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Barcelona propõe à F1 corrida com portões fechados e sem pagamento de taxa

Diretor do circuito da Catalunha revelou que propôs à Fórmula 1 sediar uma corrida (ou duas) sem pagar taxa

Sebastian Vettel, Ferrari SF1000

Foto de: Steven Tee / Motorsport Images

A pandemia de coronavírus mudou os calendários de todas as competições do esporte a motor pelo mundo. A Fórmula 1 já teve que suspender ou adiar seus primeiros dez compromissos, com a França sendo a última 'vítima'.

Uma dessas etapas adiadas é a do GP da Espanha, que aconteceria em 10 de maio, no Circuito da Catalunha, e o diretor do autódromo de Montmeló falou sobre a situação em uma entrevista à Rádio da Catalunha.

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Joan Fontserè revelou que eles já estão conversando com a F1 para ter corrida com portões fechados, embora ele tenha explicado que eles não podem estar nas mesmas condições de antes da crise. "É uma proposta que evoluiu ao longo do tempo", disse ele.

"No início, a situação era pensar em uma data para ver quando o GP poderia ser realizado com portas abertas. Essa data nunca chegou e, no final, a evolução das conversas com a F1 e a MotoGP nos leva a este cenário: temos a instalação pronta, 30 anos de experiência na organização desses eventos, o que queremos é que, no próximo ano, F1 e MotoGP retorne ao seu esplendor máximo e com suas forças."

"Portanto, nos oferecemos para ajudar a contribuir com o esporte no próximo ano com a máxima saúde possível.”

O diretor do circuito catalão esclarece que não é sustentável realizar o GP pagando o mesmo que pagou em condições normais: “A maior receita que temos é a venda de ingressos, além do impacto econômico na área. O que estamos falando com eles é que, em nenhum caso, podemos assumir qualquer custo nesses moldes.”

Quando perguntado se a F1 concorda com o fato da taxa não ser paga, ele respondeu: "Estamos trabalhando em uma fase de observação de condições que não são apenas econômicas, mas também logísticas e sanitárias, e que podem alterar bastante o custo. Vamos passo a passo, transferimos nossas intenções para eles e eles entendem que não temos parte de nossa receita e, portanto, não podem exigir de nós o que exigiram até agora.”

Possibilidade de fazer duas corridas

Uma das ideias que a Fórmula 1 pensa é realizar duas corridas em cada um dos circuitos aos quais ela pode acessar, ter um calendário com mais de 10 etapas (pelo menos oito são necessárias para que um campeonato seja considerado mundial).

Quando perguntado se o circuito está pronto para cumprir isso, Fontserè respondeu: “Estamos realizando testes de F1 há alguns anos e em duas semanas seguidas. A instalação permite, obviamente, sempre trabalhamos com eles durante um único GP, se mais for necessário, precisamos ver as condições e concordar.”

O futuro do circuito na F1

Após uma negociação difícil, o circuito conseguiu renovar com a F1 para esta temporada, em um contrato de um ano que terá que ser revisto novamente.

O objetivo é ampliar sua presença no calendário após a temporada atípica de 2020: “Estamos solicitando um ano que não vamos executar e propondo acordos futuros. Assim como nos oferecemos agora para organizá-lo nas condições que julgar convenientes, queremos continuar organizando as corridas no futuro.”

Confira como o coronavírus tem afetado o calendário do esporte a motor pelo mundo

