F1 - Wolff critica FIA por atraso em regras "mal concebidas" contra asas flexíveis: "Abrem a porta para protestos"

O dirigente da Mercedes não está sozinho nessa, com Andreas Seidl, da McLaren, afirmando que vai conversar com a FIA sobre a polêmica

Toto Wolff, Team Principal and CEO, Mercedes AMG

Toto Wolff, Team Principal and CEO, Mercedes AMG

Zak Mauger / Motorsport Images

Após a polêmica levantada por Lewis Hamilton no GP da Espanha de Fórmula 1, a FIA anunciou a introdução de novas restrições sobre as asas flexíveis, que valerão a partir do GP da França, no fim de junho. Mas Toto Wolff, chefe da Mercedes, teme que a categoria esteja a caminho de uma confusão com protestos no GP do Azerbaijão por conta do "mal concebido" atraso na imposição dos novos testes.

A determinação dos testes apenas após o dia 15 de junho fez surgir diversas preocupações das equipes sobre algumas rivais se beneficiarem do conceito de asas flexíveis pelas próximas duas corridas.

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Enquanto a vantagem da asa flexível é mínima em Mônaco, por conta da falta de retas, pode ser decisivo no tempo de volta em Baku, devido à reta longa entre o fim e o começo da volta.

Wolff não entende a necessidade de um atraso de quatro semanas na introdução dos novos testes, e teme que a F1 pode se envolver em uma confusão legal se os protestos surgirem em Baku.

"Atrasar a introdução, por qualquer motivo possível, nos deixa com um vácuo legal, e abre a porta para protestos", disse o chefe da Mercedes. "Não somos os únicos. Outras duas equipes também são as mais afetadas, e talvez sejam mais, e obviamente um protesto pode parar no CIR [Corte Internacional de Recursos]".

"Seria uma situação bagunçada, e levaria semanas para termos um resultado".

Wolff entende porque uma introdução imediata dos testes seria injusta, mas acha que o atraso para além de Baku não faz sentido algum.

"Fica claro que, com rodadas duplas, ou talvez até duas semanas, seja pouco tempo para todos se ajustarem, mas temos no geral quatro semanas para Baku. É incompreensível que, em quatro semanas, ninguém possa reforçar a asa traseira para a pista que, provavelmente, seja a mais efetiva para asas traseiras flexíveis".

"Isso cria uma terra sem lei, porque a diretiva técnica diz que o movimento de algumas asas traseiras foram julgadas como excessiva. Então, equipes que usam esse tipo de asa estão propensas a sofrerem protestos e, provavelmente, isso vai para o CIR. E ninguém precisa de uma confusão dessas".

Andreas Seidl, chefe da McLaren, ecoou os comentários de Wolff, criticando a FIA pelo atraso na introdução dos novos testes.

"Onde discordamos fortemente é com o momento de implementação porque, do nosso ponto de vista, não há motivos para que as equipes ainda tenham essa vantagem, algo que é claramente contra o regulamento".

"Eles já tiveram essa vantagem por várias corridas, algo que não nos deixa nada felizes. Mas agora, permitindo que eles tenham ainda mais vantagem por mais corridas, é algo que nos irrita, e vamos conversar com a FIA".

"Simplesmente esperamos que a FIA tenha uma mão pesada porque, do meu ponto de vista, isso é simplesmente inaceitável, porque coloca as equipes que seguem o regulamento em uma grande desvantagem".

Wolff também questionou o modo como os novos testes permitem uma certa rotação da asa, sugerindo que a Mercedes pode até tornar sua asa traseira mais flexível agora.

"Vamos ter que modificar nossa asa. Precisamos amolecê-la. Nossa asa é extremamente rígida, cumprindo o famoso artigo 3.8, que determina que ela seja imóvel".

"O novo teste que foi introduzido é uma solução mal concebida, que nos dá oportunidade. Então isso pode ser flexível no futuro".

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