Adrian Newey diz que carros da F1 estão 'indo para o caminho errado'

Para ele, conceito para gerar menos turbulência e trazer mais ultrapassagens é correto, mas categoria tem de pensar em carros mais leves e eficientes

Max Verstappen, Red Bull Racing RB18 and George Russell, Mercedes W13

Foto de: Steve Etherington / Motorsport Images

Em 2022, o peso mínimo dos carros de Fórmula 1 é de 798 quilos, quase 200 kg mais pesados que no princípio da década de 2000. Este parâmetro, estabelecido nas regras, tem sido aumentado nos continuamente nos últimos anos e, sobretudo, desde a chegada dos primeiras elementos híbridos, como o KERS, com uma progressão muito mais notável quando os motores passaram a converter-se em híbridos em 2014.

Além disso, desde as modificações aerodinâmicas da temporada de 2017, os carros de F1 tem ‘inchado’ para ampliar sua superfície aerodinâmica. Se a revolução técnica de 2022, em parte, simplificou o carro ao proibir alguns apêndices aerodinâmicos, os monopostos seguem sendo muito volumoso e, portando, os mais pesados da história da categoria.

Falando sobre isso para o Motorsport Magazin, Adrian Newey, diretor técnico da Red Bull, disse ser a favor do objetivo das novas regras, que é melhorar as disputas na pista entre os pilotos. “Creio que o principio de fazer com que os carros gerem menos turbulência ao de trás é correto”.


“Não creio que seja uma mudança significativa, mas ajuda. Se tem uma mudança de regras tão grande, que inevitavelmente te induz a muitas outras modificações, então, provavelmente isso fará com que o pelotão se divida muito mais, ainda mais nas primeiras temporadas”, completou.

Adrian Newey observant la Ferrari F1-75 à Djeddah

Adrian Newey observant la Ferrari F1-75 à Djeddah

O britânico reconheceu estar preocupado com o peso e tamanhos dos carros de Fórmula 1 atual, especialmente em termos de eficiência energética. “Em alguns anos, o limite do peso passou de poucos 600 kg com 30, 40 quilos de lastro a carros de 800 kg ou mais”, falou.

“Todos estamos trabalhando como loucos para chegar ao peso mínimo imposto atualmente por regras. Definitivamente, os carros estão se tornando maiores e mais pesados e não são especialmente eficientes aerodinamicamente, já que geram muito arrasto”, prosseguiu Newey.

“Obviamente, esta é a direção equivocada na indústria automotiva, que, em geral, está se movendo para automóveis maiores e pesados, com pessoas obcecadas se a energia será de baterias ou gasolina. Mas o problema mais importante é de quanta energia se necessita, independentemente de onde ela venha”, continuou.

“Um baixo peso e eficiência aerodinâmica são as duas características mais importantes. Obviamente, alguns problemas de segurança também são mais graves devido a isso. Quanto mais pesado é o carro, mais forte deve ser (o acidente). Na minha opinião, precisamos de carros menores, mais leves e mais eficientes em combustível”, concluiu.

VÍDEO: Dê uma volta em Montreal, palco do GP do Canadá 

Assine o canal do Motorsport.com no YouTube

Os melhores vídeos sobre esporte a motor estão no canal do Motorsport.com. Inscreva-se já, dê o like ('joinha') nos vídeos e ative as notificações para ficar por dentro de tudo o que rola em duas ou quatro rodas.

PODCAST: Motorsport.com debate situação da briga pelo título de 2022 na F1

 

ACOMPANHE NOSSO PODCAST GRATUITAMENTE:

Faça parte da comunidade Motorsport

Join the conversation
Artigo anterior F1: Verstappen 'supera' Hamilton, Schumi e Vettel com vitória em Baku
Próximo artigo F1: Wolff admite que Mercedes conhece os problemas do W13, mas ainda não sabe como resolvê-los

Principais comentários

Ainda não há comentários. Seja o primeiro a comentar.

Cadastre-se gratuitamente

  • Tenha acesso rápido aos seus artigos favoritos

  • Gerencie alertas sobre as últimas notícias e pilotos favoritos

  • Faça sua voz ser ouvida com comentários em nossos artigos.

Motorsport prime

Descubra conteúdo premium
Assinar

Edição

Brasil