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Chefes de Spa dizem que farão modificações por maior segurança

Circuito belga já tinha programado a instalação de uma caixa de brita na curva Raidillon para 2022, mas planos devem ser acelerados

A scenic view of Eau Rouge

Sam Bloxham / Motorsport Images

Os executivos do circuito de Spa-Francorchamps esperam que o plano para instalar uma área de escape de brita na curva Raidillon, onde aconteceu o acidente fatal de Hubert, seja assinado ainda neste ano.

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O piloto de do programa da Renault, Anthoine Hubert perdeu a vida no último sábado durante a corrida 1 da F2 em Spa, após tocar o carro de Giuliano Alesi, sair da pista e ter seu carro atingido em “T” pelo de Juan Manuel Correa, que tentava escapar da confusão.

A investigação da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) sobre o acidente já está em curso, e um dos pontos chaves a serem avaliados é justamente o layout da área de escape da Raidillon, que pode ou não ter contribuído para a morte do francês por ser de asfalto.

Spa já tinha planos de remodelar a curva para 2022, como parte de seu esforço de tornar a pista mais segura para corridas de motocicletas. No entanto, com o furor da tragédia de Hubert, os chefes do circuito sabem que provavelmente os planos serão antecipados.

Nathalie Maillet, CEO de Spa-Francorchamps, disse à agência belga de imprensa que: “O circuito está trabalhando com a FIA para melhorar a segurança. Nós temos que esperar pelo relatório e analisar as causas exatas do acidente”.

“Nós estamos trabalhando para obter uma licença nível C da FIM (Federação Internacional de Motociclismo). Também estamos discutindo com a FIA e com a FIM sobre a homologação do circuito e já havia um trabalho planejado na Raidillon para as 24 Horas de Spa de motovelocidade, que acontecerá em 2022”.

“As áreas de escape serão expandidas e cuidadosamente desenhadas para evitar impactos frontais. Não planejamos mudar o layout atual da curva. Mas certamente vamos instalar uma área de brita. As regras para motocicletas são mais estritas”.

Maillet acredita que qualquer melhora na segurança exigida para motos será benéfica para outras modalidades de corridas.

“O fato de que o circuito seja adequado para motos terá um efeito positivo para os carros”, adicionou ela. “Discussões estão em andamento para decidir a localização exata das áreas de brita, a profundidade e se cobrirão todo o comprimento da curva ou não”.

“Nós vamos tentar finalizar tudo até o fim do ano, para que possamos pedir aprovação para as permissões de planejamento urbano”.

“Este acidente não coloca o futuro da Fórmula 1 em Spa-Francorchamps em dúvida. O que aconteceu foi um incidente de corrida. Claro que estamos tristes pelo ocorrido. Nós temos que continuar desenvolvendo o circuito. Também vamos buscar melhorar o centro de extração”, finalizou Maillet.

Enquanto a F1 tem evitado caixas de brita nos últimos anos, favorecendo áreas asfaltadas, o diretor de prova da categoria, Michael Masi, acredita que a segurança é algo que pode ser sempre melhorada.

“Acho que a segurança está sempre evoluindo”, disse ele em uma coletiva. “Há poucos de vocês nesta sala que estão envolvidos com a F1 a mais tempo do que eu e que testemunharam a evolução da segurança em um curto período de tempo, uma vez que diferentes tecnologias e materiais surgiram”.

“Segurança é um processo de evolução constante”, disse Masi. “Para mim é algo que nunca termina e já disse antes, mas vou repetir que ‘a segurança é um dos pilares centrais da FIA e parte do motivo da federação existir'. Isso é algo que não tem fim. Nós continuaremos a pesquisar e buscar soluções para melhorar o máximo que pudermos”.

A carreira interrompida de Hubert

Depois de ser campeão da GP3 em 2018, Hubert venceu duas vezes na F2 neste ano, na França e em Mônaco. Ele era apontado como um dos jovens promissores franceses e era membro da academia júnior da Renault. Relembre a carreira do francês abaixo:

Anthoine Hubert nasceu em 22 de setembro de 1996, em Lyon, na França.
Ele começou a correr em monopostos em 2013, quando foi campeão da Fórmula 4 francesa.
No ano seguinte, o jovem para a F-Renault.
Após uma temporada de adaptação, o francês terminou em quinto lugar no campeonato, com duas vitórias em sete pódios, além de duas poles, em 2015.
Em 2016, Hubert deu mais um passo e foi para a Fórmula 3 europeia.
Contra pilotos como George Russell, Lance Stroll — que ficou com o título — e Callum Ilott, o francês venceu uma corrida e ficou em oitavo no campeonato.
No ano seguinte, em 2017, o piloto foi para a antiga GP3, hoje F3.
Na temporada de estreia, pela ART Grand Prix, Hubert terminou em quarto, com quatro pódios. A consagração viria no seu segundo ano na categoria.
Em 2018, o francês foi campeão da GP3.
Numa temporada contundente, o jovem somou duas vitórias e um total de 11 pódios.
Na foto, ele comemora o título ao lado de Alain Prost.
Anthoine Hubert em foto com Pedro Piquet.
Em 2019, Hubert subiu para a F2 com a equipe BWT Arden.
Ele conquistou duas vitórias na temporada. Uma delas foi na França, em Paul Ricard.
E outra no mítico circuito de rua de Mônaco.
Capacete de Anthoine Hubert.
Capacete de Anthoine Hubert de lado.
Neste sábado, porém, a promessa acabou falecendo após o grave acidente na curva Eau Rouge.
Hubert era piloto do programa de talentos da Renault.
Anthoine Hubert, 1996-2019. RIP.
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