Uma das primeiras aparições do coronavírus no esporte a motor veio com o adiamento da etapa de Sanya, da Fórmula E.
A Fórmula 1 adiou o GP da China pelo mesmo motivo.
Com o crescente aumento de casos do Covid-19, o GP do Bahrein chegou a ser confirmado, mas sem presença de público.
A MotoGP, a maior categoria das duas rodas do mundo, chegou a realizar a primeira etapa no Catar, mas apenas com a Moto2 e Moto3.
Mais tarde, as etapas da Tailândia, Estados Unidos, Argentina, Espanha e França também foram suspensas, com adiamento
No início de abril, a MotoGP confirmou também o adiamento dos GPs da Itália e da Catalunha, dois dos países mais afetados pela pandemia, além do GP da Alemanha
A MotoGP também precisou adiar os GPs da Holanda e da Finlândia, devido às restrições do governo local e pela falta de homologação da pista do país escandinavo. A visão mais otimista da Dorna Sports coloca o início da temporada na República Tcheca em agosto
A Fórmula E anunciou a suspensão da temporada por dois meses: os ePrix de Paris e Seul foram adiados.
Em abril, a Fórmula E confirmou a extensão da paralisação do campeonato até o final de junho e o adiamento do ePrix de Berlim. As provas de Nova York e Londres se tornaram dúvidas
O GP da Austrália de F1 estava previsto para acontecer, com presença de público e tudo.
Um funcionário da McLaren testou positivo para o Covid-19 e a equipe decidiu não participar do evento.
Lewis Hamilton criticou a decisão da categoria, dizendo que era chocante todos estarem ali para fazer uma corrida em meio à crise do coronavírus.
Após braço de ferro político entre equipes e categoria, a decisão de cancelar o GP da Austrália veio faltando cerca de três horas para a entrada do primeiro carro na pista para o primeiro treino livre.
Pouco tempo depois, os GPs do Bahrein e Vietnã também foram adiados.
Os GPs da Holanda e Espanha também foram postergados.
Uma das jóias da Tríplice Coroa, o GP de Mônaco, foi cancelado. Poucos dias depois, o GP do Azerbaijão também foi adiado
O GP do Canadá também teve seu adiamento confirmado no início de abril. Agora, o GP da França é o primeiro do calendário, e está marcado para 28 de junho
Em busca de garantir a realização da prova em 2020, a direção de Silverstone confirmou que o GP será realizado com portões fechados. No mesmo dia, a organização do GP da França anunciou o cancelamento da prova, se juntando à Mônaco
Para atenuar os efeitos de tantas mudanças no calendário, a F1 decidiu antecipar e aumentar, as férias de verão, indo de 14 para 35 dias
Além disso, FIA e F1 concordaram em introduzir o novo pacote de regulamentos que entrariam no próximo ano, a partir de 2022. Mas, segundo Christian Horner, há um movimento para adiar em mais um ano, para 2023, em preparação ao impacto que o Covid-19 terá na economia mundial
Acompanhando a F1, a F2 e F3 também anunciaram suas primeiras provas como adiadas.
Outras categorias e provas nobres do calendário do automobilismo mundial também foram prejudicadas pelo coronavírus.
As 24 Horas de Le Mans foi adiada para 19 de setembro.
A etapa conjunta entre WEC e IMSA em Sebring foi cancelada e o WEC revisou seu calendário, jogando o final da temporada para novembro de 2020, com a próxima temporada iniciando apenas a partir de março de 2021
O tradicional TT da Ilha de Man foi cancelado.
A Indy suspendeu as primeiras corridas em St Pete, Alabama, Long Beach e Austin.
Na teoria, o campeonato começa no dia 6 de junho, no Texas. O circuito misto do Indianápolis Motor Speedway abrigará duas corridas, a primeira no dia 4 de julho e a segunda em 3 de outubro. Laguna Seca também ganhou uma rodada dupla e St. Pete deve fechar a temporada, ainda sem data
As 500 Milhas de Indianápolis será no dia 23 de agosto.
Na NASCAR, a maior categoria do automobilismo dos EUA, foram realizadas as primeiras quatro provas, mas a categoria espera retomar as atividades no final de maio
No Brasil, a CBA suspendeu as atividades no país por tempo indeterminado.
A Stock teve que adiar a abertura do campeonato, com a Corrida de Duplas. A categoria busca novo calendário com todas as etapas realizadas no segundo semestre.
A Porsche Cup realizou apenas sua primeira etapa em Interlagos e pretende voltar nos dias 22 e 23 de maio.
Endurance Brasil, Copa Truck, entre outras competições, também estão paralisadas.
Uma saída encontrada pelos campeonatos durante esse período de paralisações foi a realização de eventos virtuais. Fórmula 1, Indy, NASCAR, MotoGP, entre outros, estão organizando campeonatos para animar os fãs nesse período de quarentena
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VÍDEO: Os 5 pilotos da F1 que mereciam ter sido campeões e ficaram sem título

 

 

 

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