F1 - Russell: "Automobilismo tem muito a aprender com perigo desnecessário de Jeddah"

Corrida na Arábia Saudita foi criticada pelos pontos cegos na pista junto à velocidade média de mais de 250 km/h

George Russell, Williams, walks back to the garage after crashing out at the restart

Foto de: Sam Bloxham / Motorsport Images

George Russell acredita que "o automobilismo tem muito a aprender" com o caótico GP da Arábia Saudita de Fórmula 1 e disse que o circuito de rua de Jeddah precisa ser mais seguro. O britânico abandonou a corrida de domingo, que recebeu duas bandeiras vermelhas, após ser acertado pela Haas de Nikita Mazepin na volta 16, enquanto o pelotão se aglomerava no primeiro reinício.

O piloto da Williams tentou evitar contato com uma descontrolada Red Bull de Sergio Pérez, que se 'desentendeu' com o monegasco da Ferrari Charles Leclerc. Ele apenas conseguiu desacelerar para escapar da batida com o mexicano, mas atrás dele, Mazepin não tinha como fugir da colisão em uma das muitas seções cegas da pista.

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Todos escaparam sem ferimentos, mas o tipo de acidente foi exatamente o que muitos temiam devido à combinação de alta velocidade, visibilidade limitada e poucas áreas de escape do circuito. De acordo com Russell, o incidente foi "inevitável" e o circuito não é seguro o suficiente para correr.

"Parecia não ter como, você contornava uma Curva 2 larga e aberta - onde os carros podem andar lado a lado - e então ela se afunila e se estreita muito rápido", disse ele ao Motorsport.com logo após seu abandono. "Virei em um ponto cego e havia carros por todo o lado, abrandei e fui acertado pelas costas."

"Portanto, acho que há muito a aprender para o automobilismo neste fim de semana, porque é um lugar incrivelmente estimulante e emocionante de pilotar, mas está faltando muito do ponto de vista da segurança e das corridas."

"Há incidentes desnecessários esperando para acontecer em todas essas pequenas curvas cegas, que não são nem mesmo feitas para um carro de F1, apenas oferecem perigo desnecessário."

The Medical car attends the crash of Nikita Mazepin, Haas VF-21, and Sergio Perez, Red Bull Racing RB16B

The Medical car attends the crash of Nikita Mazepin, Haas VF-21, and Sergio Perez, Red Bull Racing RB16B

Photo by: Sam Bloxham / Motorsport Images

Com a Fórmula 1 marcada para revisitar Jeddah em março do próximo ano, Russell espera que os organizadores e a FIA façam as mudanças necessárias para melhorar a segurança. Ele acha que muitas zonas perigosas podem ser removidas corrigindo alguns dos pontos cegos.

"Acho que você vive e aprende com essas experiências", explicou. "Não se pode culpar ninguém por tentar fazer uma pista de corrida incrível e, no final das contas, foi isso que eles conseguiram, mas acho que ninguém previu o que estava para acontecer com todas essas curvas sem visibilidade."

"Na minha opinião, sim, mudanças são necessárias, você tem muitas dessas pequenas 'torções' que são totalmente desnecessárias. E isso tudo poderia ser feito em uma linha reta da Curva 2 até 4 e ser direto da 17 para a 22."

"Não sei quais são as limitações, que também precisam ser analisadas. Idealmente, se isso fosse feito em linha reta a segurança melhoraria drasticamente. Acho que eles têm os recursos para fazer isso aqui, então não deve ser um obstáculo. Se você pode reduzir o perigo drasticamente com pequenas modificações, então é óbvio o que deve ser feito."

A colisão entre Russell e Mazepin aconteceu depois que a corrida recebeu bandeira vermelha pela primeira vez devido a uma batida de Mick Schumacher na volta 13. A prova também foi interrompida por várias intervenções do safety car virtual para limpar os escombros.

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