F1: Teto orçamentário ganhará acréscimo por cancelamento do Japão

Equipes poderão gastar US$ 1,2 milhões (cerca de R$ 6,17 milhões) a mais; chefe da McLaren Andreas Seidl espera que medida encerre polêmica de custos

Sergio Perez, Red Bull Racing RB16B , and Daniel Ricciardo, McLaren MCL35M, in the queue to leave the pit lane

Foto de: Steven Tee / Motorsport Images

As equipes da Fórmula 1 terão um bônus de custo máximo de US$ 1,2 milhões (cerca de R$ 6,17 milhões) devido ao cancelamento tardio do GP do Japão, que reduziu a programação para 22 corridas. O impacto contínuo da pandemia da Covid-19 deixou a categoria em uma situação complicada de ter que ser flexível com seu calendário ao longo do segundo semestre de 2021.

Embora os eventos na Singapura e Austrália tenham sido excluídos por conta das restrições de viagem impossibilitarem suas realizações, os chefes conseguiram encontrar substitutos. Uma segunda corrida na Áustria foi realizada em julho e a organização prepara um evento em novembro no Catar ou no Bahrein. No caso de Suzuka, não haverá reposição.

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Esta mudança acionou uma cláusula nas regras do teto orçamentário da F1 que significa que as equipes ainda receberão um subsídio de gasto extra para o evento que está acontecendo, mesmo que tenha sido descartado e eles não tenham que enfrentar despesas.

Para esta temporada, o limite é de US$ 145 milhões (aproximadamente R$ 746 milhões), embora haja certas "isenções", como marketing, salários do piloto, desenvolvimento do motor e viagens. Esse valor é definido se houver 21 corridas por temporada, com o Artigo 2.3 dos regulamentos técnicos determinando que para cada evento extra as equipes terão mais US$ 1,2 milhões.

Na prática, o calendário de 23 corridas originalmente programado para este ano teria um teto de US$ 147,4 milhões (cerca de R$ 758 milhões), mas graças a uma cláusula, as escuderias poderão manter um número maior, embora o cronograma esteja sendo reduzido e suas despesas também.

Uma cláusula na mesma regra afirma: "Se qualquer competição em um período de temporada completa for cancelada menos de três meses antes da data de início proposta (ou, quando aplicável, qualquer data remarcada), tal competição será considerada como ocorrida no período de relatório de ano completo aplicável."

Com o GP do Japão cancelado no início de agosto, dentro da janela de três meses, as equipes ainda podem correr para o orçamento superior de US$ 147,4 milhões.

Embora a diferença possa não impactar muito a maioria dos times, "grandes gastadoras" como Red Bull, Ferrari e Mercedes estão operando no limite e qualquer economia que possam fazer será bem-vinda.

Max Verstappen, Red Bull Racing RB16B is loaded onto a truck after his crash

Max Verstappen, Red Bull Racing RB16B is loaded onto a truck after his crash

Photo by: Sutton Images

As dificuldades de operar dentro do teto orçamentário fizeram com que essas equipes buscassem alguma forma de isenção para os danos crescentes em acidentes - especialmente quando são causados ​​por outros pilotos.

A Red Bull disse que o prejuízo da batida de Max Verstappen com Lewis Hamilton no GP da Grã-Bretanha custou US$ 1,8 milhão (aproximadamente R$ 9,6 milhões), enquanto a conta de danos da Ferrari no primeiro semestre do ano foi de US$ 3 milhões. (cerca de R$ 15,4 milhões)

O chefe McLaren, Andreas Seidl, não foi afetado pelos rivais que pediram liberdade extra por causa dos danos - e ele diz que o impulso financeiro que todos recebem agora com o cancelamento do GP do Japão deve silenciar a questão.

"Não devemos esquecer, por isso acho que alguns dos comentários são ridículos, o mecanismo que está em vigor. Especialmente para este ano com o limite de custos, que a cada corrida que é cancelada até certo ponto, o teto é aumentado porque isso pode causar gastos extras", disse ele.

"Na vida real, [uma corrida cancelada] acarreta alguns investimentos a mais, mas não muitos. Então, o benefício que você obtém disso já é enorme. É maior do que qualquer um dos acidentes que vimos até agora neste ano", concluiu.

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