Análise técnica: Como a F1 lidou com os desafios de Mônaco

Mônaco é uma corrida como nenhuma outra. A proximidade dos carros com os muros, combinada com a menor velocidade média em torno das ruas apertadas e tortuosas do principado, é algo a contemplar.

McLaren MCL32 front wing, Monaco GP

McLaren MCL32 front wing, Monaco GP

Giorgio Piola

Análise técnica de Giorgio Piola

Análise técnica de Giorgio Piola

E este é especialmente o caso agora que os carros são 200mm mais largos, colocando vários desafios técnicos para as equipes.

Ferrari

A Scuderia já provou que o SF70H é bom em inúmeras condições e capaz de extrair o desempenho dos pneus Pirelli melhor do que seus rivais mais próximos.

Mesmo assim, a equipe chegou com um novo design do tambor de freio para extrair o máximo dos pneus ao redor do estreito circuito monegasco.

Isso foi talvez mais notável na classificação, quando os pilotos puderam levar os pneus imediatamente à temperatura ideal e começar com uma volta rápida, enquanto a rival Mercedes foi forçada a fazer uma outra volta de preparação antes da volta rápida.

Ferrari SF-70H, brakes comparison
Ferrari SF-70H, comparação de freios

Foto: Giorgio Piola

Como é sempre o caso, o design do tambor atende ao deslocamento de calor gerado pelos freios, com o espaço adicional encontrado na seção externa (seta branca).

Enquanto isso, os orifícios em forma de lágrima, geralmente colocados no tambor, foram substituídos por algumas entradas de resfriamento, que aparentemente atraem ar entre a barreira vertical principal e a borda do pneu.

Ferrari SF70H monkey seat, Monaco GP
Ferrari SF70H monkey seat, GP de Mônaco

Foto: Giorgio Piola

A equipe teve algumas outras mudanças sutis para os desafios únicos de Mônaco, com revisões de seu projeto de monkey seat, mudando a faixa de trabalho aerodinâmico da traseira.

Com velocidades muito mais baixas nas ruas do principado, a distribuição entre grip mecânico e downforce também é baixa. Assim, os times utilizam modelos de monkey seat revisados ​​para ajudar na interação das estruturas aerodinâmicas do difusor e da asa traseira. A asa traseira em si também é executada em um ângulo de ataque mais acentuado para melhorar o downforce.

O monkey seat da Ferrari, montado no topo da estrutura, viu seu formato revisado para Mônaco, enquanto a aleta de três camadas vista em Barcelona foi substituída por uma de dois níveis.

Você também notará que o time manteve seu novo projeto de asa T apresentado na última corrida na Espanha. O design tem dois elementos em vez de um, se encontrando na seção externa inclinada.

Force India

Force India VJM10 T-wing, Monaco GP
Force India VJM10 asa T, GP de Mônaco

Foto: Giorgio Piola

Sete equipes da F1 já haviam aderido às asas T antes. Em Mônaco, Force India, Renault e Red Bull se juntaram ao resto, completando assim os dez times.

A Force India, com o design de Andrew Green, pode ter esperado até a sexta etapa do campeonato para aplicar sua versão da aleta controversa, mas, como sempre, solução chegou com grande peso.

A asa T da Force India apresenta dois elementos principais unidos por uma placa de extremidade arqueada.

No entanto, os designers criaram espaço para outro elemento no centro, a tornando uma aleta de três elementos.

A equipe também apresentou um monkey seat diferente (seta) para Mônaco em um esforço para mudar a faixa de trabalho aerodinâmica na parte traseira do carro.

Williams

Williams FW40 diffuser, Monaco GP
Williams FW40 difusor, GP de Mônaco

Foto: Giorgio Piola

O impulso da Williams para o topo do grid no início da era híbrida chegou a uma parada e a equipe agora se encontra indo para trás.

Até agora nesta temporada a equipe tem lutado para encontrar os ganhos de downforce necessários para a operação dos pneus Pirelli deste ano.

Para Mônaco, a equipe procurou melhorar a parte traseira do FW40 redesenhando a superfície externa superior do difusor. Tendo favorecido ter uma ala vertical ao lado do difusor há vários anos, a equipe otimizou seu layout para Mônaco, apresentando uma versão muito mais alta (seta vermelha).

A aleta cria um gradiente de pressão adverso para puxar o fluxo de ar para fora da seção externa do difusor, mas também protege o difusor do turbilhão gerado pelo pneu traseiro.

McLaren MCL32 front wing, Monaco GP
McLaren MCL32 asa dianteira, GP de Mônaco

Foto: Giorgio Piola

A McLaren apresentou esta nova asa na última corrida na Espanha, mas apenas para Fernando Alonso testar. Em Mônaco, a equipe preparou algumas, as fornecendo a Jenson Button e Stoffel Vandoorne.

As revisões se centram em como o fluxo de ar é direcionado pela ala em torno do pneu dianteiro, com alterações na forma do arco na seção externa do plano principal e, mais importante, uma mudança para três aletas na placa de extremidade em vez de uma única.

A equipe também fez revisões adicionais em seus bargeboards e difusor.

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