Análise

F1: Todt pode voltar à Ferrari após saída da presidência da FIA, diz imprensa italiana

Caso confirmado, francês voltaria à equipe onde fez história, criando uma das maiores dinastias da categoria

Jean Todt, President, FIA

Foto de: Zak Mauger / Motorsport Images

Uma bomba lançada pelo jornalista Giorgio Terruzzi no Corriere della Sera nesta semana está movimentando o paddock da Fórmula 1. Jean Todt, que está de saída da presidência da FIA após a eleição da próxima semana, pode retornar à Ferrari em 2022 como consultor. A decisão estaria nas mãos do presidente da marca italiana, John Elkann, que seria liberado de algumas tarefas políticas na gestão da equipe. Mas há quem duvide disso...

Todt está de saída do cargo maior do automobilismo mundial após 12 anos à frente da FIA. A votação para eleger seu sucessor será no próximo dia 17, em Paris, com dois nomes concorrendo: Graham Stoker, representando a situação e Mohammed Ben Sulayem, com uma plataforma de mudanças e de maior transparência à Federação.

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Jean Todt estaria em contato constante em Elkann, e a ideia de integrar o ex-chefe da equipe estaria sendo colocado em prática. Todt esteve em Maranello há poucos dias, apoiando a segunda edição do Girls on Track, programa criado pela FIA com o apoio da Academia da Ferrari para fomentar a participação feminina no esporte.

Como "superconsultor", Todt voltaria a se unir à equipe pela qual fez história. Em seus anos à frente da Ferrari, conquistou 14 títulos mundiais entre pilotos e construtores em um ciclo que durou de 1993 a 2009, marcado principalmente pela era Michael Schumacher.

O papel que seria designado à Todt permitiria a Elkann deixar em suas mãos algumas funções políticas na gestão da Scuderia, como a discussão do regulamento de motores previsto para 2026, sem deslegitimar o papel de Mattia Binotto na chefia da equipe. Pelo contrário, a presença de Todt lhe daria um precioso aliado. Isso daria à Ferrari a imagem de quem quer voltar a vencer a partir de 2022.

É importante lembrar que Elkann não avaliou Todt como um possível CEO para a marca após a saída de Louis Camilleri, embora seu nome tenha sido apoiado por muitos expoentes dentro e fora da Ferrari.

Para Elkann, uma figura de 75 anos não seria a ideal para traçar o futuro da marca em uma fase delicada como a da transição ecológica. Por isso a escolha de Benedetto Vigna, que assumiu o cargo em setembro. O papel de Todt agora seria diferente, mais externo, mas politicamente relevante.

Elkann ainda não teria falado diretamente com a alta administração da Ferrari, que ficou surpresa com a notícia divulgada no Corriere. Seria apenas uma cortina de fumaça ou realmente ainda não há uma decisão?

Os favoráveis ao retorno de Todt a Maranello reconhecem seu poder político no mundo do esporte. Não podemos esquecer ainda sua amizade com o CEO da F1, Stefano Domenicali, além de seu filho, Nicholas Todt, ser o empresário de Charles Leclerc. Em resumo, Jean poderia ter um papel de liderança no debate sobre as regras de 2026, que deve trazer uma revolução nas unidades de potência.

Traçando comparações, dá para colocar que o papel de Todt na Ferrari seria similar ao de Niki Lauda. O austríaco teve duas fases: a primeira como braço direito de Luca di Montezemolo na fase de relançamento da equipe, justamente no início do ciclo de Todt  em 1993. Lauda não teve funções operacionais e a iniciativa se mostrou um fracasso.

Mas na Mercedes foi diferente. Lá Lauda foi nomeado diretor não-executivo da equipe de F1, atuando como um braço direito brilhante de Toto Wolff e conselheiro do presidente Dieter Zetsche.

Qual seria o possível papel de Todt? Entre aqueles que balançam a cabeça com a ideia, há quem argumente que não faria sentido chamar de volta um ex-presidente da FIA caso seu sucessor possa romper totalmente com a gestão atual, traçando pesadas críticas ao seu trabalho.

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