F1: Red Bull ameaça protestar contra asa dianteira da Mercedes em Baku como retaliação

Helmut Marko afirmou que, caso a Mercedes proteste contra a asa traseira da Red Bull, eles protestarão contra a asa dianteira da rival

Max Verstappen, Red Bull Racing RB16B, Lewis Hamilton, Mercedes W12

Max Verstappen, Red Bull Racing RB16B, Lewis Hamilton, Mercedes W12

Glenn Dunbar / Motorsport Images

Caso a Mercedes siga adiante com o protesto contra a asa traseira flexível da Red Bull no GP do Azerbaijão de Fórmula 1, marcado para o próximo final de semana, a equipe austríaca prevê uma retaliação. Segundo Helmut Marko, a Red Bull entrará com um protesto próprio, contra a asa dianteira flexível da Mercedes.

A informação foi confirmada pelo consultor da Red Bull em uma entrevista exclusiva ao site alemão Formel1.de, publicação irmã do Motorsport.com. A versão completa será divulgada neste sábado (29)

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Quando perguntado, Marko confirmou que também protestariam caso a Mercedes entre com um protesto. Na Red Bull, eles acreditam que a ameaça da Mercedes é "um pouco estranha". A FIA decidiu que as regras para o teste de rigidez das asas serão mudadas e isso deve valer a partir do GP da França.

Mas a Mercedes acredita que isso é tarde demais, defendendo que em Baku quem tem a asa flexível (Red Bull, Ferrari, Alfa Romeo) terão uma vantagem por conta da longa reta, e Toto Wolff ameaçou entrar com um protesto caso a FIA não adiantasse a introdução dos novos testes.

Mesmo assim, Marko sente que está do lado certo, porque: "Nosso carro, como muitos outros, foram aceitos pela FIA e classificados como dentro do regulamento".

"Na minha opinião, é a FIA quem determina o procedimento". Caso ele leve a cabo sua ameaça de protesto, "o Sr. Wolff é livre para fazer isso. Mas acho que ele precisa olhar também para sua asa dianteira. Na ServusTV [emissora austríaca que pertence à Red Bull] e na Sky, houve uma gravação onde era possível ver a asa dianteira deles se aproximando drasticamente do chão".

Veja abaixo imagens da asa da Mercedes mencionadas por Marko:

 

Ross Brawn, diretor esportivo da F1, que também é da opinião de que um protesto em Baku não levará a nada, disse: "Acho que a FIA sempre jogou limpo aqui. Ficaria surpreso se os comissários decidissem contra a FIA", disse à ESPN.

Brawn, que não tem nenhum poder de decisão sobre o assunto, acredita que a FIA age corretamente com sua decisão de endurecer os testes para as asas apenas em 15 de junho: "Honestamente não vejo outro modo de resolver isso. Não vejo como quantificar isso".

A área nebulosa existe porque as asas flexíveis são claramente proibidas pelo Artigo 3.8 do Regulamento Técnico. Mas todas as asas se mexem com uma carga aplicada, então, em teoria, todos carros seriam ilegais. Mas o Artigo 3.9 vem para corrigir isso ao definir o que são os testes de carga. "Uma contradição flagrante", diz Marko.

Para Brawn, é claro que, se uma equipe burla deliberadamente o Artigo 3.8 com a ajuda de um mecanismo especialmente projetado, "aí eu concordo que não estaria correto. Mas dentro da estrutura normal, não vejo um problema", disse, defendendo a abordagem da FIA com o endurecimento recente dos testes e o prazo.

E ele relembra que o assunto das asas flexíveis sempre existiram na F1: "Me lembro que uma vez o Patrick Head [fundador da Williams] subiu em nossa asa dianteira no parque fechado porque ele achava que não era rígida o suficiente. Ele queria demonstrar isso a Charlie [Whiting]. Então ele subiu e começou a levantar e descer para mostrar o quão flexível era".

"Há uma série completa de testes da FIA e esse é o único modo que temos para fazer isso, de definir o que é permitido ou não", destacou o diretor esportivo da F1. "Se você passar no teste e outras equipes não, aí sim, a FIA pode mexer nos testes e introduzir novos a qualquer momento".

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