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F1: Tradutor infectado causou principal surto de Covid-19 no paddock

O diretor esportivo da F1, Ross Brawn, elogiou a categoria por se unir como uma família para superar esse momento

A dignitary on the grid with Ross Brawn, Managing Director of Motorsports, FOM

Foto de: Mark Sutton / Motorsport Images

O diretor esportivo da Fórmula 1, Ross Brawn, revelou quando a categoria passou pelo momento mais preocupante com relação a um surto de Covid-19 no paddock. Segundo o ex-Ferrari, um evento envolvendo um tradutor foi o ponto inicial para o maior número de casos que o espore teve que lidar ao longo do ano.

Apesar de Brawn não revelar onde isso aconteceu, foi apurado que o evento estava ligado ao GP da Rússia, realizado em setembro em Sochi.

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A F1 e a FIA introduziram protocolos estritos para viabilizar o início da temporada em julho na Áustria, incluindo um extenso regime de testes de Covid-19 nos finais de semana de corrida, que envolveram os membros itinerantes do paddock e os funcionários locais.

Mais de 78 mil testes foram conduzidos pela FIA ao longo dos 17 eventos, com apenas 78 casos positivos, ou 0,1% do total, apesar dos números não incluírem os testes obrigatórios feitos entre os eventos, realizados longe do paddock.

Sergio Pérez, Lance Stroll e Lewis Hamilton foram obrigados a perder corridas após testarem positivos, representando uma porcentagem maior do que foi visto no esporte em geral.

A cada corrida, cerca de 1,3 mil pessoas viajavam para os eventos entre funcionários ligados à FIA, F1, equipes e imprensa, sem contar o pessoal da F2, F3 e da Porsche Supercup.

Brawn destacou a porcentagem relativamente alta de pilotos que foram infectados pela Covid e revelou como um tradutor causou o maior surto.

"Foi mais ou menos um caso a cada mil testes", disse Brawn ao podcast da F1. "E é fascinante olhar para esses casos, porque três deles foram pilotos, o que é desproporcional com apenas 20 pilotos. E isso é algo que você precisa analisar".

"Desses 78 que foram positivos, diversos deles eram funcionários locais. Acho que o pior surto que tivemos foi com um tradutor em um dos países. Ele estava trabalhando com um grupo de pessoas, traduzindo para eles".

"Ele teve contato com eles e, de repente, tivemos um pequeno surto. Com sorte, conseguimos resolver rapidamente. Mas foram poucos do tipo. Os números de casos dentro das equipes entre mecânicos, engenheiros e mais foi bem baixo. É um exercício interessante estudar os dados. E sei que alguns dirigentes da F1 também foram infectados".

Brawn foi só elogios ao modo como o esporte lidou com a pandemia.

"É um exemplo brilhante de como a F1 se une como uma família em tempos de crise. Passamos a maior parte das nossas vidas, falo por quando estava nessa posição, tentando destruir uns aos outros".

"E aí quando temos uma situação dessas, a F1 se junta e mostra excelência. Estou muito orgulhoso do que conseguimos fazer neste ano, porque parecia uma tarefa quase impossível. Agora, quando olho para a situação quando começamos essa aventura, tenho só orgulho".

Brawn admitiu que quando a temporada foi planejada em torno dos protocolos de Covid, haviam muitas incertezas.

"Bem, acho que nenhum de nós entendia de fato o que poderia acontecer se tivéssemos um surto, como que seria lidado, como poderíamos controlar'.

"E ninguém sabia direito sobre a dinâmica dessa doença e como ela se espalha. Sabemos o básico, mas ainda há muito a ser descoberto. Quanto tempo você precisa ficar ao lado de alguém infectado? O que você precisa fazer ao redor deles para se infectar?".

"Então tudo isso são incertezas, não sabíamos como que seria o desenvolvimento. E eu acho que, quando tivemos os primeiros positivos, havia uma ansiedade para saber se isso seria algo limitado, se os protocolos ajudariam a controlar, o que provou ser o caso".

"Acho que todos souberam lidar bem com isso. Tivemos que manter nossa guarda levantada ao longo do ano, porque seria cada vez mais fácil relaxar".

Apesar da F1 entender a situação do coronavírus bem melhor agora, Brawn confirmou que os protocolos de Covid seguirão em vigor em 2021.

"Não vamos mudar nossa atitude no próximo ano. Vamos seguir assim e aprender com o que tivemos neste ano, porque as vacinas não serão efetivas até um certo ponto do ano, em termos de números".

"Então vamos seguir testando. O regime pode mudar, a metodologia pode mudar, mas sem dúvidas vamos ter mais um ano com a guarda levantada, aplicando novamente os protocolos".

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