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F1: Verstappen diz que dinâmica com Ricciardo na Red Bull era "ideal"

Piloto holandês da escuderia austríaca comenta a relação com o ex-companheiro australiano, agora na Renault

Max Verstappen, Red Bull Racing and Daniel Ricciardo, Red Bull Racing

Sutton Motorsport Images

Max Verstappen crê que o companheiro de equipe ideal para ele na Fórmula 1 é aquele que pode levá-lo a melhores desempenhos, como foi com Daniel Ricciardo, que deixou a Red Bull rumo à Renault nesta temporada.

Embora o holandês tenha subido a um novo patamar neste ano como líder de fato na Red Bull ao lado de colegas menos experientes, ele admite que o melhor cenário é ter alguém muito forte no outro carro.

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Falando ao Motorsport.com em um evento da Tag Heuer em Amsterdã, Verstappen comentou suas preferências sobre companheiros de equipe e disse que o cenário perfeito para ele era quando estava com Ricciardo.

"[Eu quero] alguém que possa estar sempre na luta e me leve a melhores desempenhos", disse Verstappen, que foi companheiro de equipe de Ricciardo desde o início de 2016 até o final do ano passado.

“Acho que tive essa situação ideal com Daniel. Quando entrei para a equipe, eu era novato e ele já estava lá há alguns anos. Então você pode aprender e se desenvolver bem, mas a certa altura também ficou mais difícil para ele, porque estávamos muito próximos”.

A rivalidade com um companheiro de equipe forte é mais intensa e melhor para uma equipe, diz Verstappen. Segundo ele, isso permite à escuderia progredir mais rapidamente com o desenvolvimento do carro.

Max Verstappen, Red Bull Racing RB15, leads Charles Leclerc, Ferrari SF90

Max Verstappen, Red Bull Racing RB15, leads Charles Leclerc, Ferrari SF90

Photo by: Zak Mauger / Motorsport Images

"No final, isso também é muito importante para a equipe. Você também quer alguém que trabalhe na mesma direção em termos de configuração e queira as mesmas coisas do carro. Então você também pode desenvolver o carro muito melhor”.

“Dá para colocar os carros em programas diferentes na sexta-feira, se puder contar com os dois pilotos para obter as informações corretas. Essas coisas são muito importantes para mim, mas também para a equipe”.

Questionado sobre o novo companheiro, Alex Albon, Verstappen disse: “Acho que está melhorando. Este é seu primeiro ano na F1, então você não pode esperar que tudo corra bem imediatamente. Mas até agora ele está indo bem”.

O contrato do próprio Verstappen com a Red Bull dura até o final de 2020. As chances da equipe de mantê-lo dependerão do progresso que a RBR pode fazer no próximo ano, tendo em vista disputas de título.

Mas com a incerteza contínua sobre os regulamentos que estão chegando para a temporada 2021, Verstappen diz que pensamentos sobre seu futuro a longo prazo precisam ser suspensos por enquanto.

"Ainda tenho contrato para o próximo ano e, depois disso, há novos regulamentos, que ainda não foram assinados. Então, na verdade, todo mundo está lidando com essa questão. Mas acredito que nós [Red Bull] podemos estar no topo novamente”.

Companheiro de Verstappen

Embora esteja otimista quanto ao futuro da Red Bull, Verstappen ainda não tem companheiro definido para 2020. A briga está entre o novato tailandês Alex Albon, que ascendeu à equipe principal após algumas provas pela Toro Rosso, e o francês Pierre Gasly, rebaixado da Red Bull para dar lugar ao concorrente. Enquanto segue a indefinição no grupo de energéticos, o Motorsport.com relembra a dança das cadeiras de RBR e STR na história da F1. Veja:

