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Chefe da Mercedes diz não interferir em estratégias

Toto Wolff afirma compreender que engenheiros e estrategistas precisem de espaço para trabalhar sem distrações

Toto Wolff, Mercedes AMG F1 Director of Motorsport, on the pit wall

Foto de: Steve Etherington / Motorsport Images

Chefe da Mercedes, Toto Wolff diz que sua equipe restringiu as comunicações via rádio depois de incidentes nesta temporada. Ele diz que está tentando ficar de fora das discussões estratégicas agora.

Wolff admitiu depois do GP da Rússia que havia distraído o estrategista-chefe, James Vowles, em um momento crítico, fazendo com que a equipe cometesse um erro ao não chamar Lewis Hamilton para as boxes uma volta depois que o líder Valtteri Bottas parou.

Isso ajudou Sebastian Vettel passar o britânico, forçando Hamilton a danificar seus pneus enquanto lutava para superá-lo, antes da controversa decisão de fazer Valtteri Bottas entregar a vitória de Sochi a seu companheiro de equipe.

Wolff citou um acidente fatal da aviação militar polonesa na Rússia em 2010 como um exemplo do que pode dar errado se os especialistas forem desautorizados por seus chefes.

"Foram dois pilotos de caça muito experientes que estavam pilotando o avião e abortaram duas das tentativas de pouso porque a neblina era muito espessa e não havia um sistema automático de pouso no aeroporto", disse Wolff.

"Quando eles estavam pensando sobre o que fazer, o chefe da força aérea entrou no cockpit e disse: 'estamos pousando.' Ele anulou os dois pilotos, porque ele estava no topo da hierarquia e eles desembarcaram executando a sua ordem e mataram pessoas. Eles sabiam melhor.”

"Então, quando o nosso avião voa na qualificação e na corrida, James pilota o avião e tudo o que posso fazer é comentar e dar-lhe feedback e comentários, mas no fim das contas é a sua decisão sobre o que fazer. Ele está no comando naquele momento, embora eu esteja no topo. Mas eu não vou interferir. É a chamada dele no final."

Wolff admitiu que sua participação pode ser uma distração, e que durante a qualificação de Suzuka, Vowles deu uma ordem de "silêncio no rádio" exceto para ele mesmo e o diretor de engenharia, Andrew Shovlin, levando Wolff a pensar: "era para mim, eu acho".

Wolff acrescentou: "há a sala de apoio a corridas em Brackley que está ocupada, e nós temos todos os experts lá”.

"Então, eu tenho meu botão especial com James Allison, onde falo toda a porcaria e vice-versa, apenas para não descarregar nos caras que estão realmente voando no avião. A menos que eu esteja 100% convencido de que ele não viu algo, eu não falarei nada. Não vou interferir na decisão final."

Ele admitiu que a comunicação ainda é algo em que a Mercedes tenta melhorar a cada final de semana.

Wolff também deixou claro que a ordem de equipe no GP da Rússia partiu dele.

"A decisão de inverter os carros fui eu que tomei, e eu levo isso em mim. Em Sochi, sabíamos qual seria o resultado", disse ele.

"Não houve variável no resultado. Se há variável no resultado, é a chamada de Vowles, mas não havia variável. Sabíamos o que aconteceria e sabíamos que iríamos aceitar tomar críticas."

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