Gabriel Bortoleto passou pela linha de chegada em 12º no GP do Azerbaijão de Fórmula 1. No entanto, por uma punição de Alex Albon, da Williams, o brasileiro subiu uma posição e terminou em 11º. Após a prova, o brasileiro avaliou a performance em Baku, destacando as dificuldades dele e da Sauber na pista azeri.

Em entrevista à Mariana Becker, repórter da Band, Bortoleto revelou que ele e a Sauber já sabiam que seria uma corrida complicada: "Eu acho que a gente sabia que ia ser uma corrida difícil. Uma corrida que, para chegar nos pontos, a gente ia ter que ultrapassar alguns carros. A não ser que o pessoal da frente quebrasse".

"Era bem difícil da gente conseguir entrar nos pontos. Mas a gente conseguiu se manter ali atrás do primeiro stint do [Isack] Hadjar por um tempo, mas é nítido, é um carro [o da Racing Bulls] que desgasta bem menos".

"E foi isso, aí eu desgastei um pouco mais que ele. Depois eu parei para o outro composto. Consegui passar alguns carros que eu saí atrás no pit stop".

"Mas é uma pena que... Faltou só esse pouquinho. Bom, eu tentei segurar o [carro da] Williams o máximo que dava ali. Eu estava forçando bastante, eu travei um pouco os freios traseiros. E aí eu acabei passando um pouquinho reto. Mas ele [Albon] tinha punição, então eu também nem tentei lutar muito".

Gabriel também apontou que aprendeu a chegar mais próximo do limite: "Eu aprendi a andar mais e mais no limite. Estava tão perto dos muros o tempo inteiro. Acho que numa corrida, normalmente, você não fica tão, tão assim no risco. Porque, normalmente, você está com uma vantagem ou você controla. Mas para manter onde a gente estava ali na posição, eu tinha que estar toda hora muito perto de encostar".

O brasileiro também destaca a questão do gerenciamento de pneus: "Foi constância, foi uma corrida de desgaste de pneu. Então é sempre bom ter corridas assim que você compreende um pouco como cuidar melhor dos pneus ou não".

"Mas foi uma corrida meio... Não entediante, porque eu tive algumas ultrapassagens bem legais. Mas entediante no sentido que não dava para lutar por pontos. Eu sabia que eu estava 20 segundos atrás do cara da frente".

Apesar de ter chegado próximo dos pontos, depois de uma sequência de top 10, Bortoleto não se sentiu frustrado com a performance: "Até mais, eu diria [do que podia fazer]. A gente acabou ficando na frente de uma Williams, uma McLaren quebrou. Então acho que a nossa posição real era estar ali em 15º, 14º no final de semana. Não era claro que a gente ia estar na posição que a gente chegou. Então acho que isso é positivo já".

Questionado sobre a dificuldade de ultrapassagem no GP do Azerbaijão, algo que foi levantado por Lando Norris, da McLaren, Gabriel destacou que não é tão difícil assim para ele, mas destacou as condições de cada um dos pilotos.

"Não sei, talvez a posição que ele estava com os carros que ele tinha na frente. Eu ultrapassei alguns caras, mas você tem que ter uma vantagem de pneu".

"Eu não acho que é tão difícil assim ultrapassar, mas cada um é cada um na situação. Talvez tenha pistas que para ele é facilíssimo passar. Mas também os carros que eu acabei ultrapassando eram carros que ainda não tinham parado no box. Eu tinha acabado de parar".

Bortoleto continuou: "É [situação de corrida ajuda também], mas você viu o Albon com muito mais ritmo atrás de mim. Ele não conseguia me passar, até eu cometer um erro.

Sobre as expectativas para a próxima corrida, em Singapura, o brasileiro da Sauber destacou: "Continuar desse jeito, em circuito de rua. Acho que a gente tem feito um bom trabalho. Continuar focado, entregando bons resultados para a equipe. E entregar tudo o que o carro deixa a gente entregar. Acho que é isso. Não tem muito segredo".

A VERDADE sobre a CARREIRA de DRUGOVICH | Bortoleto, HAMILTON, Hadjar na RBR | F1 com Victor Ludgero

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