Veja como uma 'cagada' de passarinho 'deu sorte' para Zonta na F1
Curitibano relembra episódio que culminou em grande desempenho no GP do Canadá de 2001
Ricardo Zonta in the garage
Mark Gledhill
Piloto da Shell V-Power na Stock Car e ex-competidor da Fórmula 1 entre o fim da década de 1990 e meados dos anos 2000, Ricardo Zonta revelou uma história curiosa de sua passagem pela equipe Jordan.
Em entrevista exclusiva ao Motorsport.com via live de Instagram, o curitibano relembrou como um cocô de passarinho fez com que ele tivesse grande desempenho no GP do Canadá de 2001. Confira o imperdível relato de Zonta no vídeo abaixo:
"Uma das coisas que na época o meu empresário falou foi: 'Olha, a gente não está tendo resultados tão expressivos. Talvez a gente tenha que optar pelo lado financeiro, ficar um ano parado como piloto de testes, como a Jordan ofereceu. É melhor opção do que pegar uma equipe muito menor que a BAR e vai estar lá atrás, mais ainda, e só vai prejudicar'. Foi por aí que a gente optou pela Jordan, que foi pelo lado financeiro", disse Zonta.
"Hoje, olhando, eu não precisava ter pensado por esse lado. Não sei se seria o certo ir para uma equipe menor. Eu tinha proposta, mas numa equipe menor você nunca sabe se vai mostrar o desempenho. Medindo, é difícil falar se foi pelo lado certo ou pelo lado errado."
"O carro era bom, estava cada vez melhor, e o relacionamento com o Eddie Jordan era muito bom. Ele tinha proposto: 'Vem como piloto de testes e durante o ano a gente vai ver para 2002 você voltar a correr'."
"E aí eu estava fazendo muito bem os testes e estava desenvolvendo muito bem. Estava valendo muito a pena para a equipe o envolvimento comigo e tal. E o Frentzen começou a ter problemas dentro da equipe."
"No Canadá, na sexta-feira, antes de ir para a pista, eu fui sair do hotel e um passarinho fez uma meleca na minha cabeça. Aí voltei, tomei banho e fui para a pista. Chegando na pista, o Frentzen bateu no segundo treino."
"Ele bateu de ré, machucou a cabeça e falou que não ia correr. Ele não estava se sentindo bem e não iria correr. E aí me avisam: 'No sábado, já é seu o treino, você vai correr neste final de semana'."
"E aí fiquei com isso na cabeça: se não fosse o 'pingo' do cocô do passarinho na minha cabeça, não tinha dado certo. Então corri e o carro era muito bom, acho que classifiquei em nono. Na corrida inteira, acho que fiquei entre os cinco primeiros."
"Aí no final da corrida eu comecei a ter problemas de freios. O meu engenheiro falou: 'Começa a economizar o freio e tenta terminar a corrida'. Terminei em sétimo, mas eu estava muito bem. Estava brigando com o [Mika] Hakkinen, da McLaren, e com o Kimi [Raikkonen]."
"A gente até se tocou, eu e o Kimi [que fazia sua primeira temporada na F1 com a Sauber]. Eu estava no meio da corrida com os caras competitivos mesmo, né... Aí eu fui para a próxima corrida, que era Hockenheim."
"Lá, a gente não conseguia acertar o carro. Em toda entrada de curva, o carro já saía de traseira, porque o diferencial não segurava a entrada. Foi um final de semana muito difícil. Os dois carros [da Jordan] andando muito mal".
"Eu me lembro que, depois, eu não sigo na equipe, porque chega o [Jean] Alesi. Ele sai da Prost e entra na Jordan e me substitui, então fico como reserva de novo e acabo terminando o ano assim. O Alesi termina o campeonato na Jordan", completou o brasileiro.
GALERIA: Relembre todos os carros e a carreira de Ricardo Zonta na F1
Piloto da Shell V-Power, Ricardo Zonta explica como funciona o volante da Stock Car:
PODCAST Motorsport.com: Zonta, Pizzonia e cia; os brasileiros sem sorte na F1
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