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Castroneves elogia Danica e diz ter dúvidas sobre W Series

Três vezes vencedor da Indy 500, Helio Castroneves mais uma vez declarou que Danica Patrick merece crédito por sua carreira na Indy, e que enquanto a W Series é um passo importante para as mulheres no esporte a motor, admite ter sentimentos contraditórios sobre isso

#7 Acura Team Penske Acura DPi, P: Helio Castroneves

#7 Acura Team Penske Acura DPi, P: Helio Castroneves

Richard Dole / Motorsport Images

Falando para Julia Piquet no Motorsport Report, do Motorsport.TV, Helio Castroneves reforçou seus comentários dados em maio ao dizer que Danica Patrick não tem o respeito que merece.

"Danica... pode não ter vencido tantas corridas como outras mulheres, mas eu estava mais confortável correndo contra ela lado a lado em um oval a mais de 230mph do que pilotar com alguns dos meus colegas homens”, disse Helinho.

“E é por isso que eu disse 'vocês não estão dando o devido respeito a Danica porque se você ver como ela estava indo, estava se saindo melhor do que muito piloto homem. Ela terminou em terceiro na Indy 500 [2009]. Só terminar é uma conquista muito grande, mas ao terminar em terceiro mostra que ela sabe onde se posicionar, sabe quando forçar no limite do que o carro é capaz de dar…”

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“Eu perguntei a ela por que decidiu [se aposentar] e ela disse: 'É isso, eu consegui o que eu queria, tenho dinheiro suficiente para viver por um longo tempo e vou para a próxima fase da vida'. Então, merece grande respeito.”

Castroneves também explicou que, enquanto alguns ridicularizam a vitória de Patrick na etapa de Motegi de 2008, seus principais rivais economizavam combustível.

"Ela venceu tudo de forma justa, porque eu não escutei meu estrategista! Ela fez o trabalho que eu deveria ter feito! Fiquei muito chateado porque perdi e ela ganhou, mas também fiquei feliz porque sabia o que isso significava para ela.”

Sobre a nova categoria da FIA para mulheres em 2019, a W Series, Castroneves admitiu que gostou da ideia de mais mulheres terem a oportunidades de correrem, mas que ainda não estava convencido de que ter mulheres numa categoria separada é o caminho certo a seguir.

"É ótimo pelo prêmio em dinheiro [US $ 500.000], sem dúvida, porque [encontrar] patrocínio, não apenas para mulheres, mas também para homens, é muito difícil", disse.

No entanto, acrescentou: “A parte ruim é que você está separando. Está criando os mesmos cenários que em todos esses anos têm acontecido... Não apenas as mulheres, mas também os homens precisam aprender uns com os outros, e eles serão melhores uns contra os outros. De repente, criando uma categoria separada, as pessoas vão dizer: ‘Ok, como ela é boa contra esses caras?’ e ‘Quão bom é ele contra eles?’"

"Então, sim, são sentimentos mistos. A oportunidade é ótima para abrir a porta, mas eu diria que eles precisam de algum tipo de corrida mista. Você não quer um cenário falso onde só há mulheres.”

"Uma das coisas que eu gostava sobre Danica era que ela queria ser um dos caras, para se misturar. Ela era diferente, ela era como, 'eu vou lá e vencerei esses caras.' isso fez dela quem ela é hoje. E automaticamente nós a respeitamos.”

“Eu a respeito por isso, porque é uma piloto. Eu não me importo se ela tem cabelo comprido e usa batom. Se ela está na minha frente, eu preciso vencê-la. Não há cor ou genes sob o capacete, para mim: quem está na frente, vou tratar como outro competidor que eu tenho que vencer”, concluiu.

Confira a entrevista de Helio Castroneves (em inglês)

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