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Exclusivo: halo salvou Leclerc de impacto na viseira em Spa

A investigação oficial da FIA sobre o acidente da primeira curva do GP da Bélgica de F1 concluiu que o halo evitou que Charles Leclerc recebesse um impacto em sua viseira da asa dianteira de Fernando Alonso, segundo soube o Motorsport.com.

Charles Leclerc’s, Sauber, Fernando Alonso, McLaren MCL33 crash

Charles Leclerc’s, Sauber, Fernando Alonso, McLaren MCL33 crash

FIA

Após semanas de análises das imagens e dos dados dos carros envolvidos, um relatório final do acidente concluiu que o halo teve papel fundamental em salvar Leclerc de uma lesão ou de algo pior.

O relatório do Instituto Global da FIA, cujos detalhes são revelados aqui pela primeira vez, deram um indicativo mais claro do quão bem o halo suportou o impacto.

Não apenas a peça esteve “estruturalmente intacta e em condição usável após o impacto de 58 kN da roda dianteira direita de Alonso, ela também ajudou a jogar o McLaren para mais longe.”

Imagens do acidente capturadas pela câmera de alta velocidade da FIA mostraram que Leclerc recebeu apenas pequenos pedaços de fibra de carbono do carro de Alonso quando este voou sobre seu cockpit.

Sem o halo, no entanto, o acidente teria sido pior – mesmo que a trajetória da roda não a colocasse em contato com a cabeça de Leclerc.

Em entrevista ao Motorsport.com, o delegado de segurança da FIA, Adam Baker, disse: “Dos dados disponíveis e das imagens de vídeo, estamos confiantes que a roda não teria atingido o capacete de Leclerc.”

“Mas, como o carro de Alonso continuava a ir em direção a Leclerc, acreditamos que a asa dianteira teria atingido a viseira de Leclerc. É difícil prever, no entanto, a gravidade que o contato teria.”

Tyre marks on Charles Leclerc's Halo and chassis, Sauber

Tyre marks on Charles Leclerc's Halo and chassis, Sauber

Photo by: FIA

O relatório oficial do acidente confirmou que o principal ponto de contato com o halo de Leclerc foi a roda dianteira direita de Alonso.

As análises mostram que a diferença de velocidade entre os carros era estimada em 30 km/h, com um ângulo de 90º.

O impacto com o halo foi forte o suficiente para quebrar a suspensão do carro de Alonso, mas a roda em si permaneceu intacta e o pneu cheio. A suspensão traseira direita de Leclerc foi quebrada no acidente.

As descobertas principais do relatório são:

- O pico de força no halo foi estimado em 58kN, sendo 46% dos 125kN que ha FIA havia dito previamente que a peça suportaria;

- Se a roda tivesse atingido o capacete de Leclerc com força similar, teria havido potencialmente uma grande lesão à cabeça ou ao pescoço;

- A energia e força do impacto de uma roda no halo é limitado pela velocidade e massa da roda, além da força da suspensão. Se o carro inteiro tivesse atingido a estrutura, o impacto teria sido de 30kJ (baseado em 840 kg a 30 km/h). Tal energia teria consequências devastadoras se fosse aplicada diretamente no piloto;

- Uma investigação feita pela Sauber confirmou que a estrutura do halo, seus itens instalados e o chassi não foram danificados ou deformados com o contato com a roda.

Tyre marks on Charles Leclerc's Halo and chassis, Sauber

Tyre marks on Charles Leclerc's Halo and chassis, Sauber

Photo by: FIA

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