Entrevista

F1: Vettel detona rapidez com que campeões são esquecidos

Tetracampeão mundial criticou a velocidade com que as opiniões de parte do público e dos próprios especialistas mudam

Sebastian Vettel, Aston Martin Racing

Sebastian Vettel, Aston Martin Racing

Aston Martin Racing

Após a apresentação do novo carro da Aston Martin que aconteceu em um evento virtual na quarta-feira (03), Sebastian Vettel deu algumas declarações que demonstram como o alemão pretende enfrentar a temporada de 2021 da Fórmula 1: “Uma carreira por trás não conta e por isso não quero ser influenciado sabendo que o tempo anula o que já foi conquistado. No final, sou eu e a equipe”.

No lançamento do AMR21, o ex-piloto da Ferrari apontou o dedo para uma categoria que 'vai muito rápido'.

Vettel deixou claro imediatamente que não pretendia destacar o desempenho do carro, mas a rapidez com que as opiniões de parte do público e dos próprios especialistas mudam. Dois aspectos salientados por ele: a velocidade com que os campeões são esquecidos, mas acima de tudo a velocidade com que o caminho de um piloto é redimensionado.

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No segundo ponto, suas palavras foram muito claras.


“As avaliações que são feitas de um piloto agora são baseadas nos resultados obtidos nos dois últimos GPs", sublinhou. "Você pode sair do nada e ser julgado um herói depois de algumas boas corridas. Ou pelo contrário, como é no meu caso, você pode ter mais de 50 vitórias e ser julgado na média. É assim que funciona atualmente.”

Uma mensagem direcionada a todos que criticaram a sua atuação nas temporadas de 2019 e 2020, anos em que o próprio Vettel explicou que não estava satisfeito com os resultados.

O novo piloto da Aston Martin relatou um sentimento que outros campeões também experimentaram. E parece caber até no caso do próprio Lewis Hamilton, que bastou sua ausência na corrida no Bahrein para haver o surgimento de dúvidas sobre ele após o excelente final de semana de George Russell ao volante de seu carro.

O tetracampeão mundial então sublinhou sua falta de interesse sobre a opinião que permanece sobre a carreira de um piloto após sua aposentadoria. Mas, neste caso, o piloto alemão concluiu que é da natureza das coisas, e que sempre foi.

“Não me importo com o que as pessoas pensam.”

“Nosso mundo sempre olha para frente, o que é positivo, não dá para ficar parado no passado, senão ainda estaríamos aqui falando de Juan Manuel Fangio como o Deus de todos os pilotos.”

“Acho que ele foi um grande piloto, um piloto muito especial, mas se perguntarmos a um jovem de quinze anos quem é Juan Manuel Fangio hoje, acho que não haverá uma resposta e, no final, isso não está errado”, acrescentou.

“Tenho certeza de que quando me despedir da F1 serei esquecido muito rapidamente, e para mim tudo bem, acho que está certo.”

“Essa também é a razão pela qual não estou muito preocupado em ter que provar algo para as pessoas e eu me concentro apenas em quem eu tenho na minha frente e em eu mesmo.”

“Não quero parecer egoísta ou arrogante, mas no fim sou eu e a equipe. Ao expandir um pouco, estão as pessoas que me apoiam e que me ajudaram muito nos últimos dez anos, estando ao meu lado independentemente do último resultado obtido”, concluiu.

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