Cléber Machado diz que pode usar “hoje não, hoje não, hoje sim” como bordão em novas transmissões
Narrador também relatou conversa com Rubens Barrichello após polêmico GP da Áustria de 2002
Cléber Machado
Divulgacao
Foi no GP da Áustria de 2002 que a Fórmula 1 viu uma das maiores polêmicas de sua história. Após dominar o fim de semana, Rubens Barrichello acatou a ordem de equipe da Ferrari para que Michael Schumacher vencesse a prova.
Ao mesmo tempo, a transmissão brasileira da F1 ouvia Cléber Machado criar uma das frases mais famosas de sua carreira, o “hoje não, hoje não, hoje sim”, se referindo à possibilidade (ou não) de Rubinho deixar o piloto alemão passá-lo. Na parte final daquela corrida ele discutia com Reginaldo Leme se isso ocorreria, após caso semelhante no ano anterior, quando Schumacher superou o brasileiro, mas valendo a segunda posição.
Nesta semana, durante live no Instagram com o narrador Nilson Cesar, Cléber relembrou o episódio na Áustria e admitiu que a frase, que virou bordão, poderá ser utilizada em outras transmissões no futuro.
“O hoje não, hoje não, hoje sim, foi a reação mais natural que eu tive, porque do jeito que eu estava, o ‘hoje não’ era positivo e o ‘hoje sim’ era negativo”, disse Cléber após explicar o que havia acontecido.
“Eu nem uso como bordão, eu deveria usar mais nas transmissões, em um lance (de futebol) usar o ‘hoje não’. Muita gente diz que eu devia usar. O Galvão (Bueno) no ‘sai que é sua, Taffarel’ foi absolutamente natural, mas passou a ser uma marca. Perguntei ao Taffarel quantas vezes ele sai na rua e as pessoas dizem ‘sai que é sua, Taffarel’, e ele disse que é todo dia.”
Muitos se perguntam até hoje como seria o futuro de Barrichello, caso não deixasse Schumacher passar. O narrador da Rede Globo relatou diálogo com o piloto brasileiro. “Perguntei a ele: ’Você pensou em não deixar o Schumacher passar?’. E ele respondeu: ‘Claro que pensei, mas vocês não imaginam o que eu ouvi’. Perguntei se ele ia contar e ele disse que ainda não, quem sabe em um livro, mais para frente.”
E continuou: “‘Se você não deixasse, talvez não pilotasse mais na Ferrari?’. Ele falou quer era uma possibilidade. Então, tinha muita coisa envolvida. É claro que a nossa vontade, e até a do Rubinho, era de não obedecer. Para mim, o único cara que podia dizer não, era o Schumacher.”
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