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10 coisas que queremos ver na temporada 2019 da Fórmula 1

Na madrugada deste domingo, Grande Prêmio da Austrália dá largada para o ano na categoria máxima do automobilismo mundial

Car of Lando Norris, McLaren MCL34

Car of Lando Norris, McLaren MCL34

Steven Tee / Motorsport Images

Após duas semanas de testes de pré-temporada em Barcelona, o Grande Prêmio da Austrália dá largada à temporada 2019 da Fórmula 1 na madruga deste domingo. Com o início oficial do ano na categoria máxima do automobilismo mundial, finalmente poderemos observar o desempenho real de equipes e pilotos no autódromo de Melbourne. Por isso, o Motorsport.com Brasil separou 10 coisas que gostaríamos de ver na F1 neste ano.

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Pietro Fittipaldi na Haas

Pietro Fittipaldi, Haas F1 Team VF-19

Pietro Fittipaldi, Haas F1 Team VF-19

Photo by: Mark Sutton / Sutton Images

Neto de Emerson Fittipaldi, Pietro é piloto de testes da Haas e foi à pista na pré-temporada. Com Romain Grosjean e Kevin Magnussen como titulares da equipe norte-americana, o brasileiro pode ter chances de guiar o VF-19 em GPs caso o francês ou dinamarquês por algum motivo fiquem de fora de alguma corrida. Fittipaldi também pode ir à pista em treinos livres. Outra oportunidade boa são os testes de meio de temporada no Bahrein e na Espanha. De acordo com o regulamento da F1, as equipes devem colocar pilotos com no máximo dois GPs disputados para testar seus carros em dois dos quatro dias de treinamentos, o que aumenta as chances do brasileiro. A primeira sessão ocorre entre 3 e 4 de abril, logo após a corrida barenita. O segundo e último teste acontece em 14 e 15 de maio, depois do GP da Espanha. A expectativa é por Fittipaldi na pista.

Hulkenberg no pódio

Nico Hulkenberg, Renault F1 Team

Nico Hulkenberg, Renault F1 Team

Photo by: Jerry Andre / Sutton Images

Com 158 GPs disputados na F1, Nico Hulkenberg é detentor de um recorde sombrio na categoria: é o piloto com maior número de corridas sem pódio da história. Se o alemão fosse ruim, a estatística não saltaria tanto aos olhos. Entretanto, não é o caso: Hulk é bom piloto e coleciona títulos em outras categorias. Além das 24 Horas de Le Mans em 2015, foi campeão da GP2 em 2009 e da Fórmula 3 Europeia em 2018. Com passagens por Williams (ao lado de Rubens Barrichello), Force India e Sauber, o agora piloto da Renault vai para sua 10ª temporada na F1 e aposta na evolução da equipe francesa para finalmente subir no pódio. A escuderia foi a quarta colocada no último mundial de construtores e aposta em Hulkenberg e Daniel Ricciardo para ir além. 

Disputa pelo título até a última corrida

Lewis Hamilton, Mercedes F1 W07 Hybrid, leads Nico Rosberg, Mercedes F1 W07 Hybrid, Kimi Raikkonen,

Lewis Hamilton, Mercedes F1 W07 Hybrid, leads Nico Rosberg, Mercedes F1 W07 Hybrid, Kimi Raikkonen,

Photo by: Charles Coates / LAT Images

Nas últimas duas temporadas, a Fórmula 1 teve o mundial de pilotos decidido antes da corrida final do calendário. O último ano em que a disputa se estendeu até a etapa derradeira foi 2016, culminando no título de Nico Rosberg em Abu Dhabi. Em 2019, a esperança é que a disputa volte a durar até a última corrida da temporada. E os testes de Barcelona deram um indicativo positivo: a Ferrari aparenta chegar mais forte a Melbourne, enquanto a Red Bull apresentou desempenho consistente e deve se aproximar da Mercedes. Sinais de que a temporada pode ser concorrida até Abu Dhabi novamente.

Equipes do meio chegando no pódio

Daniel Ricciardo, Renault F1 Team R.S. 19

Daniel Ricciardo, Renault F1 Team R.S. 19

Photo by: LAT Images

Outra coisa que os testes de Barcelona deixaram claro foi a evolução das equipes médias. Ao que tudo indica, a temporada será bastante disputada no pelotão intermediário. A Renault busca se consolidar como quarta força e se aproximar de Mercedes, Ferrari e Red Bull, mas terá de se preocupar com a concorrência de outras escuderias que vêm do meio do grid. Toro Rosso, Alfa Romeo, McLaren despontaram na pré-temporada. A Haas vem logo atrás, mas pode se desenvolver e incomodar. Racing Point é uma incógnita e a Williams tem muitos problemas a resolver, então ainda não devem aparecer na briga. Mas, para lutar pelo pódio, a Renault realmente parece a mais consolidada, ainda mais com a chegada de Ricciardo.

Leclerc dando trabalho a Vettel

Charles Leclerc, Ferrari SF90

Charles Leclerc, Ferrari SF90

Photo by: Glenn Dunbar / LAT Images

Depois de boa temporada em 2018, Charles Leclerc se credenciou a substituir Kimi Raikkonen na Ferrari. No fim das contas, a diretoria do time italiano confirmou a aposta no vencedor da Fórmula 2 em 2017. O monegasco assume a vaga do campeão de 2007 e alimenta expectativa de maior concorrência para Sebastian Vettel. O alemão começa 2019 com o status de piloto número 1, mas Leclerc é rápido e deve incomodar o tetracampeão na disputa interna da escuderia. Se mantiver o padrão do ano passado, em que praticamente carregou a Alfa Romeo nas costas, Leclerc certamente será motivo de uma boa dor de cabeça para Vettel e Mattia Binotto, novo chefe de equipe da Ferrari. É o que os fãs esperam, inclusive pelo bem de Vettel.

