FIA explica demora na decisão sobre Verstappen/Leclerc na Áustria

Diretor de provas do órgão que regulamenta o esporte a motor, Michael Masi ponderou vários fatores para o atraso no resultado

Max Verstappen, Red Bull Racing, 1st position, celebrates on the podium

Foto de: Glenn Dunbar / Motorsport Images

O sensacional GP da Áustria de Fórmula 1, decidido em favor de Max Verstappen após polêmica ultrapassagem do holandês sobre o monegasco Charles Leclerc, teve a divulgação de seu resultado final oficializada cerca de três horas após a prova.

O atraso se deveu à investigação do incidente entre os pilotos de Red Bull e Ferrari. Os comissários da Federação Internacional do Automobilismo (FIA) decidiram analisar o ‘lance’ e demoraram para livrar Verstappen de qualquer gancho.

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Segundo o novo diretor de provas da FIA, Michael Masi, a demora se deveu a vários fatores. Um deles é o fato de que a disputa ocorreu a apenas três voltas da bandeira quadriculada, o que deu pouco tempo aos comissários para analisar com rapidez durante a prova.

"A parte principal foi que nós não começamos a audiência dos comissários imediatamente por causa dos vários compromissos de equipes e pilotos com a mídia", acrescentou Masi. “A audiência em si durou cerca de uma hora, ouvindo todas as partes envolvidas”.

“Os comissários deliberaram, analisaram outros casos, precedentes e conversaram entre si. O tempo voa muito mais quando você está do lado de fora. E eles estavam considerando absolutamente tudo”, ponderou Masi.

A decisão de livrar Verstappen de qualquer punição se segue a outros dois ganchos controversos. Primeiro, e mais importante, a penalização a Sebastian Vettel no GP do Canadá. O alemão da Ferrari teve 5 segundos adicionados ao tempo de prova em função de retorno perigoso à pista após escapada na chicane. Com isso, perdeu a vitória para Lewis Hamilton, da Mercedes.

Após a polêmica de Montreal gerou grande repercussão e foi seguida por outro caso discutível no GP da França. Em Paul Ricard, Daniel Ricciardo recebeu uma penalidade por voltar ao traçado de forma perigosa e atrapalhar a McLaren de Lando Norris, em briga por posição no final da corrida. No fim, o piloto da Renault tomou gancho e caiu de sétimo para 11º, ficando de fora da zona de pontuação.

O caso de Verstappen foi comparado aos dois incidentes anteriores, mas o diretor de provas da FIA negou que existam similaridades entre os três lances. Segundo Masi, é como comparar “maçãs e laranjas”.

A decisão de punir Vettel no Canadá foi tomada durante a corrida e, portanto, embora o alemão tenha cruzado a linha de chegada em primeiro, Lewis Hamilton herdou a vitória imediatamente e o resultado ficou claro.

Questionado sobre o procedimento do último fim de semana, em que houve demora na definição do resultado, o dirigente ponderou: "Você quer a decisão certa, considerando todas as circunstâncias e todos os fatores, com toda a informação disponível".

O australiano também disse que não é correto traçar paralelos com a velocidade de decisões em outros esportes. “Não podemos apitar nem parar tudo, para então tomar uma decisão e continuar jogando”, comparou Masi, fazendo referência ao árbitro de vídeo (VAR) do futebol.

“Tentamos, sempre que possível, ter o resultado pronto para pódio, mas quando são as últimas duas ou três voltas da corrida, dificulta bastante. Se fosse algo que acontecesse na terceira volta, eles teriam tomado uma decisão muito antes", completou o diretor de provas.

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