F1: Poeira de carbono dos freios preocupa FIA, que discutirá soluções com equipes

Mika Salo foi o primeiro a falar sobre o assunto há 20 anos, quando médicos descobriram uma alta concentração de poeira em seus pulmões durante uma cirurgia

Sebastian Vettel, Aston Martin AMR22

Foto de: Zak Mauger / Motorsport Images

A FIA e a Fórmula 1 anunciaram que conversarão com as equipes sobre possíveis mudanças no design dos dutos de freio atuais, após pilotos levantaram preocupações sobre a quantidade de poeira de carbono que é jogada em seus rostos enquanto estão nos carros.

Sebastian Vettel iniciou esse debate após o GP da Áustria, pedindo que a FIA analisasse o aumento potencial no risco à saúde com os carros de 2022 soprando mais poeira dos freios em direção ao cockpit.

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O alemão saiu de sua Aston Martin no domingo com sua cara cheia de poeira preta de carbono, saída dos discos de freio. Ele acredita que a mudança no regulamento dos dutos de freio para 2022, com as equipes sendo forçadas a ejetarem o fluxo de ar dos discos de carbono em vez de jogá-lo para as rodas e para fora do carro causam o aumento na quantidade de poeira no cockpit.

 

"Para ser honesto, isso é algo que precisa ser visto, porque com o design do duto de freio neste ano, está jogando toda essa poeira em nossas caras, e isso não é bom", disse Vettel. "Respirar carbono é algo que não é saudável. Espero que a FIA olhe para isso logo, porque é algo sem sentido e fácil de ser modificado".

Aston Martin AMR22 front brake detail

Aston Martin AMR22 front brake detail

Photo by: Giorgio Piola

Segundo apurado, a FIA acatou imediatamente as preocupações de Vettel e já elegeu como lidar com o caso. Com a saúde e segurança dos pilotos sendo colocada como prioridade na atual gestão, a FIA vai inserir o assunto na pauta da próxima reunião do Comitê Desportivo Consultivo, formado por membros das equipes, para ver o que é possível fazer.

As reclamações de Vettel não representam a primeira vez que o assunto surge na F1, com Valtteri Bottas falando sobre o assunto em 2019, ainda na Mercedes. O finlandês disse à época que frequentemente espirrava poeira após as corridas.

"Não sei se há algo que possa ser feito. Há alguma poeira saindo de nossos freios, que é mínimo. Acho que ninguém nunca olhou para isso. Eu preferia estar respirando ar limpo, mas não sei o que pode ser feito".

O ex-piloto da F1 Mika Salo foi o primeiro a falar sobre esse problema há quase 20 anos, quando revelou que os médicos haviam encontrado uma alta concentração de poeira de carbono em seus pulmões durante uma operação.

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