Mais ultrapassagens

Pierre Gasly, Red Bull Racing RB15

Pierre Gasly, Red Bull Racing RB15

Photo by: Steven Tee / LAT Images

Um dos principais problemas da Fórmula 1 no ano passado foi a falta de ultrapassagens. Apesar do DRS, os carros sofriam muito com a turbulência. Quando chegavam a uma distância que permite ultrapassagens, abaixo de 2s, os pilotos começavam a luta contra a aerodinâmica para arriscar uma manobra mais agressiva. Para tentar atenuar o problema, as regras foram alteradas para 2019. Com asas mais largas e mais simples e maiores restrições a aparatos aerodinâmicos, o objetivo é diminuir o impacto da turbulência nas perseguições na pista. Segundo Kevin Magnussen, o efeito é positivo e bastante sensível. Esperamos que a avaliação do dinamarquês seja acertada e muitas ultrapassagens venham em 2019. Melbourne não deve ser o melhor espetáculo nesse sentido, mas o GP do Bahrein já deve apresentar melhoras.

Corridas emocionantes

Lewis Hamilton, Mercedes-AMG F1 W09 EQ Power+ on lap one

Lewis Hamilton, Mercedes-AMG F1 W09 EQ Power+ on lap one

Photo by: Sutton Images

E falando em ultrapassagens, não podemos deixar de falar em emoção. As duas coisas são indissociáveis no automobilismo (salvo exceções). E, claro, o desejo não poderia ser diferente: mais corridas emocionantes em 2019, por favor. Depois de um 2018 de provas pouco movimentadas, a expectativa é por um pouco mais de excitação nos circuitos pelo mundo afora. Tendo em vista a boa avaliação de Magnussen sobre as novas regras aerodinâmicas e o acirramento das brigas nos pelotões de frente e intermediário, o prognóstico definitivamente é mais otimista que o do ano passado. Que Ferrari e Red Bull de fato incomodem a Mercedes. E que Renault, Toro Rosso, Alfa Romeo, McLaren, Haas, Racing Point e, quem sabe, Williams, agitem a disputa no restante do grid.

Kubica pontuando

Robert Kubica, Williams

Robert Kubica, Williams

Photo by: Jean Petin / Sutton Images

Já que mencionamos a Williams, não poderíamos deixar de falar sobre Robert Kubica. Depois de sete temporadas afastado do grid, Kubica retornou à categoria em 2018 como piloto reserva da Williams. Agora, o primeiro piloto polonês da história do maior campeonato do automobilismo mundial voltará a ser titular de uma equipe da F1. Com um pré-contrato assinado com a Ferrari para 2012, o-ex piloto de BMW Sauber e Renault teve o sonho interrompido por um grave acidente: antes do início da temporada 2011, em que defenderia a equipe francesa, Kubica sofreu um grave acidente em um rally na Itália. O polonês teve lesões graves no antebraço direito e ficou de fora da F1 até então. Agora, ele volta ao grid, certamente com muita vontade. A ver se o novo carro da Williams possibilitará maiores voos ao piloto de 34 anos.

Williams fora da lanterna

George Russell, Williams FW42

George Russell, Williams FW42

Photo by: Jerry Andre / Sutton Images

O grande obstáculo para o sucesso de Kubica vem de sua própria equipe. A Williams atrasou a preparação do FW42 para a pré-temporada e perdeu os dois primeiros dias de testes em Barcelona. Para piorar, o novo carro foi lento quando foi à pista de Montmeló, além de ter sido o que menos fez quilometragem. O fiasco da garagista inglesa não ficou em vão. Ainda que não seja oficial, o pedido de "licença" de Paddy Lowe, diretor técnico da equipe, parece uma forma mascarada de queimar os responsáveis pelo "vergonhoso" começo de 2019. De toda forma, fica a esperança dos fãs mais tradicionais de que o time do Sir Frank Williams não repita o vexame de terminar o mundial de construtores na última posição, como foi no ano passado.

Red Bull incomodando Ferrari e Mercedes

Max Verstappen, Red Bull Racing RB15

Max Verstappen, Red Bull Racing RB15

Photo by: Jerry Andre / Sutton Images

Por último, mas não menos importante: disputa na ponta. A Mercedes é a atual pentacampeã de construtores e de pilotos. Para prender a atenção de todos os fãs da F1 até o final do campeonato, a única solução é uma briga real no pelotão da frente, principalmente entre os pilotos. E, para isso, a Red Bull tem que dar um passo adiante e chegar no nível das duas concorrentes. Como dito, o prognóstico é positivo, mas também sabemos que pré-temporada não é o mais confiável dos indicadores. Assim, é bom reiterar: a Fórmula 1 precisa de uma disputa real pelo título. E isso é o que todos querem ver, exceto Toto Wolff, Niki Lauda, Lewis Hamilton e companhia. O alento é o otimismo da equipe austríaca, que diz ter ritmo de corrida melhor que os alemães. Afirmação ousada. Mas o fato é que a Red Bull parece ter se aproximado, para dizer o mínimo. Esperamos que a competitividade vista nos testes de Barcelona se confirme.

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