F1 quer expandir calendário na África e Ásia, mas garante que Europa segue como foco

Stefano Domenicali, CEO da divisão, garantiu que velho continente seguirá firme no cronograma mesmo com novas localidades: "Nascemos aqui e ficaremos aqui"

Stefano Domenicali , F1 CEO, Greg Maffei, Liberty Media CEO

Foto de: Steven Tee / Motorsport Images

A Fórmula 1 não 'virará as costas' à Europa mesmo com as intenções de expandir seu calendário na África e na Ásia, disse o CEO da categoria, Stefano Domenicali. Em meio a crescentes indicações de que uma corrida sul-africana em Kyalami é o próximo alvo da divisão - e potencialmente já no próximo ano -parece cada vez mais provável que haja alguma forma de mudança no cronograma.

A agenda está atualmente limitada a 24 corridas, e a adição de GPs em Las Vegas e Catar em 2023, bem como o desejo de agrupar corridas regionalmente, gera o risco de que alguns eventos atuais possam cair no esquecimento.

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As indicações apontam para um GP da França ocorrendo a cada dois anos, e a etapa da Bélgica também poderia perder uma vaga regular no calendário. O de Mônaco também não está garantido, já que a categoria exigirá uma série de concessões para que o famoso principado consiga um novo contrato.

A Liberty Media, proprietária da F1, concentrou esforços nos últimos anos em expandir o alcance do campeonato nos Estados Unidos. A adição de Miami e Las Vegas ao lado de Austin fez com que a missão fosse alcançada.

Falando no Fórum Business of F1 organizado por Financial Times e Motorsport Network em Monte Carlo na sexta-feira, Domenicali disse que a atenção agora está mudando para a África e a Ásia. No entanto, ele deixou claro que não abandonará corridas europeias clássicas simplesmente para adicionar novos mercados.

"Existem áreas do mundo que querem ter a Fórmula 1, e acho que uma das que queremos nos desenvolver é a africana", disse ele. "Somos uma competição mundial, e não estamos indo para lá."

"Estamos trabalhando muito para garantir esse cenário, onde teremos um GP em breve, e também há o interesse do Extremo Oriente. No entanto, não queremos perder o foco, é claro, na Europa. Nascemos aqui e vamos ficar aqui."

"Vamos tomar a decisão certa, pensando na estratégia e no DNA do esporte, analisando como cada promotor quer se envolver conosco."

Stefano Domenicali , F1 CEO, Greg Maffei, Liberty Media CEO, James Allen, President Motorsport Network

Stefano Domenicali , F1 CEO, Greg Maffei, Liberty Media CEO, James Allen, President Motorsport Network

Photo by: Steven Tee / Motorsport Images

Falando no mesmo evento, a diretora global de promoção de corridas da F1, Chloe Targett-Adams, disse que a série estava focada em obter o equilíbrio certo entre novos mercados e os tradicionais locais europeus.

"Somos um esporte global ", disse ela. “Um ponto de apoio na África é algo em que estamos trabalhando há muitos anos. A Covid-19 nos mostrou que podemos fazer as coisas com rapidez, mas para chegar onde queremos estar estrategicamente, construir o esporte e a base de fãs, leva alguns anos."

"Os Estados Unidos ainda estão em nossa mira, bem como África e a Ásia. Acho que é onde precisamos estar. Se você olhar para a China e a forma como a Covid aconteceu, ficamos fora desse mercado por três anos, e o próximo ainda é um ponto de interrogação."

"Como corremos na Europa também é uma grande questão: garantir que realmente manteremos esse coração do esporte."

"É uma posição maravilhosa porque todos querem uma corrida. Isso nos dá oportunidade de criar o calendário mais estrategicamente focado e orientado ao crescimento que conseguimos fazer por muitos e muitos anos", concluiu.

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