-Renault FW13
Pilotos: Thierry Boutsen, Riccardo Patrese
1990: Williams-Renault FW13B
Pilotos: Thierry Boutsen, Riccardo Patrese
1991: Williams-Renault FW14
Pilotos: Nigel Mansell, Riccardo Patrese
1992: Williams-Renault FW14B
Pilotos: Nigel Mansell, Riccardo Patrese
1993: Williams-Renault FW15C
Pilotos: Damon Hill, Alain Prost
1994: Williams-Renault FW16
Pilotos: Damon Hill, Ayrton Senna, David Coulthard, Nigel Mansell
1995: Williams-Renault FW17B
Pilotos: Damon Hill, David Coulthard
1996: Williams-Renault FW18
Pilotos: Damon Hill, Jacques Villeneuve
1997: Williams-Renault FW19
Pilotos: Heinz-Harald Frentzen, Jacques Villeneuve
1998: Williams-Mecachrome FW20
Pilotos: Heinz-Harald Frentzen, Jacques Villeneuve
1999: Williams-Supertec FW21
Pilotos: Ralf Schumacher, Alessandro Zanardi
2000: Williams-BMW FW22
Pilotos: Ralf Schumacher, Jenson Button
2001: Williams-BMW FW23
Pilotos: Juan Pablo Montoya, Ralf Schumacher
2002: Williams-BMW FW24
Pilotos: Juan Pablo Montoya, Ralf Schumacher
2003: Williams-BMW FW25
Pilotos: Juan Pablo Montoya, Ralf Schumacher, Marc Gene
2004: Williams-BMW FW26
Pilotos: Juan Pablo Montoya, Ralf Schumacher, Marc Gene, Antonio Pizzonia
2005: Williams-BMW FW27
Pilotos: Mark Webber, Nick Heidfeld, Antonio Pizzonia
2006: Williams-Cosworth FW27
Pilotos: Nico Rosberg, Mark Webber, Alexander Wurz
2007: Williams-Toyota FW29
Pilotos: Nico Rosberg, Alexander Wurz, Kazuki Nakajima
2008: Williams-Toyota FW30
Pilotos: Nico Rosberg, Kazuki Nakajima
2009: Williams-Toyota FW31
Pilotos: Nico Rosberg, Kazuki Nakajima
2010: Williams-Cosworth FW32
Pilotos: Rubens Barrichello, Nico Hülkenberg
2011: Williams-Cosworth FW33
Pilotos: Rubens Barrichello, Pastor Maldonado
2012: Williams-Renault FW34
Pilotos: Pastor Maldonado, Bruno Senna
2013: Williams-Renault FW35
Pilotos: Pastor Maldonado, Valtteri Bottas
2014: Williams-Mercedes FW36
Pilotos: Felipe Massa, Valtteri Bottas
2015: Williams-Mercedes FW37
Pilotos: Felipe Massa, Valtteri Bottas
2016: Williams-Mercedes FW38
Pilotos: Felipe Massa, Valtteri Bottas
2017: Williams-Mercedes FW40
Pilotos: Lance Stroll, Felipe Massa, Paul di Resta
2018: Williams-Mercedes FW41
Pilotos: Lance Stroll, Sergey Sirotkin
2019: Williams-Mercedes FW42
Pilotos: George Russell, Robert Kubica
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"Eu vejo isso como uma desculpa barata para uma temporada sem sucesso. Tenho minhas opiniões em muitas áreas em que definitivamente poderia me sair melhor, mas também não fui ajudado”.

“Com as circunstâncias em que estávamos, era extremamente importante para mim começar a temporada com uma boa consistência, para que eu pudesse melhorar meu desempenho e dar a volta por cima, mas infelizmente isso não aconteceu”.

"Houve ocasiões em que eu me saí bem, mas elas foram ocultadas por alguns fatores externos. Houve ocasiões em que eu definitivamente poderia ter me saído melhor e houve ocasiões em que não ouvi nenhuma resposta”, relatou Kubica.

“Eu não tinha ideia de por que estávamos com um desempenho tão baixo no dia a dia. Isso é algo pior, porque, para melhorar, você precisa entender os motivos. Não faz sentido ter um remédio para algo que não está causando sua doença".

Lesões no braço

O piloto polonês também negou que as limitações em seu braço direito, decorrentes do acidente de rali que o tirou da F1 em 2011, tenham sido tão determinantes: "Um dos fatores que não influenciaram são minhas limitações nas curvas de alta velocidade”.

"É verdade que às vezes houve grandes variações, mas também é verdade que, quando você não tem muita aderência, é normal que você perca mais em áreas mais desafiadoras”, ponderou Kubica.

“Além disso, você perde mais quando tem duas ou três curvas seguidas do que apenas uma, ou uma reta. Esse é o fato. Por isso tenho certeza de que minhas limitações não estão influenciando minha pilotagem nesse tipo de coisa", completou.

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Do alto do pódio ao fim do grid; relembre a carreira de Robert Kubica na F1:

