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Equipe brasileira produz manual com preparativos para Dakar

Com 56 páginas, documento dá instruções para membros da equipe Monster Energy Can-Am

UTV da dupla Reinaldo Varela/Maykel Justo

Marian Chytka

A 43ª edição do Rally Dakar larga no próximo dia três de janeiro para 7.646km de competição durante 12 dias, mas a maratona já começou para todos os envolvidos. A dupla brasileira Reinaldo Varela/Maykel Justo já chegou a Arábia Saudita, país onde será disputada a prova.

Durante o voo que deixou o Brasil ontem, a dupla que disputará a categoria UTV teve tempo de estudar o manual de 56 páginas preparado pelo time baseado em Russelsheim (Alemanha).

Entre vários itens e regras, o documento inclui orientações sobre comportamento e compromissos para a corrida, como testes de detecção do coronavírus realizados 72 horas antes da entrada em território saudita e 48 horas após a chegada ao país.

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Uma das determinações da equipe composta por 34 pessoas é que todos devem ficar ligados nas mensagens enviadas no Whatsapp, que trarão a agenda diária, notícias e determinações de última hora.

“A pandemia é uma situação nova para todos, mesmo para a organização do Dakar. Então, estejam atentos e sejam solícitos com o pessoal da logística. Fiquem conectados ao Whatsapp”, orienta o manual.

“Chegando a Jedá, onde ficaremos baseados inicialmente, seremos submetidos a uma quarentena de 48 horas dentro do quarto do hotel. Todos vão cumprir isso à risca, inclusive por que qualquer deslize pode te tirar da prova”, frisa Varela, campeão do Dakar em 2018.

Somente na quarta-feira, dia 30, os membros da equipe poderão deixar a quarentena no hotel para a área de serviço situada em um estádio, onde receberão todo o equipamento embarcado via navio para o país, vindo da Europa.

“O carregamento inclui nossos carros de corrida, todo o ferramental e também os caminhões de apoio”, observa Maykel Justo. “Será o primeiro dia de trabalho frenético, de montagem e revisão”, conclui o navegador da equipe Monster Energy Can-Am.

O manual informa que os competidores terão a primeira oportunidade de acelerar seus veículos na quinta-feira, quando será realizado o teste de checagem dos sistemas, o chamado shakedown, nas areias dos arredores da cidade portuária de Jedá.

“Ninguém força o equipamento nesse teste, que terá apenas nove quilômetros de percurso e serve somente para ver se tudo está funcionando como o previsto”, comenta Varela.

Pente-fino

Na sexta-feira, dia seguinte ao shakedown, todos os membros das equipes e veículos passarão pelo último pente-fino para ingressar na prova. Com uma lista detalhada de documentos, que inclui desde passaportes, carteira de motorista internacional, licença de piloto profissional, entre outros, pilotos e navegadores deverão apresentar o resultado dos dois testes de detecção de covid do tipo RT-PCR exigidos pela ASO, organizadora da corrida.

Paralelamente, os carros de corrida serão vistoriados pelos comissários da FIA. A averiguação inclui não apenas a apresentação de documentação, mas também a conformidade dos veículos com o regulamento técnico, além da instalação de dispositivos de localização, comunicação, alarmes de emergência, equipamentos de segurança e itens de primeiros socorros e subsistência para o caso de as duplas se acidentarem ou ficarem perdidas no deserto saudita, como é comum na história do Dakar.

O sábado é o primeiro dia em que os competidores irão acelerar para valer.

“É quando disputaremos o prólogo, que define a ordem de largada do primeiro dia da corrida, que começa no domingo”, conta Varela.

Também no sábado, as equipes participarão do primeiro dos 14 briefings online a serem realizados todas as noites pela organização, sempre abordando os desafios do dia seguinte na prova.

“Se puder, durma”

Antes de chegarem aos acampamentos para montagem e manutenção dos veículos, onde também irão dormir e se alimentar, todos já estarão cientes de regras de conduta previamente estabelecidas.

“Algumas delas são: se tiver oportunidade, durma. Se tiver tempo, se alimente na hora e não espere os demais, pois você pode acabar ficando sem comer”, lembra Maykel Justo. “Ninguém pode fumar perto da área de trabalho, e bebidas alcoólicas são definitivamente proibidas por lei em toda a Arábia Saudita. Aliás, somos instruídos a tomar cuidado com os costumes e comportamento locais, para que o Dakar seja realizado em harmonia com os modos de vida da população”, continua o navegador.

A 43ª edição do Dakar será disputada em “bolhas”, ou seja, com isolamento total dos integrantes em relação à população local. A prova terá em seus 7.646km um total de 4.767km de especiais – trechos cronometrados em alta velocidade. Os restantes 2.879km são correspondentes aos deslocamentos entre os pontos de largada e chegada em cada um dos doze dias. A competição contará com 321 veículos, sendo 108 motos, 21 quadriciclos, 124 carros e UTVs, além 42 caminhões.

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