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Brawn: F1 2020 deve começar em julho, na Europa, e sem público

Dirigente britânico coloca outubro como limite para realização do campeonato e cogita fins de semana de dois dias de atividades

Ross Brawn, Managing Director of Motorsports, FOM

Foto de: Mark Sutton / Motorsport Images

Diretor esportivo da Fórmula 1, Ross Brawn afirmou ao site oficial da F1 nesta quarta-feira que a temporada 2020 da categoria máxima do automobilismo mundial deve começar na Europa, em julho, de portões fechados. 

"Se conseguirmos começar no início de julho, poderíamos realizar 19 corridas na temporada. Seria um ano com corridas em três fins de semana seguidos. Já olhamos as logísticas e acho que conseguimos uma temporada de 18 a 19 corridas. A escolha está entre esses números".

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"Achamos que um início na Europa seria favorável, podendo até ser com portas fechadas. Podemos produzir um ambiente bem controlado, todo mundo testado para que não haja riscos", seguiu o ex-diretor de Ferrari e Mercedes.

"Não é incrível não ter espectadores, mas é melhor do que não ter corrida alguma. Muitos fãs estão isolados, poder acompanhar o esporte ao vivo e ter entretenimento seria um grande bônus nessa crise", afirmou o ex-chefe da Brawn GP.

"Podemos fazer fins de semana de GP com dois dias para fins de logística. Por exemplo, a China, caso realizemos, seria provavelmente em dois dias, para podermos chegar e sair de lá rápido para o próximo evento".

O dirigente ainda revelou que o limite para a realização do campeonato é outubro: "Oito corridas é o mínimo para que haja um campeonato de acordo com a FIA. Poderíamos realizar oito corridas começando em outubro. Se for para dar um limite, é outubro".

"Mas há sempre a possibilidade de invadirmos o ano que vem. Isso está sendo explorado. Poderíamos usar janeiro para terminar a temporada? Há todos os tipos de complicações com isso, como você pode imaginar", ponderou.

Confira como o coronavírus tem afetado o calendário do esporte a motor pelo mundo

Uma das primeiras aparições do coronavírus no esporte a motor veio com o adiamento da etapa de Sanya, da Fórmula E.
A Fórmula 1 adiou o GP da China pelo mesmo motivo.
Com o crescente aumento de casos do Covid-19, o GP do Bahrein chegou a ser confirmado, mas sem presença de público.
A MotoGP, a maior categoria das duas rodas do mundo, chegou a realizar a primeira etapa no Catar, mas apenas com a Moto2 e Moto3.
Mais tarde, as etapas da Tailândia, Estados Unidos, Argentina, Espanha e França também foram suspensas, com adiamento
No início de abril, a MotoGP confirmou também o adiamento dos GPs da Itália e da Catalunha, dois dos países mais afetados pela pandemia. Neste momento, o GP da Alemanha, em 21 de junho, está marcado para abrir a temporada.
A Fórmula E anunciou a suspensão da temporada por dois meses: os ePrix de Paris e Seul foram adiados.
O GP da Austrália de F1 estava previsto para acontecer, com presença de público e tudo.
Um funcionário da McLaren testou positivo para o Covid-19 e a equipe decidiu não participar do evento.
Lewis Hamilton criticou a decisão da categoria, dizendo que era chocante todos estarem ali para fazer uma corrida em meio à crise do coronavírus.
Após braço de ferro político entre equipes e categoria, a decisão de cancelar o GP da Austrália veio faltando cerca de três horas para a entrada do primeiro carro na pista para o primeiro treino livre.
Pouco tempo depois, os GPs do Bahrein e Vietnã também foram adiados.
Os GPs da Holanda e Espanha também foram postergados.
Uma das jóias da Tríplice Coroa, o GP de Mônaco, foi cancelado. Poucos dias depois, o GP do Azerbaijão também foi adiado
O GP do Canadá também teve seu adiamento confirmado no início de abril. Agora, o GP da França é o primeiro do calendário, e está marcado para 28 de junho
Para atenuar os efeitos de tantas mudanças no calendário, a F1 decidiu antecipar as férias de verão.
Além disso, FIA e F1 concordaram em introduzir o novo pacote de regulamentos que entrariam no próximo ano, a partir de 2022. Mas, segundo Christian Horner, há um movimento para adiar em mais um ano, para 2023, em preparação ao impacto que o Covid-19 terá na economia mundial
Acompanhando a F1, a F2 e F3 também anunciaram suas primeiras provas como adiadas.
Outras categorias e provas nobres do calendário do automobilismo mundial também foram prejudicadas pelo coronavírus.
As 24 Horas de Le Mans foi adiada para 19 de setembro.
A etapa conjunta entre WEC e IMSA em Sebring foi cancelada e o WEC revisou seu calendário, jogando o final da temporada para novembro de 2020, com a próxima temporada iniciando apenas a partir de março de 2021
O tradicional TT da Ilha de Man foi cancelado.
A Indy suspendeu as primeiras corridas em St Pete, Alabama, Long Beach e Austin.
Na teoria, o campeonato começa no dia 6 de junho, no Texas. O circuito misto do Indianápolis Motor Speedway abrigará duas corridas, a primeira no dia 4 de julho e a segunda em 3 de outubro. Laguna Seca também ganhou uma rodada dupla e St. Pete deve fechar a temporada, ainda sem data
As 500 Milhas de Indianápolis será no dia 23 de agosto.
Na NASCAR, a maior categoria do automobilismo dos EUA, foram realizadas as primeiras quatro provas, mas as atividades só voltarão a partir de 3 de maio, com a etapa de Martinsville no dia 9.
No Brasil, a CBA suspendeu as atividades no país por tempo indeterminado.
A Stock teve que adiar a abertura do campeonato, com a Corrida de Duplas. Etapas do Velopark e Londrina também foram adiadas.
A Porsche Cup realizou apenas sua primeira etapa em Interlagos e aguarda novas diretrizes para retomar o campeonato.
Endurance Brasil, Copa Truck, entre outras competições, também estão paralisadas.
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