Análise

ANÁLISE: Veja o que há por trás da reestruturação da Ferrari na F1

Maior campeã da história da categoria máxima do automobilismo, equipe italiana vive grande crise em 2020

Mattia Binotto, Team Principal Ferrari

Foto de: Andy Hone / Motorsport Images

Chefe de equipe da Ferrari desde o começo da temporada 2019 da Fórmula 1, Mattia Binotto renunciou ao cargo de diretor técnico da equipe vermelha e seguirá apenas como comandante da escuderia no restante de 2020. O dirigente italiano falou sobre a reestruturação do time de Maranello e explicou as razões por trás das recentes mudanças, argumentando que terá mais tempo para executar suas funções principais.

Desde que substituiu Maurizio Arrivabene, Binotto vinha acumulando os cargos de chefe de equipe e de diretor técnico, o que fez com que o dirigente ficasse sobrecarregado em diversas ocasiões.

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Tendo isso em vista, foi decidido que Binotto terá como foco única e exclusivamente a chefia da equipe, que anunciou, na semana passada, a criação de uma nova divisão de desenvolvimento de desempenho.

Com as recentes mudanças, o chefão do time de Maranello poderá se afastar dos aspectos técnicos da escuderia e conseguirá se concentrar melhor em outras questões que ajudarão a Ferrari a voltar ao topo da F1.

Binotto falou sobre o processo de reestruturação da Ferrari: "Demorou algum tempo para nos organizarmos, para garantir a reorganização do departamento técnico. Não é algo que você faz em um dia.”

“Agora que temos pessoas nos papéis certos, tendo responsabilidades e capacidade para fazer o trabalho, posso deixar o cargo de diretor técnico. Há outras pessoas trabalhando com isso”, explicou o dirigente, que trabalhou na área de motores da Ferrari na ‘era Schumacher’.

“Eles têm objetivos claros. Acho que também estão entusiasmados e focados nos objetivos que precisam alcançar. Do meu lado, há muitas coisas que preciso fazer. Certamente, mantendo um olho na parte técnica e mantendo-os na direção correta.”

Na semana passada, o presidente-executivo da Ferrari, John Elkann, declarou seu total apoio ao trabalho de Binotto, mas deixou claro que não esperava que a equipe voltasse às vitórias regulares e disputas por títulos antes de 2022.

Questionado sobre as palavras de Elkann, Binotto respondeu o seguinte ao Channel 4: “Certamente é [uma tarefa] difícil, mas também é uma honra, não devemos esquecer isso. Se você olhar para trás, tivemos temporadas competitivas.”

“Hoje não somos competitivos, mas tenho certeza de que podemos reverter essa situação no futuro. E é importante ter o apoio dos membros do conselho, do nosso presidente, do nosso CEO. Acho que estamos compartilhando a mesma visão, os mesmos objetivos. Sabemos que precisamos de um pouco de paciência. Não há balas de prata, então estamos tentando reforçar a equipe.”

Questionado sobre deixar a parte técnica, o dirigente falou: “Acho que, no final, estou gerenciando uma empresa inteira. A Scuderia é grande, então você está muito ocupado em todas as tarefas. Não há tempo para fazer tudo.”

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