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F1 de 2021 terá impacto da turbulência reduzido "em cinco vezes"

Para Ross Brawn, já há "diferença enorme" entre carros atuais e os protótipos aerodinâmicos da próxima geração

2021 concept rendering

2021 concept rendering

FIA

A Fórmula 1 está em vias de reduzir o impacto da turbulência no desempenho em até cinco vezes com seus regulamentos para 2021, segundo revelou o diretor esportivo da categoria Ross Brawn.

A mudança da F1 para carros de alto downforce em 2017 provocou uma redução nas ultrapassagens e nas disputas roda a roda, pois os pilotos têm problemas para andar uns juntos dos outros devido a uma perda de desempenho na turbulência.

Aumentar a qualidade das corridas é o principal objetivo do próximo ciclo de regras do campeonato, e enquanto a F1 já introduziu uma série de mudanças visando aumentar as ultrapassagens para 2019, os chefes do campeonato prometem um impacto muito mais substancial das regras para 2021.

Quando os conceitos iniciais do carro da Fórmula 1 foram lançados em Singapura no ano passado, Brawn disse que a Fórmula 1 tinha projetos que permitiriam aos carros manter até 80% de seu desempenho na turbulência, mas agora ele oferece uma estimativa maior ainda.

"Há uma diferença enorme já", disse ele. "Com o carro atual, dois comprimentos de carro atrás você perde 50% do desempenho”.

"Com o carro no qual estamos trabalhando agora, você perde 10% do desempenho. Então, é uma grande melhoria sobre onde estamos hoje."

O verdadeiro impacto do ar sujo é difícil de medir com precisão. Nikolas Tombazis, chefe de monopostos da FIA, estimou que os carros de 2018 perdiam apenas "cerca de 30%" de seu downforce enquanto seguiam outro carro de "15 a 20 metros atrás", o que se opõe à sugestão de Brawn de 50% em dois comprimentos de carro.

Tombazis tinha como meta uma redução de um terço na perda de desempenho com as regras deste ano.

Uma redução geral de downforce tem sido frequentemente discutida como uma solução para os atuais problemas de ultrapassagem da F1, mas Brawn acredita que isso não combina com a F1 em um nível conceitual.

"Ouvi dizer que devemos nos livrar das asas e do downforce e apenas depender da aderência mecânica, e só assim os carros poderão competir entre si", disse Brawn.

"O problema é que eles serão lentos. E a velocidade do carro de Fórmula 1 é o que tira o fôlego.”

"Não queremos perder a velocidade do carro de Fórmula 1. Queremos que ele seja o carro de corrida mais rápido do planeta, o carro de corrida mais impressionante do planeta – e você só pode fazer isso aproveitando a performance aerodinâmica.”

"Então eu não acho que podemos ter uma visão simplista e apenas nos livrar de todo o downforce e pensar que isso vai se resolver. O que precisamos é que o downforce seja entregue de uma forma que os carros possam competir entre si.”

"Ultrapassagens às vezes podem ser usadas como medida de sucesso, mas na verdade corridas próximas e a possibilidade dos carros de correr uns atrás dos outros e correr lado a lado e se aproximar e atacar é o que anima a todos. Mesmo que, em última análise, não culmine em uma ultrapassagem."

Pierre Gasly, Red Bull Racing RB15

Pierre Gasly, Red Bull Racing RB15

Photo by: Steven Tee / LAT Images

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