F1: A luz brilhante que dá pistas sobre o plano de recuperação da Mercedes

A equipe alemã segue fazendo de tudo para tentar resolver o problema do porpoising sem comprometer a performance do carro, como fizeram algumas rivais

Lewis Hamilton, Mercedes W13

Foto de: Carl Bingham / Motorsport Images

Análise técnica de Giorgio Piola

Análise técnica de Giorgio Piola

Quem observou o GP da Austrália de Fórmula 1 com olhos de águia não deixaram de notar uma estranha luz brilhante vindo da parte de baixo do carro de Lewis Hamilton em alguns momentos da prova do último domingo.

Mas ao invés de se tratar em alguma ideia descolada para tornar o W13 mais bonito, a luz é na verdade um sensor em funcionamento, sendo o resultado da incessante busca da Mercedes pela solução para seus problemas de porpoising.

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A equipe alemã acredita que, se conseguir entender o que precisa para fazer com que o carro de 2022 fique quicando nas retas, poderá então montar uma janela de funcionamento melhor, entregando automaticamente um passo adiante na performance.

A dificuldade é que, até agora, a Mercedes ainda não chegou à origem da causa do porpoising, e exatamente quais fatores causam o aparecimento do fenômeno

O chefe da Mercedes, Toto Wolff, admitiu que existem alguns "duendes escondidos" no carro que precisam ser descobertos, e as coisas estavam especialmente confusas porque, independente do que era feito em termos de ajustes ao longo do fim de semana em Melbourne, o impacto sobre o problema era praticamente inexistente.

Lewis Hamilton, Mercedes W13 at Australian GP

Lewis Hamilton, Mercedes W13 at Australian GP

Photo by: Carl Bingham / Motorsport Images

porpoising parece ser menos frequente durante as corridas e, como forma de compreender porque isso acontece, a Mercedes optou por instalar um sensor óptico de altura durante o fim de semana na Austrália no carro de Hamilton.

O sensor, que emite uma luz quando está ligado, mede a altura do carro e a sua trajetória em relação à pista, sendo usado para entregar respostas sobre o que acontece exatamente nas retas e nas curvas.

Esses aparelhos são muito comuns na F1, mas normalmente são usados apenas nas sessões de treinos livres, porque eles acrescentam peso extra ao carro, entre 1 e 2kg. Mas a Mercedes sentiu que os benefícios de manter o sensor na classificação e na corrida pelo conhecimento extra superavam quaisquer negativos vindos do aumento de peso.

Como Hamilton explicou em entrevista à Sky Sports F1: "Tenho um negócio no meu carro que torna ele um pouco mais pesado, mas não é um grande passo. Com sorte, ajudará a equipe a ter mais informações nas corridas...".

Mas o sensor de luz não foi o único exercício conduzido pela Mercedes par coletar mais dados, já que em algumas saídas durante os treinos livres, ela acrescentou outros sensores ópticos de altura dentro dos pods, na borda do assoalho.

Mercedes W13 side detail

Mercedes W13 side detail

Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images

A busca por respostas sobre o porpoising significa que a Mercedes botou uma pausa em seu programa de atualizações para o W13, já que não quer confundir ainda mais ao mudar a configuração do carro.

É por isso que a equipe ainda não introduziu uma asa traseira dedicada ao baixo downforce, seguindo com uma versão modificada da asa de alto downforce com a qual iniciou a temporada. Com o porpoising sendo a prioridade, foco está maior no ritmo de corrida, sabendo que Ferrari e Red Bull estão fora do alcance aos sábados neste momento.

Mercedes W13 rear wing
Mercedes W13 rear wing Saudi Arabian GP

O trabalho que vem sendo feito pela Mercedes é incrivelmente intenso, já que não busca apenas encontrar o ponto ideal de performance, mas também busca uma forma de intercambiar ajustes, tanto mecânicos quanto aerodinâmicos.

Isso ficou claro com Hamilton e George Russell mudando entre um ajuste de asa traseira com e sem a aleta Gurney na borda (acima), enquanto também ativamente tentaram levar o carro a uma direção que piora o porpoising como forma de coletar dados para entender melhor como lidar com isso.

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