F1: Red Bull inicia processo de 'emagrecimento' do RB18 com atualizações na Austrália; entenda

Por ter um dos carros mais pesados do grid, a Red Bull vê um 'pulo do gato' em relação à Ferrari quando tiver em mãos um RB18 mais leve

Red Bull RB18 front wing endplate comparison

Foto de: Giorgio Piola

Análise técnica de Giorgio Piola

Análise técnica de Giorgio Piola

A Red Bull não esconde o fato de que precisa reduzir a distância de performance que a Ferrari tem na Fórmula 1, que isso não envolve apenas um desenvolvimento aerodinâmico, mas também uma redução de peso.

É sabido que o RB18 é um dos carros mais pesados do grid, e uma série de atualizações são esperadas para as próximas corridas com a chegada de peças mais leves.

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A primeira pista desse 'emagrecimento', mesmo que pequena, apareceu no GP da Austrália, com uma nova asa dianteira que contou com uma revisão aerodinâmica e, segundo a explicação oficial da dada à FIA, algumas modificações para redução de peso, que diminuiu também o volume geral do conjunto.

As mudanças na placa final da asa dianteira são bem óbvias quando comparadas à especificação anterior, já que não apenas a ponta superior passou por uma mudança de perfil, como também o plano de mergulho.

A borda de ataque mais angular da placa final deu lugar a uma curvatura muito mais gradual, o que reduz significativamente o comprimento da borda superior, pois a equipe procura ajustar o comportamento do fluxo de ar à frente do pneu dianteiro.

Isso é agravado pela chegada do plano de mergulho em forma de S, que coloca a seção traseira em uma posição mais alta do que a especificação anterior, ao mesmo tempo em que é montado mais próximo da borda.

No entanto, a forma significa que esta seção final do plano de mergulho não é tão agressiva quanto a antecessora. Vale a pena lembrar que as equipes estão restritas com relação ao que podem fazer com o design da placa final e o plano de mergulho para limitar o outwash gerado.

Vale lembrar que não é a primeira vez que vimos uma variante em forma de S empregada, com Alpine e Alfa Romeo também usando algo similar.

Outras atualizações de Melbourne

McLaren MCL36 rear brake winglet comparison

McLaren MCL36 rear brake winglet comparison

Photo by: Uncredited

A McLaren optou por mudanças na cerca final da aleta de freio para a Austrália, que é um componente com o qual as equipes têm muito menos liberdade de design do que no passado. Mas, em vez de retirar material, como tem sido a tendência até agora, a equipe aumentou o tamanho dessa cerca (veja a linha pontilhada na imagem à direita).

Essas aletas são importantes quando consideramos não apenas a distribuição local do fluxo, mas também como elas impactam o pneu e o difusor ao lado, mesmo com as mudanças mínimas sendo capazes de terem um efeito considerável.

A Alpine também investigou o impacto das mudanças nesta região do carro, testando um novo layout de cerca durante os treinos livres, mas sem manter as novidades para classificação e corrida.

No entanto, as alterações feitas nas fendas externas do assoalho foram mantidas, com a equipe já tendo remodelado o design em várias ocasiões durante os testes e as primeiras corridas, a fim de otimizar seu desempenho.

Alpine A522 outer floor strake comparison

Alpine A522 outer floor strake comparison

Photo by: Uncredited

É uma mudança que parece ter um impacto mais abaixo da borda do assoalho também. Embora esteja claro que a linha de limite da fenda foi deslocada para cima e para trás, visando criar uma borda traseira mais definida (linha branca pontilhada), a transição do assoalho também parece ter uma forma mais bulbosa (seta vermelha).

Tal como os bargeboards que ocupavam esta região do carro, o design dessas fendas vai proporcionar uma rica fonte de desempenho, não apenas por si só, mas também quando aliado a eventuais otimizações feitas ao assoalho.

Aston Martin AMR22 rear wing comparison

Aston Martin AMR22 rear wing comparison

Photo by: Uncredited

Pela terceira corrida consecutiva, a Aston Martin trouxe uma asa traseira diferente, com a equipe tentando encontrar um equilíbrio ideal entre downforce e arrasto para as condições do circuito australiano.

Notavelmente, esta asa traseira tem uma forma de borda mais tradicional e plana em relação à placa principal, em vez dos designs em forma de colher que são incitados pelo regulamento.

Isso obviamente caracteriza a transição para a placa final, com um raio menor necessário, dependendo da configuração em mãos.

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