ANÁLISE: Red Bull e Verstappen assombram rivais nos testes do Bahrein; saiba mais detalhes

Equipe se mostra forte nos testes de pré-temporada e, no paddock de Sakhir, há quem ouse prever que o RB19 tem um ritmo diferente, segundo Roberto Chinchero

Max Verstappen, Red Bull Racing RB19

Foto de: Sam Bloxham / Motorsport Images

Era noite no circuito de Sakhir. O pitlane perfeitamente iluminado por luzes artificiais e os carros nas mãos dos mecânicos, cada um com um programa de trabalho claro e detalhado.

Na garagem da Red Bull aparece Adrian Newey, com seu andar característico e pasta sempre presente na mão direita. Ele se move devagar, observa, tenta não ocupar os espaços onde trabalham os mecânicos, então se aproxima do carro e o toca com o dedo indicador da mão direita. Pequenos gestos, quase imperceptíveis... Não é por isso que o Red Bull é o melhor monoposto da pista, mas é verdade que o RB19 assusta todos os rivais.

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O paddock da Fórmula 1 é um conjunto de bocas fechadas, para não falar em esvaziar algumas opiniões arriscadas em uma etapa que ainda não se tem treinos de classificação. Depois de apenas dois dias de testes, tentar estabelecer uma hierarquia é arriscado, mas muitos (alguns em sussurros, outros com caretas explícitas) acreditam que Max Verstappen e o RB19 começaram em um ritmo diferente.

O que, considerando tudo, não é exatamente uma notícia surpreendente, dado ao epílogo da temporada passada, mas há temores de que a diferença do final de 2022 ainda esteja lá, ou até tenha aumentado.

É muito cedo para dizer se o novo Red Bull conseguirá ser um carro de pole position, mas é preciso levar em conta o que se refere ao ritmo de corrida. As corridas longas de Verstappen  na sexta-feira foram impressionantes em termos de velocidade e, acima de tudo, consistência, confirmando que o RB19 parece estar lidando com o novo pneu Pirelli melhor do que ninguém.

Max Verstappen, Red Bull Racing RB19

Max Verstappen, Red Bull Racing RB19

Photo by: Sam Bloxham / Motorsport Images

Com o composto C3, que será o macio do GP do Bahrein no próximo fim de semana, não houve história: Verstappen fez 22 voltas, começando com o tempo de 1min37s996 e terminou com 1min37s550. Usando o mesmo composto, Leclerc iniciou a simulação em 1min38s643, terminando em 1min40s237. Com o C1 (usado por Leclerc no segundo stint de sua simulação de corrida) a Ferrari confirmou um bom desempenho, perdendo menos de quatro décimos em um 'shoot' de 19 voltas.

Na sexta-feira, precisamente, o SF-23 da Ferrari foi para a pista com uma asa traseira mais carregada e um acerto mais rígido na traseira, e tanto Leclerc quanto Sainz, terão a oportunidade de realizar um último teste antes do fim de semana da corrida neste sábado.

Neste cenário, a Mercedes parece mais distante, tanto da Red Bull quanto da Ferrari, e a Scuderia agora carrega nos ombros as esperanças de quem teme um início de temporada desigual.

As palavras ditas por Toto Wolff têm peso, porque falar sobre a necessidade de grandes atualizações em um carro que estreou na pista 36 horas antes não cheira nada bem.

Sergio Perez, Red Bull RB19 con la vernice flo viz

Sergio Perez, Red Bull RB19 con la vernice flo viz

Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images

Um veredito que seria retumbante, porque se em 2022 em Brackley eles deram um passo em falso, 12 meses depois era dado como certo que pelo menos os problemas do ano passado estariam resolvidos.

Não muito longe do box da Mercedes, respira-se ar pesado também na McLaren, com um carro que curiosamente se anuncia com uma cara não muito otimista, e motivos não faltam. O novo chefe da equipe, Andrea Stella, não mede palavras: corre o risco de não passar do Q1...

Sábado se encerra um teste que muito dirá quando se lida em perspectiva. A Ferrari confirmou que Leclerc e Sainz terão uma simulação de classificação em seu programa, como a maioria das equipes certamente fará.

Será curioso se a busca pela volta mais rápida será com o composto C3 (ou seja, aquele que será o macio no final de semana da corrida) ou se alguém resolver alterar o cronômetro com o C5, como fizeram Nyck De Vries e Zhou Guanyu. Para o piloto chinês da Alfa Romeo houve pelo menos o prazer de terminar o dia como líder, que para além do valor técnico, é em todo o caso algo que dá prazer e ajuda na disposição.

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