F1: Piastri fala de corrida de aprendizado e falta de adaptação à nova pilotagem

Oscar Piastri terminou a corrida do México apenas em quinto lugar, conseguindo disputar posições com George Russell e Kimi Antonelli (mas sem ultrapassar o italiano). No fim do GP, em conversa com jornalistas, o australiano reforçou que não há nenhum problema com seu carro. Para Piastri, o problema pode estar mais em forçar uma nova forma de pilotagem, o que não combinou com seu estilo.

Primeiro, o australiano negou que tivesse perdido a confiança na sua habilidade. O piloto comentou que talvez não tenha pilotado o carro de forma diferente quando deveria ter feito isso, mesmo que estivesse pilotando da mesma forma desde o início do ano.

Depois, Piastri explicou o que mudou na sua pilotagem nas últimas corridas.

"Só que nessas últimas corridas, o carro, os pneus, ou algo assim, exigiram um estilo de pilotagem bem diferente — e eu simplesmente não me adaptei a isso. Então hoje tentei mudar algumas coisas. E quando analisarmos se funcionou ou não, espero que isso ajude a mostrar algum progresso", respondeu Piastri.

Quando questionado se Lando encontrou algo diferente, o australiano reconheceu que Lando se ajustou melhor aos últimos cenários de corrida

"O carro claramente não muda há um tempo, então não acho que seja por causa dele. Mas, considerando a diferença de desempenho nas últimas corridas, o Lando claramente conseguiu se ajustar melhor a isso — e eu, não tanto. Então temos bastante coisa pra analisar e entender melhor. Mas acho importante lembrar que, nas outras 19 corridas, a forma como eu estava pilotando funcionou muito bem. Então é mais uma questão de adicionar ferramentas à caixa, e não de me reinventar", disse o agora vice-líder do campeonato.

No entanto, mesmo com os reveses dos últimos fins de semana, Piastri afirma que tentou usar o GP do México para aprender a adaptar sua pilotagem

"[...] Acho que, pra mim, o mais importante hoje foi tentar aprender o que eu queria aprender. Ontem ficou bem claro, depois da sessão, que havia algumas coisas que eu precisava mudar bastante na forma como estava pilotando", comentou Piastri.

"Então hoje foi, primeiro, tentar minimizar os danos, mas também aprender algumas coisas sobre isso. Então, se eu tiver feito algum progresso nesse sentido, fico feliz. Mas, claro, quando seu companheiro vence a corrida, terminar em quinto não é nada de mais".

"Por algum motivo, nas últimas corridas tem sido preciso pilotar de um jeito bem diferente, e o que vinha funcionando nas 19 corridas anteriores agora exige outra abordagem. Tentar entender o porquê disso tem sido complicado, mas hoje o foco foi experimentar algumas dessas mudanças."

"E eu concordo: a forma como precisei pilotar nessas últimas corridas não é natural pra mim, então estou tentando explorar o máximo possível dentro dessa nova exigência"

Mas para saber se essa tentativa de aprendizado trouxe melhorias, Piastri terá que avaliar os dados de corrida.

"Também senti que passei boa parte da corrida olhando para a traseira de outros carros, então foi difícil entender se as mudanças que eu fazia na pilotagem estavam realmente funcionando. No fim, vamos ter que analisar e ver pelos números e dados se parece bom, porque, em termos de sensação, quando você passa tanto tempo atrás de outros carros, é bem difícil perceber"

O australiano também revelou que não veria mudança na sua corrida sem a entrada do safety car virtual. Para Piastri, mesmo que ele chegasse no DRS de Bearman, isso não garantiria uma ultrapassagem. Vale lembrar que a corrida mexicana ocorre em uma altitude superior a 2.000m, o que prejudica a eficiência do DRS e do vácuo.

E ao ser perguntado sobre o que fazer para retomar a liderança do campeonato, Piastri falou do arroz com feijão: "encontrar mais ritmo e vencer mais corridas".

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