F1: Binotto vê tratamento com "motor suspeito" da Mercedes diferente de polêmica da Ferrari em 2019

Equipe italiana esteve no centro das atenções há duas temporadas por unidade de potência supostamente ilegal; rival alemã passa por situação parecida

Carlos Sainz Jr., Ferrari SF21, battles with Lewis Hamilton, Mercedes W12

Carlos Sainz Jr., Ferrari SF21, battles with Lewis Hamilton, Mercedes W12

Charles Coates / Motorsport Images

O chefe da Ferrari na Fórmula 1, Mattia Binotto, questionou por que a atual intriga sobre o design do motor da Mercedes não gerou a mesma controvérsia que sua equipe enfrentou em 2019. A Red Bull fez perguntas à FIA sobre os elementos de design da unidade de potência da rival em meio a suspeitas de que a equipe encontrou uma maneira de deixar o ar superfrio no plenum para aumentar a potência.

Os regulamentos da categoria são claros de que há uma temperatura mínima, enquanto a fabricante alemã insiste em que não está fazendo nada fora do comum. A escuderia austríaca, por sua parte, agora espera respostas da organização sobre se o assunto.

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Embora a polêmica tenha sido discutida em público e também entre as equipes, ela não provocou o tipo de drama que a Ferrari enfrentou em 2019, quando também foi objeto de um esclarecimento sobre as regras de motor da FIA.

Naquela época, acreditava-se que a equipe usava um sistema inteligente para contornar as verificações de combustível, que acabou sendo eliminado pelo órgão regulador por meio da introdução de sensores extras. Embora o projeto tenha sido investigado, não foi provado que a escuderia de Maranello violou os regulamentos.

Como resultado, e porque a FIA não queria um processo judicial demorado, um acordo secreto foi fechado que incluía a Ferrari ajudando a organização com orientações para melhorar o monitoramento das unidades de força da F1.

Esse resultado gerou um grande clamor das equipes rivais, com algumas ameaçando levar o assunto mais longe em uma tentativa de descobrir mais sobre o que a equipe tem feito. O caso também levou a relações tensas entre o chefe da Mercedes, Toto Wolff, e Binotto, pois eles discordavam sobre o impacto das diretrizes técnicas na época.

Charles Leclerc, Ferrari SF90, leads Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W10

Charles Leclerc, Ferrari SF90, leads Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W10

Photo by: Joe Portlock / Motorsport Images

Em meio a uma temporada de 2021 que tem exatamente o mesmo tipo de determinações que tratavam do assunto do motor da Ferrari, o chefe da equipe questionou por que uma série de intervenções da FIA neste ano não proporcionaram nem perto o tipo de 'ataque' que seu time enfrentou há duas temporadas.

Questionado se ele via um grande contraste, Binotto disse: "Sem entrar no tema do motor da Mercedes, preferiria tocar em outros tópicos que são bem conhecidos: asas flexíveis e a gestão da pressão dos pneus que exigia orientações técnicas."

"As medidas da FIA foram necessárias porque havia quem tivesse uma interpretação diferente dos princípios do regulamento. E tudo isso não é diferente do que aconteceu em 2019. Por que existem diferenças de atitude? Talvez então estivéssemos muito expostos à mídia e sofremos um ataque de nossos concorrentes, mas agora isso é coisa do passado."

"Acho que chegar ao tipo de tom usado em 2019 ainda está errado, mas acho importante sublinhar que o que aconteceu na época não é diferente do que está acontecendo agora e sempre esteve presente na Fórmula 1."

Binotto disse que a Ferrari não apresentou suas próprias perguntas à FIA sobre o sistema da Mercedes, mas confirmou que conversou com o chefe da Red Bull, Christian Horner, sobre o assunto.

Questionado se a equipe estava envolvida em alguma ação na FIA, ele respondeu: "Não estamos, embora, como todas as equipes e fabricantes, tentemos entender o que nossos rivais estão fazendo; analisamos as imagens e olhamos os dados."

"Tínhamos algumas dúvidas e discutimos com a RBR. Falei pessoalmente com Horner, mas não submetemos nenhuma pergunta de esclarecimento à organização", concluiu.

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