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Alfa Romeo desvenda mito por trás de champagne fechada de Kubica

Equipe italiana, que comprou a Sauber em 2018, revelou detalhes sobre a história da garrafa de champagne que se tornou o centro de uma verdadeira disputa

Alfa Romeo 27 podium bottle display

Foto de: Alfa Romeo

A Alfa Romeo revelou a verdadeira história por trás de uma lenda urbana que foi construída ao redor da garrafa de champagne recebida por Robert Kubica, quando venceu o GP do Canadá de 2008.

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Na ocasião, a equipe de Hinwill, que se chamava BMW-Sauber, conquistou seu único triunfo na F1, com uma dobradinha de Kubica e Nick Heidfeld.

Como uma forma de lembrar de seu sucesso, a equipe da fábrica possuí um painel em que exibe as garrafas de champagne dos 27 pódios alcançados na F1. No entanto, a garrafa de Kubica é especial, porque á a única da coleção que ainda está com a rolha.

A equipe diz que a lenda criada ao redor da garrafa, a mesma que os novos membros ouvem em seu primeiro dia de trabalho, é de que a garrafa nunca foi aberta porque Kubica teria esquecido de estourar a champagne no excitamento do pódio.

Mas como a Alfa Romeo explicou em uma reunião nesta semana, a verdadeira história por trás da garrafa é mais complicada do que a lenda conta.

“É uma grande história na Sauber, uma que mostra o lado humano da Fórmula 1. É uma lenda que é contada para os novos membros em seus primeiros dias na fábrica. Mas também é uma história falsa”.

A realidade é que a champagne da vitória se tornou o centro de uma disputa entre a BMW e a Sauber, sobre quem seria o dono da garrafa. E Kubica na verdade estourou a champagne como é normal de se fazer, antes de entregar aos membros do time”.

Race winner Robert Kubica, BMW Sauber F1

Race winner Robert Kubica, BMW Sauber F1

Photo by: Sutton Images

“Sauber e BMW quiseram manter a lembrança, a embalagem da champagne mais doce que nós já provamos

“Nós pedimos e imploramos, mas infelizmente o gigante alemão venceu ‘a batalha pela garrafa’. A garrafa original está orgulhosamente em exibição no museu da BMW em Munique”.

Com a BMW pegando a garrafa para si, a Sauber pediu à F1 para produzir uma réplica que a equipe pudesse exibir em sua fábrica, que é justamente a que está em Hinwill hoje em dia.

“Naquele dia, nós escolhemos desistir dessa memória preciosa e ceder aos nossos parceiros. Isso é o que fizemos, de forma magnânima e elegante. Para seguirmos adiante e construirmos grandes memórias no futuro”.

“Daquele momento em diante batizamos o troféu que mantivemos de: ‘Aquele que nem sequer sentimos o cheiro’”.

A vitória de Kubica em Montreal seria a única conquistada pela parceria BMW-Sauber antes de a fabricante alemã se separar do time suíço no fim de 2009.

 

Relembre carreira de Robert Kubica com fotos exclusivas:

