F1 critica Ecclestone após ex-chefão dizer que "levaria um tiro" por Putin: "Contra valores modernos do esporte"
Essa não é a primeira vez que a F1 precisa se manifestar para distanciar de comentários feitos pelo britânico


Bernie Ecclestone movimentou as redes sociais nesta quinta-feira após uma entrevista com o programa matutino da ITV (canal britânico) Good Morning Britain. Entre outras coisas, o ex-chefão da Fórmula 1 comentou o caso de Nelson Piquet, além de sair em defesa do presidente russo Vladimir Putin, o que levou a uma rápida resposta da categoria para se distanciar de Bernie.
Questionado pelos apresentadores se sua visão sobre Putin havia mudado desde o início da guerra na Ucrânia, Bernie disse: "Eu ainda levaria um tiro por ele. Preferia que não doesse, mas ainda assim levaria o tiro".
"Porque ele é uma pessoa de primeira classe, e o que ele está fazendo é algo que ele acreditou ser o certo. Infelizmente ele é como vários homens de negócio, certamente como eu, que cometemos erros de tempos em tempos e, quando você comete um erro, tem que fazer o seu melhor para sair disso".
Ecclestone ainda criticou Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, por não fazer de tudo para evitar a guerra.
"A outra pessoa na Ucrânia, pelo que sei ele era um comediante, e acho que parece que ele quer seguir nessa profissão, porque acho que se ele pensasse nas coisas, ele definitivamente teria se esforçado para falar com o Sr. Putin, que é uma pessoa sensata, e teria ouvido ele, possivelmente teria feito algo sobre isso".

Bernie Ecclestone, CEO Formula One Group (FOM) with Mohammed Ben Sulayem
Photo by: Sutton Images
As falas de Ecclestone repercutiram nas redes sociais em meio a uma condenação mundial de Putin pela eclosão da guerra, que já levou à morte de mais de 10 mil pessoas. E enquanto ele não esteja mais envolvido com a F1, saindo quando a Liberty Media assumiu a categoria em 2017, ele ainda tem seu nome associado ao esporte.
O risco de muitos verem a fala de Ecclestone como representativa da F1 atual forçou a categoria a divulgar um comunicado deixando claro que suas visões não podem estar mais distantes da direção atual.
"Os comentários feitos por Bernie Ecclestone representam sua visão pessoal, e são um grande contraste, que vai contra os valores modernos do esporte".
Não é a primeira vez que a F1 precisou divulgar um comunicado para se distanciar de controvérsias criadas por Ecclestone. Em 2020, ele gerou fúria nas redes sociais em uma entrevista à CNN sobre a luta antirracismo de Lewis Hamilton.
"Em muitos casos, as pessoas negras são mais racistas que as brancas". Ecclestone também condenou a remoção de estátuas de comerciantes de escravos durante os protestos. A F1 respondeu: "Em um tempo quando a união é necessária para atacar o racismo e a desigualdade, descordamos completamente com os comentários de Ecclestone, que não têm lugar na F1 ou na sociedade".
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