F1: Corridas em 2022 seriam "muito chatas" sem DRS, diz Leclerc

Verstappen concorda com o monegasco, enquanto Sainz questiona se FIA não deveria reduzir a efetividade do dispositivo

Charles Leclerc, Ferrari F1-75, Max Verstappen, Red Bull Racing RB18

Charles Leclerc, Ferrari F1-75, Max Verstappen, Red Bull Racing RB18

Zak Mauger / Motorsport Images

As duas primeiras corridas da temporada 2022 da Fórmula 1 foram marcadas por intensas batalhas entre Charles Leclerc e Max Verstappen, com cada um levando a melhor em uma etapa. E para o monegasco da Ferrari, existe um motivo que ajudou a tornar essas disputas ainda melhores: o DRS. Segundo o líder do campeonato, as provas seriam "muito chatas" sem o advento da asa móvel.

No domingo, na Arábia Saudita, Verstappen levou a melhor após ultrapassar Leclerc nas voltas finais graças à efetividade do DRS na rápida pista de Jeddah. Além da manobra, a asa móvel proporcionou momentos importantes na briga entre os dois, incluindo um momento na chegada à zona de detecção quando nenhum parecia querer cruzar primeiro, para não entregar a vantagem ao rival.

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Enquanto havia a esperança de que o regulamento de 2022 proporcionasse boas corridas sem depender do DRS, os pilotos sentem que o dispositivo ainda é absolutamente necessário. Leclerc reconheceu que, sem ele, não haveria muita ação na pista.

"Acho que o DRS precisa ficar por enquanto, se não as corridas seriam muito chatas. Por mais que seja mais fácil seguir o carro da frente neste ano, e isso é um passo positivo, ainda não é suficiente para nos livrarmos do DRS".

"Faz parte e eu gosto disso. É parte da estratégia de cada piloto e termos de defesa e ultrapassagem, e se tornou parte das corridas".

O vencedor do GP saudita, Verstappen, reconhece que o DRS deu a ele o único meio possível de passar Leclerc pela vitória.

"Sem o DRS hoje eu nunca teria passado. Acho que ainda somos muito sensíveis a isso. E claro, algumas pistas são mais fáceis para ultrapassar do que outras. Mas, para mim, neste momento, se o DRS não existisse, eu seria segundo colocado hoje".

Max Verstappen, Red Bull Racing RB18, 1st position, takes victory ahead of Charles Leclerc, Ferrari F1-75, 2nd position

Max Verstappen, Red Bull Racing RB18, 1st position, takes victory ahead of Charles Leclerc, Ferrari F1-75, 2nd position

Photo by: Steven Tee / Motorsport Images

Enquanto a mudança para carros de efeito solo tinham como intenção tornar as corridas melhores, os pilotos sentem que ainda há alguns elementos do pacote que os "seguram" quando falamos das batalhas.

Verstappen acrescentou: "Acho que os carros são melhores para seguir, dependendo do pneu. O duro era capaz de seguir mais de perto, os outros acabam caindo de rendimento, e isso depende da pista. Depois de algumas voltas seguindo, eles acabam abrindo".

"E o peso do carro te leva para além do limite do pneu. Isso é algo que precisamos olhar no futuro".

Mas Carlos Sainz reconhece que talvez seja necessário olhar para a efetividade do DRS, já que seu uso foi determinante na Arábia.

"Sem o DRS, é quase impossível ultrapassar hoje em dia. O que melhorou é a previsibilidade do carro ao seguir outro e isso nos há um balanço mais previsível, e a habilidade de nos aproximarmos pelas curvas".

"Mas sem esses três, quatro décimos que o DRS te dá na reta, seria impossível passar, até porque o vácuo é menor que no passado. Só que precisamos considerar tornar o efeito do DRS um pouco menor, para evitarmos deltas como os que temos hoje, que tornam as ultrapassagens até fáceis demais".

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