Chefe da Haas defende que F1 não pode aumentar teto orçamentário para acomodar equipes maiores

Steiner defende que único modo de alterar teto seja exclusivamente relacionado ao transporte, por ser uma área facilmente controlada

Mick Schumacher, Haas VF-22, and Kevin Magnussen, Haas VF-22, in the pit lane

Foto de: Andy Hone / Motorsport Images

Um dos assuntos mais quentes da Fórmula 1 no momento é a movimentação de algumas equipes para ajustar o teto de 140 milhões de dólares (R$645 milhões), tendo em conta a inflação e o aumento nos gastos. Mas isso não é consenso. Para Gunther Steiner, da Haas, a batalha no pelotão do meio mostra que o orçamento não pode ser alterado apenas para acomodar as equipes maiores.

Além da inflação, o aumento nos custos de transporte e energia cresceu consideravelmente nos últimos meses como resultado da invasão russa à Ucrânia. Em comparação ao ano anterior, o valor do frete praticamente triplicou. Toto Wolff, da Mercedes, acredita que isso representa às equipes um acréscimo de cerca de cerca de 10 milhões de dólares (R$48 milhões).

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Com isso, as equipes maiores se encontram em uma situação problemática para não estourar o teto, que foi definido antes do início da crise econômica. Christian Horner, da Red Bull, inclusive chegou a sugerir que seu time pode perder corridas caso o orçamento não seja ajustado.

Mas Steiner, cuja Haas ainda tem janela para crescer dentro do teto, sem precisar cortar gastos, disse que o limite já melhorou dramaticamente a competição, e defende que é função das equipes maiores manterem seus orçamentos sob controle.

"Está misturando, como eu sempre disse, a curto prazo, não vai mudar nada, mas a meio e longo prazo acho que todos estaremos mais próximos. Por isso, não devemos mudar agora o teto orçamentário, porque está fazendo bem para as corridas e o pelotão do meio".

"Nunca se sabe quem será o melhor do resto. E acho que, se continuarmos assim, junto do regulamento, chegaremos ainda mais próximos das grandes. Todos temos que seguir isso. Eu perco meu emprego se disser ao chefe que não temos como chegar ao fim do ano. Essa é a minha função. Precisamos fazer isso, porque se você não termina a temporada, não recebe verba na próxima".

Guenther Steiner, Team Principal, Haas F1

Guenther Steiner, Team Principal, Haas F1

Photo by: Carl Bingham / Motorsport Images

"Acho que há nove equipes que ficariam muito felizes [se a Red Bull perder corridas] porque eles não receberão dinheiro para o próximo ano, que será dividido entre nós. Certamente a Ferrari ficaria feliz se eles não derem as caras nas últimas corridas. Acho que a minha solução é: faça funcionar, de um jeito ou de outro. E creio que todos os chefes seguem essa mesma filosofia".

Wolff e Andreas Seidl, da McLaren, estão entre os chefes de equipe que pedem um aumento temporário do teto orçamentário, resolvendo pelo menos problema dos fretes, enquanto sua integridade seja mantida a longo prazo. Essa é uma solução que Steiner apoiaria, porque o frete é organizado pela FOM.

"Podemos pegar apenas o custo de transportes, que eu diria que custam três milhões de dólares a mais que no ano passado, porque isso é algo fácil de ser policiado, já que tudo é feito pela FOM. Aí não tem como você falar que gastou mais porque eles te mandam a conta. É tudo transparente".

"E aí, se no próximo ano esses custos caírem novamente, é mais fácil. Você consegue controlar e monitorar isso".

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