Análise técnica: veja como a Mercedes segue evoluindo na F1
A equipe alemã está sempre em busca de continuar melhorando ainda mais sua performance na F1
Mercedes AMG F1 W11 rear wing detail
Giorgio Piola
Análise técnica de Giorgio Piola
Análise técnica de Giorgio Piola
Enquanto o debate sobre as novidades da Mercedes para a temporada 2020 da Fórmula 1 giraram em torno do Sistema de Direção de Eixo Duplo (DED) e o novo sidepod, há outros detalhes importantes que mostram o quão agressiva a equipe pode ser em busca de uma performance (ainda) melhor.
Isso ficou óbvio no segundo teste de pré-temporada, quando as equipes mudaram o foco, saindo da confiabilidade e passando a testar mudanças que buscavam uma maior velocidade.
Mercedes AMG F1 W11 rear wing detail
Photo by: Giorgio Piola
Mercedes AMG F1 W11 rear wing
Photo by: Giorgio Piola
A Mercedes fez os devidos testes de um novo arranjo dos pilares na asa traseira durante a segunda semana, optando por um único elemento, ao invés de dois com arranjo normal
O pilar, de aparência robusta, não é apenas montado na parte inferior do plano principal da asa, mas também alcança e é mesclado com ativador do DRS, criando uma estrutura central maior, que pode trazer benefícios aerodinâmicos.
A Mercedes não foi a única equipe a fazer algo parecido durante os testes, com a Alfa Romeo testando uma versão com seus dois pilares de montagem em estilo "pescoço de cisne", aumentando sua altura para maximizar o efeito aerodinâmico.
Alfa Romeo Racing C39 rear wing pillar detail comparison
Photo by: Giorgio Piola
Novo carro, truques velhos
Essa configuração não é algo novo para a Mercedes, que optou por uma solução semelhante nos últimos anos, chegando até a fazer troca entre duas variantes, dependendo do circuito em que iria correr, e do nível de downforce escolhido para a asa traseira.
Em 2017, optou por seguir uma versão introduzida inicialmente pela Toro Rosso, onde o pilar cruzava o escapamento.
Lições dos outros…
Mercedes AMG F1 W10 rear wing detail
Photo by: Giorgio Piola
A Mercedes introduziu uma atualização da asa traseira no GP da Alemanha de 2019, apresentando um conjunto de soluções para tentar melhorar a troca entre downforce e arrasto.
Os recortes em formato de dente de serra no canto superior traseiro das placas finais foram mantidos para 2020, mas a equipe fez uma alteração no arranjo de palhetas suspensas abaixo deles.
Mercedes AMG F1 W11 rear wing
Photo by: Giorgio Piola
Haas F1 Team VF-19 rear wing detail
Photo by: Giorgio Piola
O arranjo parece ter sido inspirado em uma solução introduzida pela Haas em 2019, com o primeiro elemento do trio de superfícies de condicionamento de fluxo se estendendo para trás das outras duas pás, ambas com geometria curva na borda inferior.
A estrutura do fluxo de ar criada por eles é claramente otimizada para se adequar ao restante das peças aerodinâmicas da Mercedes na placa final, mas é interessante ver que ideias de outras pessoas, não importa de onde em termos de desempenho relativo, possam ser usadas como base para melhoria.
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