Chegada à F1
Robert Kubica foi promovido com a BMW Sauber, com quem deteve o papel de piloto de reserva durante as primeiras corridas da temporada de 2006. Ele chegou aos 21 anos de idade.
GP da Hungria 2006
Robert Kubica estreou na F1 substituindo Jacques Villeneuve na equipe da BMW Sauber. Ele terminou em sétimo, mas foi desclassificado porque seu carro estava 2 quilos abaixo do peso mínimo de acordo com os regulamentos. Na imagem, um momento de seu primeiro fim de semana em que ele perdeu a asa da frente.
GP da Itália 2006
Em apenas seu terceiro GP na F1, Robert Kubica conquistou o primeiro pódio de sua carreira, acompanhando Michael Schumacher (Ferrari) e Kimi Raikkonen (McLaren).
GP do Canadá 2007
Robert Kubica, com o BMW Sauber F1.07, sofreu um terrível acidente depois de tocar a roda traseira direita da Toyota de Jarno Trulli. Ele foi de um lado para o outro do circuito, atingindo as duas paredes e dando vários giros. Ele perderia a próxima corrida, em Indianápolis, onde Sebastian Vettel estreou como seu substituto.
GP da Malásia 2008
Kubica ficou em segundo no GP da Malásia em 2008, no segundo pódio de sua carreira, o primeiro dos oito que ele alcançaria durante aquela temporada.
GP de Mônaco 2008
Naquela que foi sua segunda participação no GP de Mônaco, Kubica subiu ao pódio com Hamilton e Massa.
GP do Canadá 2008
O melhor dia para Kubica e Sauber na F1. Juntos, eles venceram o GP do Canadá, com uma dobradinha para o time. O polonês tornou-se líder do Mundial por quatro pontos sobre Lewis Hamilton, um dos pilotos envolvidos no acidente na saída do pitlane, que colocou a corrida a favor de Kubica.
GP do Brasil 2009
Kubica encerraria 2009 alcançando seu único pódio naquele ano em uma temporada em que a equipe da BMW Sauber deu um grande passo para trás antes de a montadora alemã deixar a F1.
GP da Austrália 2010
Kubica ficou em segundo no teste inicial da temporada 2010, o GP da Austrália, em sua estreia com a equipe Renault, a mesma com a qual anos atrás ele havia testado pela primeira vez uma F1.
GP de Mônaco 2010
Em 2010, pela segunda vez em sua carreira, Kubica subiu ao pódio no GP de Mônaco. Ele ficou em terceiro depois de ter conseguido começar na primeira fila do grid.
GP da Bélgica 2010
O último pódio de Robert Kubica até agora foi no GP da Bélgica em 2010, no qual terminou em terceiro.
GP de Abu Dhabi 2010, um adeus inesperado
A corrida que encerrou a temporada de 2010 foi a última disputada por Robert Kubica na Fórmula 1 antes de seu retorno em 2019.
Teste para começar 2011 antes da tragédia
Robert Kubica ia disputar a temporada de 2011 com a equipe Lotus Renault e ele esteve na primeira sessão de testes de pré-temporada em Valência. Esta foto é de 3 de fevereiro daquele ano, apenas três dias antes de seu infeliz e grave acidente no rali que quase o levou a ter sua mão direita amputada.
Fim da primeira passagem
Ele foi substituído na equipe e tentou se preparar para retornar em 2012, algo que não seria possível devido a suas limitações físicas.
O que teria acontecido com sua carreira?
Anos depois, Kubica revelou que havia assinado um contrato com a Ferrari para 2012 . Ele teria sido companheiro de seu amigo Fernando Alonso e estaria em um time capaz de conquistar vitórias e lutar pelo título.
Retornar a um carro de F1 seis anos depois
Sem opções na Fórmula 1, Kubica voltou aos ralis e testou em diversas categorias (GT, Fórmula E, WEC...). A Renault permitiu que ele fizesse um teste em Valência, em junho de 2017, com o carro de 2012. Ele deu 115 voltas e começou a avaliar suas opções.
Segundo teste
Um mês depois, em Paul Ricard, Kubica deu 90 voltas.
Seu teste mais real
Kubica foi confirmado pela Renault para disputar o teste pós-GP da Hungria 2017, seu primeiro teste de fogo.
Ao volante de um carro contemporâneo

Com o # 46 no RS17 da Renault, Kubica foi o quarto no seu retorno. Deu mais de 140 voltas com o volante modificado para se adaptar às suas condições. Ele deixou uma impressão muito boa e abriu novamente a possibilidade de um retorno em 2018.

O estado do seu braço
"Há pessoas dizendo que o piloto está em uma mão, não estou dirigindo com uma mão", ele precisou esclarecer. "Eu acho que é impossível competir em uma F1 com apenas uma mão, mas eu tenho algumas limitações e, de certa forma, meu corpo geralmente compensa, o que não é ruim."
Descartado pela Renault, aos olhos da Williams
A Renault escolheu Carlos Sainz e fechou a porta para Kubica. No entanto, a Williams notou-o e acrescentou-o à lista de pilotos candidatos para ser companheiros de equipe de Stroll em 2018.
Teste com a Williams
Kubica fez com o carro de 2014 o que a Williams descreveu como um "teste bem-sucedido". A equipe britânica queria avaliar o status do piloto e analisar suas opções.
Teste oficial com a Williams
Após dois dias privativos ao volante do Williams FW40 de 2017, Kubica disputou os testes de final de temporada em Abu Dhabi. A Williams o declarou "apto" para competir na Fórmula 1.
Completa o sonho ... no meio do caminho
Kubica conseguiu retornar à Fórmula 1 em 2018, mas não como titular. A Williams optou por Sirotkin e o polonês teve que se contentar em ser um piloto reserva. "Eu fui honesto demais ao falar sobre minhas limitações", lamentou Robert.
Seu papel como testador
Durante 2018 ele jogou os testes de pré-temporada e apareceu em sessões de treinos livres, mantendo sua candidatura para ser titular em 2019.
Volta para a Fórmula 1 em tempo integral

Com a saída de Stroll e depois de deixar de lado Sirotkin, a Williams queria um parceiro experiente para o jovem Russell, que assinou para 2019. Robert foi finalmente escolhido e nove anos depois se tornou parte do grid.

Seu segundo debute
Seu retorno não foi o desejado, e depois de uma série de fracassos e problemas, ele foi o último em classificação e corrida na Austrália.
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