Análise

ANÁLISE: Os desafios que a F1 terá para cumprir calendário de 23 GPs

O contínuo avanço da pandemia pelo mundo contrasta com a necessidade que a F1 tem de equilibrar a perda financeira de 2020

Sebastian Vettel, Ferrari SF1000

Sebastian Vettel, Ferrari SF1000

Andy Hone / Motorsport Images

A Fórmula 1 segue monitorando o avanço da pandemia da Covid-19 pelo mundo em 2021, e terá que ser muito flexível na criação de um calendário que permita a disputa de uma temporada mais ou menos normal, tendo em conta que a propagação do vírus não dá sinais de redução.

A categoria espera que a campanha de vacinação comece a dar resultados tangíveis, mas está claro que é necessário muita prudência para planejar as corridas de 2021, e ainda mais em comparação com o que foi feito na temporada passada.

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A Liberty Media oficializou ainda no ano passado um calendário de 23 corridas, o que seria um recorde para a F1. Mas a primeira versão ainda contava com duas corridas que não haviam oficializado o contrato com o promotor: Espanha e Brasil.

Esse calendário surgiu devido aos diversos contratos que a F1 tem com os GPs, mas acabou sendo um calendário de fachada, para proteger os acordos firmados com patrocinadores e transmissoras. Só que ele aparenta estar longe de representar o que realmente teremos. 

Aliás, estamos maravilhados que haja quem tenha reclamado das possíveis modificações nesta lista, alegando que há pessoas que já tenham feito reservas de viagens e hotéis, expondo-se a perder dinheiro. Bem, se alguém realmente fez isso, não mostrou muita inteligência, já que agem como se estivessem vivendo longe da realidade da pandemia.

No momento, parece irreal uma temporada com 23 GPs, e será um grande sucesso se tivermos uma ou duas corridas a mais que 2020, totalizando 18 ou 19. Até agora, já vimos a suspensão do GP da China e o adiamento do GP da Austrália para o final do ano.

Mas teremos que ser flexíveis para aceitar outras mudanças de datas. Além dos adiamentos de China e Austrália, já vimos a adição do GP da Emilia Romagna em Ímola para 18 de abril, logo após a nova abertura da temporada: o GP do Bahrein em 28 de março.

É previsto também o regresso da F1 a Portugal, com a oficialização de mais uma etapa em Portimão naquela vaga de dois de maio que seria originalmente ocupada pelo Vietnã.

À luz do que estamos analisando fica claro que as três corridas que acontecem em circuitos urbanos no primeiro semestre estão em risco, Mônaco, Azerbaijão e Canadá, mesmo que a F1 diga o contrário. Ambas as provas são disputadas em sequência, logo após o GP da Espanha, que foi confirmado.

No Principado, a principal ponderação é se vale a pena a realização do GP sem público. A organização do GP tem a vantagem de não pagar taxas à Liberty Media pelo evento, mas tem de arcar com os custos de instalação do circuito em um momento em que o coronavírus parece longe de estar controlado.

A decisão deve vir até o final do mês, já que leva tempo para realizar a construção do espaço. Enquanto isso, estamos começando a ouvir falar de Alemanha (Nurburgring) e Turquia, não de Mugello. Sabemos que o dinheiro solicitado pela Liberty aos organizadores não são os mesmos que no ano passado. Em Ímola já sabem bem disso, com os diretores do Circuito Enzo e Dino Ferrari cientes de que a taxa não será tão barata quanto foi em 2020.

Os números deverão variar, dependendo da realização do GP com portões fechados ou com público. No ano passado, a FOM cedeu receitas significativas como honorários, Paddock Club, iniciativas especiais e direitos televisivos, reduzindo o fundo de prêmios que é distribuído às equipes. Porém, neste ano, terá que buscar a sustentabilidade financeira para não colocar em risco a liquidez do promotor.

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