Chegada à F1
Robert Kubica foi promovido com a BMW Sauber, com quem deteve o papel de piloto de reserva durante as primeiras corridas da temporada de 2006. Ele chegou aos 21 anos de idade.
GP da Hungria 2006
Robert Kubica estreou na F1 substituindo Jacques Villeneuve na equipe da BMW Sauber. Ele terminou em sétimo, mas foi desclassificado porque seu carro estava 2 quilos abaixo do peso mínimo de acordo com os regulamentos. Na imagem, um momento de seu primeiro fim de semana em que ele perdeu a asa da frente.
GP da Itália 2006
Em apenas seu terceiro GP na F1, Robert Kubica conquistou o primeiro pódio de sua carreira, acompanhando Michael Schumacher (Ferrari) e Kimi Raikkonen (McLaren).
GP do Canadá 2007
Robert Kubica, com o BMW Sauber F1.07, sofreu um terrível acidente depois de tocar a roda traseira direita da Toyota de Jarno Trulli. Ele foi de um lado para o outro do circuito, atingindo as duas paredes e dando vários giros. Ele perderia a próxima corrida, em Indianápolis, onde Sebastian Vettel estreou como seu substituto.
GP da Malásia 2008
Kubica ficou em segundo no GP da Malásia em 2008, no segundo pódio de sua carreira, o primeiro dos oito que ele alcançaria durante aquela temporada.
GP de Mônaco 2008
Naquela que foi sua segunda participação no GP de Mônaco, Kubica subiu ao pódio com Hamilton e Massa.
GP do Canadá 2008
O melhor dia para Kubica e Sauber na F1. Juntos, eles venceram o GP do Canadá, com uma dobradinha para o time. O polonês tornou-se líder do Mundial por quatro pontos sobre Lewis Hamilton, um dos pilotos envolvidos no acidente na saída do pitlane, que colocou a corrida a favor de Kubica.
GP do Brasil 2009
Kubica encerraria 2009 alcançando seu único pódio naquele ano em uma temporada em que a equipe da BMW Sauber deu um grande passo para trás antes de a montadora alemã deixar a F1.
GP da Austrália 2010
Kubica ficou em segundo no teste inicial da temporada 2010, o GP da Austrália, em sua estreia com a equipe Renault, a mesma com a qual anos atrás ele havia testado pela primeira vez uma F1.
GP de Mônaco 2010
Em 2010, pela segunda vez em sua carreira, Kubica subiu ao pódio no GP de Mônaco. Ele ficou em terceiro depois de ter conseguido começar na primeira fila do grid.
GP da Bélgica 2010
O último pódio de Robert Kubica até agora foi no GP da Bélgica em 2010, no qual terminou em terceiro.
GP de Abu Dhabi 2010, um adeus inesperado
A corrida que encerrou a temporada de 2010 foi a última disputada por Robert Kubica na Fórmula 1 antes de seu retorno em 2019.
Teste para começar 2011 antes da tragédia
Robert Kubica ia disputar a temporada de 2011 com a equipe Lotus Renault e ele esteve na primeira sessão de testes de pré-temporada em Valência. Esta foto é de 3 de fevereiro daquele ano, apenas três dias antes de seu infeliz e grave acidente no rali que quase o levou a ter sua mão direita amputada.
Fim da primeira passagem
Ele foi substituído na equipe e tentou se preparar para retornar em 2012, algo que não seria possível devido a suas limitações físicas.
O que teria acontecido com sua carreira?
Anos depois, Kubica revelou que havia assinado um contrato com a Ferrari para 2012 . Ele teria sido companheiro de seu amigo Fernando Alonso e estaria em um time capaz de conquistar vitórias e lutar pelo título.
Retornar a um carro de F1 seis anos depois
Sem opções na Fórmula 1, Kubica voltou aos ralis e testou em diversas categorias (GT, Fórmula E, WEC...). A Renault permitiu que ele fizesse um teste em Valência, em junho de 2017, com o carro de 2012. Ele deu 115 voltas e começou a avaliar suas opções.
Segundo teste
Um mês depois, em Paul Ricard, Kubica deu 90 voltas.
Seu teste mais real
Kubica foi confirmado pela Renault para disputar o teste pós-GP da Hungria 2017, seu primeiro teste de fogo.
Ao volante de um carro contemporâneo

Com o # 46 no RS17 da Renault, Kubica foi o quarto no seu retorno. Deu mais de 140 voltas com o volante modificado para se adaptar às suas condições. Ele deixou uma impressão muito boa e abriu novamente a possibilidade de um retorno em 2018.

O estado do seu braço
"Há pessoas dizendo que o piloto está em uma mão, não estou dirigindo com uma mão", ele precisou esclarecer. "Eu acho que é impossível competir em uma F1 com apenas uma mão, mas eu tenho algumas limitações e, de certa forma, meu corpo geralmente compensa, o que não é ruim."
Descartado pela Renault, aos olhos da Williams
A Renault escolheu Carlos Sainz e fechou a porta para Kubica. No entanto, a Williams notou-o e acrescentou-o à lista de pilotos candidatos para ser companheiros de equipe de Stroll em 2018.
Teste com a Williams
Kubica fez com o carro de 2014 o que a Williams descreveu como um "teste bem-sucedido". A equipe britânica queria avaliar o status do piloto e analisar suas opções.
Teste oficial com a Williams
Após dois dias privativos ao volante do Williams FW40 de 2017, Kubica disputou os testes de final de temporada em Abu Dhabi. A Williams o declarou "apto" para competir na Fórmula 1.
Completa o sonho ... no meio do caminho
Kubica conseguiu retornar à Fórmula 1 em 2018, mas não como titular. A Williams optou por Sirotkin e o polonês teve que se contentar em ser um piloto reserva. "Eu fui honesto demais ao falar sobre minhas limitações", lamentou Robert.
Seu papel como testador
Durante 2018 ele jogou os testes de pré-temporada e apareceu em sessões de treinos livres, mantendo sua candidatura para ser titular em 2019.
Volta para a Fórmula 1 em tempo integral

Com a saída de Stroll e depois de deixar de lado Sirotkin, a Williams queria um parceiro experiente para o jovem Russell, que assinou para 2019. Robert foi finalmente escolhido e nove anos depois se tornou parte do grid.

Seu segundo debute
Seu retorno não foi o desejado. Depois de uma série de fracassos e problemas, ele foi o último em classificação e corrida na Austrália. A tônica se manteve ao longo do ano, exceto no GP da Alemanha, em que Kubica pontuou.
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