Análise

F1: Entenda a abordagem diferente da asa traseira que ajudou Hamilton no GP de Portugal

Sucesso do britânico foi ajudado pela maneira como a Mercedes superou seus problemas iniciais de equilíbrio

Valtteri Bottas, Mercedes W12, Lewis Hamilton, Mercedes W12

Valtteri Bottas, Mercedes W12, Lewis Hamilton, Mercedes W12

Zak Mauger / Motorsport Images

A  vitória de Lewis Hamilton no GP de Portugal de Fórmula 1 mostrou mais uma vez seu brilhantismo em ultrapassagens e gerenciamento de pneus.

Mas também há alguns aspectos técnicos interessantes para o triunfo, já que seu sucesso foi ajudado pela maneira como a Mercedes superou seus problemas iniciais de equilíbrio, além de uma escolha de asa traseira diferente do companheiro de equipe Valtteri Bottas.

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Lutando contra a Red Bull

Lewis Hamilton, Mercedes W12, battles with Max Verstappen, Red Bull Racing RB16B

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Photo by: Charles Coates / Motorsport Images

A batalha entre a Mercedes e a Red Bull na frente é a mais próxima em vários anos, com a equipe alemã se recuperando das perdas associadas aos novos regulamentos e pneus.

Enquanto isso, a escuderia austríaca 'entrou' a briga depois de consertar problemas aerodinâmicos que atrapalharam a equipe na última temporada. Além disso, a Honda também acelerou sua nova unidade de força.

A Mercedes, desde seu conturbado teste de pré-temporada, tem trabalhado para corrigir suas fraquezas e se lançar de volta ao topo, na luta contra Red Bull - que sem dúvida tinha a vantagem antes da primeira corrida.

O time de Toto Wolff fez isso com algumas atualizações aerodinâmicas também, focando em como ele pode extrair o melhor da configuração do carro e do pacote em questão.

Portugal provou não ser exceção, com a complicada superfície da pista de baixa aderência aliada à incerteza sobre a melhor forma de gerenciar os pneus.

Hamilton/Bottas

A Mercedes parecia bem desde o início, mas foi interessante ver Hamilton acabar indo por uma rota diferente em seus níveis de downforce em comparação com o companheiro de equipe Bottas.

Valtteri Bottas, Mercedes W12, Lewis Hamilton, Mercedes W12

Valtteri Bottas, Mercedes W12, Lewis Hamilton, Mercedes W12

Photo by: Steven Tee / Motorsport Images

A Mercedes tem duas configurações de asa traseira diferentes disponíveis para seus pilotos e frequentemente os veremos experimentando ambas durante as sessões de treinos livres para estabelecer qual delas oferece o nível de desempenho que procuram naquela pista específica.

As mudanças podem não parecer drásticas vistas de fora, mas oferecem diferenças sutis que lhes permitem executar distintos níveis de downforce.

Mercedes W11 rear wing comparison

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Photo by: Giorgio Piola

A principal diferença visual entre os dois é o arranjo de pilar único ou duplo (visto acima na ilustração do W11 do ano passado), ambos oferecendo características aerodinâmicas diferentes que são freqüentemente ditadas pela configuração e características do circuito.

Não está claro se a Mercedes optou ativamente por dividir seus pilotos, dada a ameaça representada por Verstappen, ou se foi uma decisão de configuração consciente de cada um.

Mas a configuração de Hamilton na asa traseira, com dois pilares, tinha significativamente menos asa do que a asa traseira instalada no carro de Bottas, o que potencialmente daria ao britânico um aumento de velocidade em linha reta, mas tornaria a vida um pouco mais difícil nas curvas.

Isso pareceu acontecer com precisão entre os dois durante a classificação, onde Hamilton perdeu para seu companheiro de equipe, que tinha uma traseira mais estável no final da volta.

No entanto, pensando na corrida, a configuração de Hamilton lhe permitiu não apenas atacar seus rivais quando necessário, mas também manter seus pneus em uma janela operacional mais estável durante a prova.

A afinação de Bottas permitiu que o finlandês colocasse os pneus na janela de temperatura mais facilmente para a classificação.

Durante a corrida, isso pode ser prejudicial para o desempenho e longevidade do pneu, pois a temperatura do pneu sobe e isso tem um impacto na plataforma da banda de rodagem, que começa a deslizar mais como consequência.

Enquanto isso, Hamilton, estava guiando linhas ligeiramente diferentes como resultado da configuração de seu carro, o que o levou a gerenciar os pneus de outra forma.

Esta foi talvez a razão pela qual seu ritmo não pareceu tão bom quanto Bottas e Verstappen nas primeiras voltas, já que eles tiveram mais downforce para disparar a temperatura nos pneus. Mas eles sofreriam com as consequências disso mais tarde.

Então, enquanto ouvíamos Hamilton relatar que havia "definitivamente muito desgaste", era assim que ele sentia que os pneus estavam se comportando, embora ele estivesse recebendo uma resposta diferente do que seus rivais.

Como de costume, isso foi gerenciado com frieza por seu engenheiro de corrida, Pete Bonnington, que o avisou que ele poderia precisar fazer um pouco mais de gerenciamento do pneu dianteiro quando se aproximou de Bottas.

Lewis Hamilton, Mercedes W12, battles with Valtteri Bottas, Mercedes W12

Lewis Hamilton, Mercedes W12, battles with Valtteri Bottas, Mercedes W12

Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images

Deve-se considerar que ser o carro que está perseguindo, em vez de ser perseguido, deu a Hamilton a oportunidade de usar o DRS. Isso altera o comportamento aerodinâmico do monoposto e dá aos pneus um pouco de 'fôlego' nas retas.

O jogo de Hamilton na escolha da afinação e a paciência para chegar à frente foram decisivos para dar a ele as ferramentas de que precisava para chegar ao topo novamente.

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