Pierre Gasly estreou na Red Bull em 2019, após boa temporada com a Toro Rosso.
Campeão da GP2 em 2016, o francês ficou a meio ponto de conquistar a Super Fórmula em 2017. Naquele ano, estreou pela Toro Rosso, substituindo Daniil Kvyat no GP da Malásia.
Depois de um bom 2018 com a Toro Rosso, Gasly foi promovido. Entretanto, o francês não convenceu na Red Bull e foi rebaixado para dar lugar a Alexander Albon a partir do GP da Bélgica. A troca é a última de uma histórica dança das cadeiras entre equipe principal e júnior na F1.
A primeira 'troca' do grupo aconteceu antes mesmo da criação da Toro Rosso. Foi em 2005, na primeira temporada da Red Bull. Companheiro do escocês David Coulthard, o austríaco Christian Klien foi substituído pelo italiano Vitantonio Liuzzi em quatro GPs na metade do ano.
Em 2006, na primeira temporada da Toro Rosso na F1, Liuzzi fez dupla com o norte-americano Scott Speed (direita). Na Red Bull, Coulthard seguiu tendo Klien como parceiro, mas o austríaco foi substituído pelo holandês Robert Doornbos a quatro provas do fim do ano.
No ano seguinte, o australiano Mark Webber foi contratado para correr ao lado de Coulthard na Red Bull.
2007 foi um ano cheio de mudanças na Toro Rosso. Speed deixou a equipe depois de um ano e meio, após discutir com o chefe da escuderia, Franz Tost, no GP da Europa.
Com a saída de Speed, um jovem chamado Sebastian Vettel assumiu a vaga. A então promessa alemã havia estreado pontuando com a BMW nos Estados Unidos. Vettel disputou as últimas sete corridas de 2007 com a STR, chegando em quarto na China, enquanto Liuzzi foi o sexto.
Na temporada seguinte, Coulthard e Webber seguiram como pilotos titulares da Red Bull.
Liuzzi deu lugar ao francês Sebastien Bourdais na Toro Rosso em 2008. Já Vettel conquistou sua primeira vitória, e a única da equipe, ao triunfar no GP da Itália.
Em 2009, Coulthard se aposentou e Vettel foi promovido.
Quem assumiu a vaga do alemão na Toro Rosso foi o suíço Sebastien Buemi, novo companheiro de Bourdais.
O francês, porém, não rendeu como o esperado e acabou substituído no meio da temporada. Quem assumiu foi o espanhol Jaime Alguersuari.
Alguersuari e Buemi foram companheiros por duas temporadas e meia, entre os anos de 2009 e 2011.
Para 2012, entretanto, a Toro Rosso dispensou a dupla. Os substitutos foram Daniel Ricciardo e Jean-Eric Vergne. Buemi seguiu como piloto de testes na Red Bull e mais tarde rumaria para a Fórmula E, na qual tem um título. Alguersuari largou o automobilismo e hoje se dedica à carreira de DJ.
Em 2014, Webber se aposentou e foi substituído por Ricciardo na Red Bull.
Com isso, Kvyat assumiu o posto de piloto da Toro Rosso ao lado de Vergne.
Em 2015, Vettel foi para a Ferrari e foi substituído por Kvyat. Já Vergne foi dispensado e também foi para a F-E, na qual é o atual bicampeão.
Com as saídas de Kvyat e Vergne, Max Verstappen e Carlos Sainz assumiram as vagas da Toro Rosso. Eles foram companheiros durante um ano e meio.
Em maio de 2016, Verstappen foi promovido para a Red Bull e venceu logo em sua primeira corrida, na Espanha. Kvyat, em má fase, foi rebaixado para a Toro Rosso.
Em 2017, Ricciardo e Verstappen seguiram na Red Bull. Eles foram companheiros até o fim de 2018.
Kvyat conseguiu manter sua vaga na Toro Rosso em 2017, mas foi amplamente batido por Sainz. Gasly, então, assumiu a vaga do russo. Sainz se transferiu para a Renault antes do fim do ano, sendo substituído pelo neozelandês Brendon Hartley.
Hartley e Gasly se mantiveram na equipe em 2018. No fim do ano passado, porém, o anúncio da ida de Ricciardo para a Renault provocou novas mudanças.
Gasly foi o escolhido para a vaga do australiano, enquanto Hartley foi dispensado e foi para a Ferrari como piloto de simulador, antes de assinar pela Dragon na F-E e correr no WEC. Em seus lugares, a Toro Rosso contratou Albon e Kvyat, que recebeu nova chance na F1.
Na terceira passagem pela Toro Rosso, o russo conquistou o segundo pódio da história da equipe. Ele terminou em terceiro no GP da Alemanha. Não foi o suficiente, porém, para se credenciar a um retorno para a Red Bull.
A contratação de Albon pela Toro Rosso também teve suas complicações. Ele tinha acabado de assinar com a Nissan na F-E, mas voltou atrás para aceitar a proposta da STR.
O novato tailandês tomou o posto de Gasly na Red Bull a partir do GP da Bélgica, ao passo que o francês retornou para sua ex-equipe após 12 provas fracas pelo time principal.
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Quem você escolheria: Verstappen ou Leclerc?

Max Verstappen e Charles Leclerc são os novos xodós da F1, elevando inclusive os números de audiência da categoria no Brasil e mundo agora. Recentemente, o Motorsport.com debateu em seu podcast o talento dos dois pilotos. Ruben Carrapatoso, campeão mundial de kart, falou sobre como eram ambos se comportavam no 'Jardim de Infância' das pistas. Ouça:

 

 

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