F1: Ex-engenheiro da Mercedes explica problemas vividos pela equipe com W13

Engenheiro que fazia parte do time de aerodinâmica da Mercedes afirmou que equipe alemã não vive apenas um problema

George Russell, Mercedes W13, Mick Schumacher, Haas VF-22

Foto de: Carl Bingham / Motorsport Images

Após anos de domínio na Fórmula 1, a Mercedes se encontra em um momento complicado com o rendimento do W13, que não consegue chegar ao nível de Ferrari e Red Bull, as equipes que estão dominando o campeonato até aqui.

Philipp Brändle, que foi uma peça-chave da Mercedes até alguns anos atrás na área de aerodinâmica, analisou a situação vivida hoje pela sua antiga equipe no Mundial.

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"Como eles foram campeões no Mundial de Construtores, agora eles têm um desenvolvimento menor em proporção", disse Brändle em entrevista à ServusTV, da Áustria. "Isso é a consequência de uma nova regra de handicap na F1".

A nova regra, introduzida em 2021, tem como objetivo ajudar a nivelar o grid. Com isso, quanto mais alto você terminar no Mundial de Construtores em um ano, menos tempo de túnel de vento terá à disposição no ano seguinte.

Ele seguiu analisando a crise atual da Mercedes como de "múltiplas caras", destacando que "não há uma única resposta", e agrega que os problemas tem "outras relações na aerodinâmica".

"Entre outras coisas, está o fato de terem um pouco a mais de peso. O carro não está precisamente no lado ideal. Infelizmente, esse é um grande problema no esporte e na Fórmula 1 é massivo. Cada grama presente de modo desnecessário é um estresse a mais para os pneus. Em cada curva, em cada aceleração, em cada frenagem". 

porpoising é um tema recorrente na Mercedes neste começo de ano, e Brändle falou mais sobre isso.

"Eles são obrigados a colocar o carro de tal modo que ele fica relativamente longe do ponto ideal. De todos os dados de simulação, você teoricamente teria certas pistas sobre como você deseja configurar o carro".

"Para que seja minimamente maleável para os pilotos, infelizmente eles precisam se desfazer desse ponto ideal neste momento. Por isso é visivelmente impossível que os pilotos avancem".

Mesmo com tudo isso, Brändle não duvida que a Mercedes será capaz de sair da situação que se encontra: "A equipe é muito boa. Eles sabem exatamente o que fazer em situações difíceis".

"Já era assim na minha época. Quando surgem problemas deste tipo, é realmente uma equipe que senta e analisa tudo com calma. Isso é importante". Mas termina com um alerta: "Hoje em dia, tudo na F1 é muito rápido. E em algum momento, mesmo na Inglaterra, a paciência acaba".

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