Ex-piloto da Ferarri detona F1 atual por penalidades: "Não existe alegria"

Jacky Ickx, que correu pela escuderia nos anos 60 e 70, criticou a rigidez da categoria em momentos como o de Hamilton carregando a bandeira do Brasil em SP

Jacky Ickx

Ferrari Media Center

Em longa entrevista à mídia belga RTBF, entre os GPs de São Paulo e Catar, Jacky Ickx expressou com veemência seu ponto de vista como ex-piloto no duelo de Max Verstappen e Lewis Hamilton pelo título da Fórmula 1 de 2021. O antigo nome da Ferrari disse que a categoria vive "um momento excepcional em termos de competição", mas criticou as penalidades como danosas à essência do esporte.

Seus comentários vem na esteira da discussão a respeito da batalha entre os dois na volta 48 de Interlagos, onde muitos pediram uma punição ao holandês da Red Bull por alongar a tangência e ir para fora da pista com o britânico da Mercedes. Segundo Ickx, a disciplina se tornou rígida.

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"Pessoalmente, estou frustrado com a F1 e, em particular, com as regras atuais do que deveria ser, para mim, uma luta", comentou o belga. "É uma batalha entre homens que assumem um risco, a 300 km/h ou mais. O andamento das provas é arbitrado por pessoas de boa vontade mas que, a meu ver, nunca pilotaram carros de corrida."

"Não estou certo de que possamos, em nome da segurança reforçada, tratar as provas como um acidente de trânsito. Rompemos o ímpeto essencial, combatividade e a própria natureza deste esporte com uma sucessão de punições e multas."

O que Ickx considera um excesso de rigidez também o afeta além da pista, já que ele é um daqueles que não entende as penalidades exemplares que foram aplicadas no Brasil pelas infrações de Verstappen no parque fechado e Hamilton na volta após a bandeirada.

"Acho incrível que nos atrevamos a penalizar com uma multa de 50.000 € por colocar o dedo na asa do carro de seu oponente", criticou o piloto. "É também espantoso punir Hamilton com 25.000 €, se for verdade, por tirar o cinto para carregar a bandeira do Brasil em homenagem a Senna. Há algo lá que não funciona. Não existe a alegria da vitória, apenas constrangimentos que, para mim, são inexplicáveis."

“Porque hoje a MotoGP faz tanto sucesso? Ainda há liberdade, pilotos que se apreciam e estão felizes em se ver, que correm o risco de cair, que não têm medo de fazer esperar a cerimônia de entrega de prémios. Porque às vezes dura, mas com entusiasmo do público!"

"É empolgante os campeões que não têm medo de se esgotar com a máquina, de dar cavalos de pau ou parar aqui e ali. Valentino [Rossi], por exemplo, tem 25 anos de felicidade, entusiasmo e fantasia. Ainda existe isso na Fórmula 1?", indagou para concluir.

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