Coluna do Vandoorne: estávamos brigando com a Williams
Em sua coluna para o Motorsport.com, belga fala sobre o GP da China em que teve que abandonar prematuramente
Foto de: LAT Images
Stoffel Vandoorne
Vandoorne foi contratado para um lugar em tempo integral na McLaren, substituindo Jenson Button, que está em ano sabático.
Todo mundo da McLaren sabia que o fim de semana do GP da China não seria fácil, mas não poderíamos imaginar que perderíamos a sexta-feira por causa do tempo.
A decisão de cancelar o segundo treino livre, seguido de uma interrupção do primeiro, significou que não teríamos quilometragem, o que faria que o treino livre do sábado mais condensado, não sendo o ideal para a classificação. Lembrando que na sexta-feira seria minha primeira experiência na pista, já que nunca havia competido lá antes.
Mesmo assim, eu me sentia confortável no carro e o ritmo me parecia promissor. Infelizmente, tivemos de novo problemas na garagem, o que impedia de entrar mais cedo no Q1.
Não passei para o Q2, mas meu companheiro Fernando Alonso conseguiu, mostrando o potencial do carro, terminando na 13ª posição.
Briga com a Williams
O início da corrida foi um momento muito intenso porque foi uma decisão difícil sobre qual pneu escolher. Quando fizemos as voltas para o grid de largada, a pista estava muito mais seca do que o esperado, mas não dava para usar os slicks porque o grid estava completamente molhado. No final, só Carlos Sainz optou pelos slicks.
O nosso início com os intermediários foi muito bom e eu estava conquistando alguns lugares, mas mais tarde, tive contato com Romain Grosjean. Saímos da pista e, embora meu carro não estivesse danificado, perdi muitas das posições.
Em seguida, havia o Safety Car e todo mundo parou para mudar para pneus lisos, e foi um momento difícil para manter a temperatura da borracha.
Eu estava realmente muito satisfeito de como as coisas estavam indo. Comparado com os outros, nosso desempenho foi muito forte e eu estava diminuindo a diferença para Felipe Massa.
Ser capaz de lutar com a Williams foi bastante promissor, e eu definitivamente senti que o chassi da McLaren tinha um bom potencial nas curvas. Infelizmente nas retas, com a velocidade máxima que tínhamos, foi difícil competir com a Williams e não havia maneira de ultrapassá-lo.
Foi uma pena, porque senti que estávamos mais rápidos. Eu podia reduzir a diferença para Felipe no miolo, mas perdíamos na reta. Não foi uma situação fácil, e, infelizmente, tivemos que abandonar a corrida após 17 voltas com um problema de combustível.
Volta ao Bahrein
A minha atenção já se deslocou para o Bahrein. Será um ano após minha estreia na F1, embora em circunstâncias muito diferentes desta vez. Vou estar muito melhor preparado porque sou um piloto em tempo integral com a McLaren-Honda.
Estou ansioso para estar de volta ao Bahrein e, a partir de agora, vamos começar a ir a pistas que já corri no passado. Isso vai me ajudar em termos de setup.
Acho que o Bahrein ainda será um fim de semana muito difícil para nós, especialmente porque neste ano, com os carros têm muito mais downforce, haverá menos curvas e mais retas.
Mas mesmo que seja difícil, a equipe vai continuar fazendo o trabalho muito bem e trazendo novas peças para o carro. As atualizações têm funcionado, e é sobre isso que temos que nos concentrar neste momento.
Sabemos que o desempenho do motor ainda não está ok, por isso, do lado da equipe, precisamos continuar trabalhando para trazer as peças para o carro e tirar o máximo proveito disso. Faremos mais isso no Bahrein.
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